O Chelsea na temporada 2021/22: Treinador

Chelsea Brasil está fazendo uma série de textos especiais que antecedem o início da nova temporada. A quinta e última parte do Guia da Temporada 2021/22 é sobre o treinador. Após apresentarmos o elenco azul, chegou o momento de abordar a mente por trás do trabalho bem sucedido desde meados da última temporada.

A temporada que terá início neste sábado (14) traz grandes expectativas para o Chelsea e seu treinador Thomas Tuchel. Após a conquista do título da Champions League, os Blues buscaram peças chave para compor e fortalecer ainda mais a equipe. Agora, Tuchel terá a grande missão ir além e bater de frente com Liverpool e Manchester City no futebol inglês. Bem como, sem dúvidas, buscará alcançar a glória continental novamente.

A carreira de Tuchel como treinador

A estreia do alemão como treinador de um time principal foi pelo Mainz 05, time que tinha acabado de ser promovido à primeira divisão da Bundesliga. Suas filosofias, táticas e dinâmicas foram essenciais para que os 05 conseguissem estabilidade na elite do futebol alemão. Por conta de sua proposta de jogo ofensiva, o técnico recebeu muito reconhecimento.

Tuchel treinou Christian Pulisic nos tempos de Dortmund (Créditos/Reprodução: Bundesliga)

Assim, depois de cinco temporadas em Mainz, ele seguiu para Dortmund. Com a saída de Jürgen Klopp do Borussia, Tuchel apareceu como o principal nome para substituí-lo. Da mesma forma que aconteceu em seu clube anterior, ele teve liberdade para revitalizar o time. Como resultado da boa situação financeira do clube, isso foi feito com facilidade.

No comando do Borussia fez um trabalho sólido e comandou o time ao título da Copa da Alemanha em 2017. No entanto, o relacionamento desgastado com a diretoria levou a sua saída após duas temporadas no clube.

Apenas em 2018 ele retornou à beira dos gramados, quando foi contratado pelo Paris Saint Germain. Com um elenco repleto de estrelas, o técnico alemão comandou um time que dominou o cenário do futebol francês e europeu nos últimos anos.

Em Paris, conquistou por duas vezes o campeonato francês, bem como conseguiu o triplete na temporada 2019/2020. Além disso, levou o clube à primeira final de Champions League de sua história. Mesmo assim, o enfraquecimento das relações com a hierarquia do clube levou à sua demissão.

Tuchel e Thiago Silva após a derrota do PSG na final da Champions League de 2020 (Reprodução: Getty Images)

Logo depois de sua demissão do PSG, ele chega ao Chelsea para substituir Frank Lampard como treinador. E o resto é história.

Impactos imediatos desde a chegada

Tuchel assumiu em um momento no qual o Chelsea balançava. Ainda mais que resultados pouco satisfatórios dentro de campo, logo após a demissão de uma lenda do clube de seu cargo rumores começaram a surgir sobre desavenças entre os jogadores.

Apesar da boa campanha na fase de grupos da UEFA Champions League, que garantiu o primeiro lugar no grupo, no futebol nacional o cenário não era tão favorável. Mesmo seguindo na disputa pelo título da FA Cup, os Blues já haviam sido derrotados pelo Tottenham e eliminados da Copa da Liga. Além disso, ocupavam a 9ª posição na classificação da Premier League com 29 pontos em 19 rodadas. Isto era 11 pontos atrás do líder naquele momento e com uma média baixíssima de menos de dois pontos por rodada.

Em outras palavras, o desempenho geral estava longe do ideal para o clube que gastou cerca de 200 milhões de euros em contratações para fortalecer o time para temporada.

Logo, o novo treinador chegou ao clube com a missão principal de garantir a classificação do Chelsea para a próxima Champions League, algo que aquela altura parecia uma tarefa difícil. Assim como, se mostrava necessária a recuperação de jogadores que atravessavam fase ruim ou que perderam espaço em meio a um elenco inchado.

A Premier League 2020/2021

Tuchel chega exatamente na 20ª rodada, que marcava o início do segundo turno do campeonato. Em sua primeira coletiva de imprensa no cargo, ele deixou claro saber do desafio, bem como da realidade do clube que sempre busca conquistar títulos:

O clube deixa bem claro, no fim das contas o Chelsea é sobre resultados. Sou bem realista. Estou em um clube cujo DNA é ganhar e conquistar títulos. Estou aqui para competir por todos os troféus possíveis“.

Sabendo da situação na tabela da Premier League, desde o início o treinador deixou claro que a possibilidade de títulos no campeonato inglês seria baixa. No entanto, terminar no G4 do campeonato se mostrou o grande objetivo.

O novo treiandor foi anunciado no dia 26 de janeiro de 2021, um dia após a demissão de Lampard (Créditos/Reprodução: Chelsea FC)

Para além do entendimento do alemão com a diretoria dos Blues, a recuperação de alguns jogadores era uma outra chave para a melhora dos resultados. Com um elenco amplo, certas posições tinham dois ou três nomes diferentes. Como resultado, alguns jogadores perderam espaço.

Sendo assim, ele procurou dar chance para todos aqueles que compunham o elenco. Tanto que em seu primeiro jogo no comando, escalou Antonio Rüdiger como titular e colocou Marcos Alonso no banco. Enquanto o camisa 2 jogou apenas quatro jogos no primeiro turno, o lateral espanhol ficou fora do plantel por 16 rodadas na Premier League.

Desempenho comparado

Primeiro turno (1ª a 19ª rodada) Segundo turno (20ª a 38ª rodada) Total
Vitórias 8 11 19
Empates 5 5 10
Derrotas 6 3 9
Gols feitos 33 25 58
Gols sofridos 23 13 36
Saldo de gols 10 12 22
Pontos 29 38 67

 

Ao longo da temporada do campeonato inglês, o técnico alemão conseguiu consolidar a defesa e comandar o time com atuações sólidas. Os placares tenderam a ser menores, no sentido de que menos gols foram marcados. No entanto, ao mesmo tempo, o time tomou menos gols. Como resultado, houve o aumento do saldo de gols, que é o primeiro critério de desempate na competição.

Além disso, o número maior de vitórias e, consequentemente, de derrotas foi essencial para o aumento dos pontos conquistados na segunda metade da competição. Dessa forma, foi possível subir na classificação e terminar a temporada disputando a tão sonhada no G4 e a garantia de classificação para a Champions. No entanto, a emoção foi até a última rodada.

Com a derrota para o Aston Villa na última rodada, o Chelsea dependia do resultado do confronto entre Tottenham e Leicester City. Apenas uma derrota dos Foxes faria com que os Blues conseguissem a vaga. Felizmente, os rivais londrinos bateram o Leicester e o 4º lugar foi garantido. Em suma, muito mais que um acesso direto à Champions League, esse cenário garantia um alívio para a final do dia 29 de maio de 2021.

A reta final da FA Cup

O primeiro jogo do treinador pela Copa foi na quinta rodada contra o Barnsley. Em um jogo complicado, especialmente devido às condições do gramado, o Chelsea conseguiu vencer por 1-0. O grande fator desse confronto foi a participação dos jogadores formados pelo clube, que receberam o reconhecimento do técnico:

Não se pode deixar de reconhecer o passe do Billy [Gilmour] e a passagem do Reece [James]. Esse foi um gol muito legal e Tammy [Abraham] fechou uma bela combinação. Tammy marca gols decisivos em jogos da copa e esse foi mais um deles. Foi crucial para nós“.

Em seguida, pelas quartas de final, uma vitória sobre o Sheffield United por 2-0 em Stamford Bridge. Mesmo com um time misto e apesar de alguns apertos durante o jogo, um gol contra dos Blades e um gol de Hakim Zyiech no último minuto garantiram a ida do Chelsea para Wembley. Sobretudo, marcou um momento especial para Thomas Tuchel, que estaria no famoso estádio pela primeira vez:

Eu acho que nunca estive em Wembley antes, seja como torcedor ou treinador. Então, com certeza, era um grande objetivo tanto para mim como para o clube e estou muito feliz que conseguimos conquistá-lo”.

O confronto da semifinal foi contra o Manchester City. Conforme o esperado, seria o confronto mais desafiador na competição até o momento. Por outro lado, ao contrário do favoritismo que se esperava, o gol do camisa 22 dos Blues aos 55 minutos de jogo eliminou os Citizens da competição. O treinador não poupou elogios ao seu elenco após a vitória:

“É incrível porque jogamos contra o melhor time da Europa no momento e conseguimos disputar igualmente durante os 90 minutos. Porque é difícil jogar contra o City, temos que estar no mais alto nível. Foi uma performance de qualidade”.

A grande decisão

Mais uma vez em Wembley, o clube londrino enfrentou o Leicester na grande final. Apesar de dominar a partida, o único chute no alvo dos Foxes, após um erro de passe no meio de campo, acabou entrando. Acima de tudo, o goleiro Kasper Schmeichel estava em um dia inspirado e com defesas impressionantes impediu qualquer possibilidade de gols do Chelsea.

Mesmo assim, Ben Chilwell conseguiu marcar um gol no último minuto. Porém, em decisão polêmica o VAR acabou anulando o que seria o empate. Enfim, o confronto terminou em 1-0 para o Leicester, que ganhou seu primeiro título da competição. Por outro lado, marcou a segunda derrota seguida do Chelsea na final da Copa.

No entanto, o treinador pareceu satisfeito com a performance do time, que se encontrava no momento mais crucial da temporada:

“Defendemos muito bem, fomos agressivos. Não permitimos contra-ataques nem quaisquer chances. Então, estava muito feliz com a intensidade. Mas nossa tomada de decisão foi um pouco agitada. Nós queríamos forçar situações, por isso tivemos perdas de bola desnecessárias e fomos imprecisos”.

Técnico alemão na área técnica de Wembley durante a final da FA Cup (Reprodução: Sports Illustrated)

Diante da derrota, mais uma vez a ambição dele ficou em evidência. Naquele momento não havia muito tempo a perder, ainda mais com a decisão da Liga dos Campeões batendo na porta.

De Bucareste ao Porto

Ainda na sua primeira coletiva como treinador dos Blues, o alemão deixou claro que seria realista desde o começo. Em outras palavras, garantir o título do campeonato inglês seria difícil, mas terminar no G4 seria possível. E assim foi feito. Por outro lado, desde aquele momento duas conquistas estavam em aberto e seriam o foco:

“Realisticamente esse ano é a Champions League e a FA Cup. Falar sobre um título da Premier League agora é difícil. Tem muitos times na nossa frente. Então, isso não seria realista. Perderemos o foco se começarmos assim”.

Então, para além de muitas outras semelhanças entre as campanhas de 2011/2012 e 2020/2021, a eventual conquista dessas duas taças seria histórica. Ou seja, seria uma repetição do que tinha acontecido em 2012, em circunstâncias muito similares.

Enfim, a conquista da Copa não veio, mas na Liga dos Campeões a história foi outra. Superando grandes favoritos ao título e jogando de forma ofensiva e convincente, o Chelsea de Thomas Tuchel conquistou o troféu mais cobiçado pelos clubes europeus.

Contra tudo e contra todos

Após uma campanha fantástica na fase de grupos, o sorteio da UEFA surpreendeu. À época, o Atlético de Madrid era um dos grandes favoritos para levar a competição enquanto os Blues não faziam os olhos da galera brilhar. Contudo, nem sempre favoritismos são confirmados.

No primeiro jogo, de mando dos Colchoneros, o Chelsea dominou o jogo e com um belo gol de bicicleta de Olivier Giroud conseguiu a vitória fora de casa. Durante os 90 minutos, os Blues controlaram a posse de bola, bem como não permitiram chegadas perigosas do Atleti ao ataque.

Para a volta, em Londres, era esperado que o time espanhol buscasse mais o jogo. Mesmo com os adversários chegando mais ao ataque e exigindo que Édouard Mendy trabalhasse no gol, os Blues mais uma vez controlaram a partida. Tanto em termos de posse de bola como de chances de gols criadas.

O futebol apresentado nas oitavas de final foi aquele que Tuchel buscou implementar desde sua chegada e que trouxe uma energia diferenciada para o elenco e para a comissão técnica:

“O esforço e a intensidade foram incríveis e marcantes nos dois jogos. Não pudemos contar com jogadores chave hoje, mas todos assumiram a responsabilidade. Foi difícil e foi um trabalho coletivo forte, estou feliz”.

Quebrando o tabu: de volta às quartas

Dentre os oito times que sobraram na competição, talvez Chelsea e Porto fossem os menos favoritos dali. E foi exatamente esse o confronto das quartas de final. Depois de sete anos, um jogo dessa fase viria a ser disputado pelos Blues.

O primeiro jogo seguiu o mesmo estilo apresentado na fase anterior. No entanto, dessa vez, os adversários chegaram mais no ataque, sendo pouco eficientes. Do mesmo modo, a decisão viria a ser em campo de mando do clube londrino. Por isso, a vitória por 2-0 no jogo de ida foi ideal para garantir ampla vantagem, assim como uma certa tranquilidade.

Assim, o confronto de volta foi menos complicado. A consolidação defensiva sob o comando de Tuchel garantiu a classificação. Mesmo com a derrota após um golaço marcado pelos Dragões nos acréscimos da segunda etapa.

Em mais uma oportunidade o treinador se mostrou satisfeito com a performance do elenco, além de exaltar o que a classificação significava para o clube:

“Foi um jogo muito intenso, muito difícil. Uma luta luta intensa e muito difícil de disputar. Eles foram agressivos no ataque. Mas a cada minuto fizemos melhor. Merecíamos ficar sem tomar o gol […] Foi merecida [a classificação], porém foram 180 minutos difíceis”.

O jogo que vale é dentro de campo

180 minutos contra o Real Madrid, o maior campeão da história da Champions, separavam os Blues de sua terceira final. Por conta de toda a tradição dos Merengues na competição, o favoritismo sem dúvidas estava com eles. A ida em Madrid marcou um confronto de equilíbrio, apesar de os visitantes chegarem mais ao ataque.

Christian Pulisic abriu o placar aos 14 minutos da etapa inicial. Logo depois, Karim Benzema empatou para os donos da casa. Dessa forma, o primeiro confronto da semi-final terminou em empate. Porém, o Chelsea levava a vantagem dos gols fora de casa para a decisão em Stamford Bridge.

Precisando de pelo menos um gol, o Real Madrid veio para cima para os 90 minutos finais. Dominou o jogo em questão de posse de bola e por vezes chegou com perigo ao ataque. Porém, os donos da casa aproveitaram melhor suas chances e venceram por 2-0 os grandes favoritos. Depois que a classificação foi confirmada, o técnico comentou sobre a atuação do time e sobre sua participação no processo:

“Estou bem feliz com o que vi. Desde o primeiro treino e no primeiro jogo contra os Wolves, temos um ótimo grupo. Eu faço o melhor que posso, e temos muito apoio. Não acho que é só mérito meu. Faço a minha parte, mas temos os jogadores. Eles são fortes, se adaptam às situações de cada jogo. Nós sustentamos e lutamos pelo nosso caminho. Se não podemos jogar melhor que os adversários, nós os cansamos”.

Final quente no Estádio do Dragão

Na final inglesa, mais uma vez o clube de Londres não era considerado o favorito. Os Citizens tinham ampla vantagem no papel, apesar de o time comandado por Tuchel tê-los vencido nas duas oportunidades anteriores. Enfim, o Chelsea bateu o Manchester City pelo placar de 1-0 e conquistou a segunda Liga dos Campeões de sua história.

Dominante na primeira etapa, os Blues conseguiram o gol que garantiu ao título após grande passe de Mason Mount para Kai Havertz. Na etapa final, o City equilibrou a partida e chegou ao ataque com mais perigo, porém não foi o suficiente para quebrar as linhas de marcação da defesa dos londrinos.

Thomas Tuchel celebra o título da Champions League (Créditos/Reprodução: UEFA)

Portanto, em sua segunda final seguida (e também da carreira) de Liga dos Campeões, o treinador alemão conquistou o tão sonhado título. Ao contrário do que aconteceu em 2020 na derrota do PSG para o Bayern, ele venceu o City, uma das duas potências do futebol europeu que ele comentou desde sua contratação. Acima de tudo, ele promete que quer seguir vencendo.

Título inédito no século

Na última quarta (11), Thomas Tuchel comandou o Chelsea na conquista do primeiro título da temporada: o troféu da Supercopa da UEFA, que não ia para Stamford Bridge desde 1998. Acima de tudo, o título representou um recorde para o futebol europeu. Mais uma marca histórica alcançada pelo treinador em menos de um ano no cargo.

À primeira vista, os Blues dominaram o jogo e foram recompensados com um gol ainda no primeiro tempo. Depois de um passe bem colocado de Marcos Alonso para Havertz, o meia alemão cruzou para área e Ziyech guardou no fundo da rede. Porém, após abrir o placar e em especial no segundo tempo regulamentar, os londrinos pareciam ter perdido a força. Como resultado, o Villarreal que buscava mais o jogo conseguiu o empate.

Apesar da melhora, o panorama da prorrogação foi o esperado: jogadores cansados e com receio de, em um descuido, deixar o título escapar. Contudo, houve emoção até o final. Isso porque Tuchel optou pela substituição de Mendy, colocando Kepa Arrizabalaga para atuar na decisão por pênaltis. Por fim, o espanhol brilhou e com duas defesas garantiu a volta do título para Londres.

O Chelsea foi o primeiro clube a conquistar duas vezes todos os torneios organizados pela UEFA (Créditos/Reprodução: UEFA/Twitter)

O que esperar para a temporada 2021/2022

Desde que assumiu, o alemão comenta sobre fechar a lacuna do Chelsea em relação às potências do futebol europeu contemporâneo. Nesse sentido, os primeiros meses de trabalho com o time já são indicativos sobre a busca e a determinação dele em alcançar sua meta:

Se observar a tabela da Premier League deste e dos últimos anos fica claro, temos que aceitar que existe uma lacuna entre nós e o City. E essa é a referência. Na Europa são dois times como referência, tanto Bayern Munich como Manchester City. […] Chego feliz em poder competir com esses clubes”.

Dessa forma, a grande certeza é que o trabalho seguirá sobre os mesmos princípios e objetivos. Contudo, há um diferencial importante: ele poderá acompanhar o elenco desde a pré-temporada. Em outras palavras, poderá tomar as melhores decisões para fortalecer o time de acordo com suas observações e planejamento.

Renovação de contrato e confiança da diretoria

O trabalho e a mentalidade de Tuchel sem dúvidas alteraram o panorama da temporada. Em suma, os resultados e a conquista do título europeu levaram à extensão de contrato do treinador. Logo depois, ele comentou sobre a oportunidade de seguir no comando dos Blues:

“Sou muito grato pela experiência e muito feliz em seguir na família Chelsea. Ainda tem muito mais pela frente e estamos esperando pelos próximos passos com muita ambição e expectativa”.

Do mesmo modo, a diretora Marina Granovskaia falou sobre a permanência e a importância do alemão para o clube:

“Comandar o time de volta do top-4 da Premier League foi crucial. Além disso, não poderíamos estar mais felizes com o sucesso na Champions League, que coroou uma temporada extraordinária para o Chelsea”

Por isso, estamos muito felizes em manter Thomas com a gente por mais dois anos. Mal podemos esperar por mais conquistas nas próximas temporadas“.

O pontapé inicial de 2021/22

De antemão, a pré-temporada permitiu que Tuchel tivesse contato com jogadores que estavam em empréstimos. A maioria deles é jovem e tem alguma rodagem por times menores, tanto na Inglaterra como em outros países. Assim, por mais que a disputa por posições no presente momento seja desfavorável, existe a possibilidade desses jogadores conseguirem espaço no futuro.

Prova disso são os empréstimos de Billy Gilmour, que assumiu a responsabilidade em diversos jogos que participou, de Connor Gallagher e do atacante Armando Broja, um dos artilheiros da pré-temporada. Ao mesmo tempo, alguns jogadores conseguiram impressionar como Trevoh Chalobah e Ruben Loftus-Cheek, tanto que foram para Belfast fazer parte do time para a disputa da final da Supercopa da UEFA.

Nos primeiros amistosos, aqueles que tinham voltado de empréstimo recentemente, bem como que não tinham participado da disputa da Euro 2020 tiveram espaço. Tanto contra o Peterborough United como contra o Bournemouth o treinador buscou utilizar o maior número de jogadores disponíveis possível. Até mesmo os goleiros foram substituídos.

Thomas Tuchel durante a vitória por 2-1 sobre o Bournemouth em amistoso realizado no Vitality Stadium (Reprodução: Sports Illustrated)

Já no torneio amistoso Mind Series, peças importantes como Timo Werner, Kai Havertz e N’golo Kanté voltaram ao plantel. Com a vitória sobre o Arsenal e o empate com o Tottenham Hotspurs, os Blues foram os campeões do torneio. Enquanto também foi possível garantir ritmo de jogo e fazer ajustes pontuais, visando o confronto contra o Villarreal assim como o início da temporada.

Contratações pontuais e pedidos do treinador

O elenco é o atual campeão da Europa. Acima de tudo, os jogadores são de alto nível e qualidade, assim como são versáteis. Nesse sentido, é possível inovar no posicionamento ou na função tática em alguns jogos caso haja necessidade. Mas o time tem as peças que precisa para manter a competitividade em todas as competições que disputar. No entanto, isso não significa que contratações não são necessárias.

Além dos jovens que conseguiram espaço ainda tem jogadores no processo de renovação de contrato, como é o caso dos zagueiros Andreas Christensen e Rüdiger. Dessa forma, as chegadas à Londres tenderão a ser para suprir posições bastante específicas e, acima de tudo, visando o futuro. Porém, sem comprometer o presente.

A primeira contratação foi a do goleiro Marcus Bettinelli. Antes no Fullham, ele chega para ocupar a posição de Willy Caballero como terceiro goleiro do Chelsea. Por conta do fim de seu contrato com os Cottagers, Bettinelli não precisou ser comprado. Sendo assim, o útil foi unido ao agradável: os Blues conseguiu um goleiro confiável e já adaptado à Premier League sem precisar gastar.

Por mais que para muitos não pareça muito necessário trazer um outro zagueiro no momento, Jules Koundé é mais um dos alvos de Tuchel. Ainda mais depois das vendas de Fikayo Tomori e Marc Guehi, a contratação do jovem zagueiro francês traria certa segurança para a defesa dos Blues. Bem como ajudaria no processo de renovação sem comprometer.

O retorno de Lukaku e as possibilidades no ataque

A janela de transferências de verão passada trouxe nomes de peso para reforçar o ataque dos Blues. Depois de uma primeira temporada, tudo indica que esses nomes estarão ainda mais entrosados, o que com certeza garantirá novas combinações entre os jogadores da frente. Assim como, ao que tudo indica, novas combinações.

A princípio, são duas saídas de jogadores ofensivos: Olivier Giroud fechou contrato com o AC Milan e partiu para a Serie A. Além disso, a jovem promessa Armando Broja saiu em empréstimo para o Southampton até o fim da temporada. Por outro lado, Romelu Lukaku chega para se juntar às estrelas que desembarcaram em Londres ainda em 2020.

Ao que tudo indica, a consolidação defensiva será somada a um ataque com peças que podem ser decisivas. Com um elenco mais entrosado e o trabalho do técnico sendo feito desde o início da temporada, o desempenho tem tudo para ser melhor do que na última temporada. Em outras palavras, haverá ainda mais possibilidades de esquemas, movimentações e trocas que Tuchel gosta de implementar.

Por fim, tanto o elenco como a comissão técnica entendem a certa pressão que carregam por serem os atuais campeões da Europa. Mais que fazer jus ao título que defendem, sem dúvidas seguirão buscando mais conquistas.

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Article by: Nathalia Tavares