Após a derrota para a Juventus na última partida da Champions League, o Chelsea recebe o Malmö em Stamford Bridge nesta quarta-feira às 16h, no horário de Brasília, buscando retomar o caminho das vitórias na competição europeia. Ademais, esta será a terceira partida em que os Blues encaram os suecos de forma oficial.
Anteriormente, o Malmö já foi nosso adversário pela segunda fase da Liga Europa 2018/19, em campanha que terminou com o título azul em Baku. O Chelsea passou pelos suecos e convenceu, vencendo a partida de ida fora de casa e garantindo a vaga em Londres na partida de volta.
Na expectativa por um jogo tranquilo pela terceira rodada da fase de grupos da Champions League, o Chelsea Brasil relembra este confronto anterior no Bridge contra a equipe sueca no “Na História“. No mais, vem conosco fazer um aquecimento para o duelo de amanhã, relembrando o passado:
Contexto das partidas
Primeiramente, vale destacar que a situação do Chelsea de Maurizio Sarri não era tranquila naquele momento da temporada. Na partida anterior ao jogo de ida contra o Malmö, os Blues sofreram sua pior derrota da era Premier League: 6-0 a favor do Manchester City. Por isso, criava-se uma tensão extra sobre o confronto, em oposição ao desempenho londrino na Liga Europa até ali.
Em suma, o Chelsea havia se classificado em primeiro na sua chave da fase de grupos do certame europeu. Em um grupo sem grandes adversários, enfrentando BATE Borisov, PAOK e MOL Vidi, os Blues registraram cinco vitórias em seis partidas, tropeçando apenas em empate na Hungria contra o Vidi já na última rodada da primeira fase.
A ida contra o Malmö
Apesar do adversário sueco não representar um adversário à altura do Chelsea, o cenário conturbado daquela semana gerava preocupações quanto ao que se veria em campo na partida de ida, fora de casa. No entanto, a equipe londrina conquistou uma boa vitória por 2-1 contra os comandados de Uwe Rösler.
Na ocasião, Ross Barkley abriu o placar para os Blues ainda no primeiro tempo, com Olivier Giroud dobrando a vantagem na volta do intervalo. Por fim, Anders Christiansen descontou para os donos da casa na reta final da partida, dando uma sobrevida aos suecos para o jogo de volta dali a uma semana.
A etapa inicial do jogo de volta
De antemão, a vantagem construída na Suécia já dava ao Chelsea uma situação mais confortável para o embate de volta. Contudo, Sarri mandou a campo uma equipe repleta de titulares, sendo Jorginho e Eden Hazard as ausências mais notáveis, ambos iniciando no banco de reservas. Dos 18 jogadores relacionados para a partida, nove seguem defendendo as cores do Chelsea até hoje.
Escorado no placar agregado favorável, os Blues se abriram pouco para o jogo no primeiro tempo. Consequentemente, cabia aos visitantes executarem a pressão em busca da igualdade no confronto. Sendo assim, a melhor oportunidade de gol antes do intervalo veio com uma cabeçada de Rasmus Bengtsson por cima do travessão.
Gols na segunda etapa asseguram a classificação
Na volta de um primeiro tempo morno, o Chelsea se lançou ao ataque e abriu o placar com Giroud aos 10 minutos. Na sequência, Willian e Callum Hudson-Odoi começaram a encontrar mais espaços nas alas adversárias. Foi em uma dessas investidas pela lateral que Emerson Palmieri foi derrubado por Bengtsson, expulso ao ser advertido pela segunda vez com o cartão amarelo.
Na cobrança, Barkley anotou o segundo tento dos Blues na partida, repetindo os marcadores do jogo de ida. Por fim, em amplo controle da partida, o Chelsea chegou ao terceiro gol com Hudson-Odoi completando para as redes após cruzamento de Willian. Dessa forma, a vitória por 3-0 assegurou a vaga nas oitavas-de-final da competição para a equipe londrina.
Sequência da competição para o Chelsea
Portanto, com a classificação assegurada, o Chelsea viria a encarar Dynamo Kiev e Slavia Praga nas fases seguintes. Após passar por estes adversários, a equipe de Londres estendeu um recorde do clube, chegando a nove vitórias consecutivas em casa pela Liga Europa, em sequência iniciada em 2013. Destaca-se ainda que os Blues marcaram pelo menos três gols em cada uma destas vitórias.
No entanto, esta marca seria interrompida na fase seguinte. Em síntese, dois empates tensos contra o Eintracht Frankfurt levaram a decisão pela vaga na final para os pênaltis. Apesar das críticas que até hoje o rondam, Kepa Arrizbalaga foi o grande nome naquela jornada, defendendo uma cobrança de modo espetacular e garantindo a viagem dos Blues para Baku.
Assim, Chelsea e Arsenal confirmaram o favoritismo ao longo da competição e se enfrentariam no Azerbaijão. Antes do jogo, a decisão foi marcada pelas discussões sobre o país-sede, contestado por ambos os clubes pela distância que seus torcedores deveriam percorrer. Entretanto, os protestos foram em vão e o estádio Olímpico de Baku recebeu o dérbi decisivo.
Conquistas e despedidas
Em resumo, a final se tornou um verdadeiro passeio azul no segundo tempo e, com quatro gols marcados a partir do intervalo, os Blues venceram a partida por 4-1 e garantiram o título. Em especial, a partida foi marcante para Hazard, sendo a despedida do belga, que rumaria ao Real Madrid. Com dois gols e uma assistência na partida, o então camisa 10 teve uma despedida à altura do seu desempenho em Londres.
Por fim, a partida também se tornou uma despedida para Sarri, que retornou à Itália para dirigir a Juventus, e confirmou Giroud como artilheiro da competição. Ao anotar o primeiro gol da final, ele chegou aos 11 no torneio e garantiu a conquista individual.
Em suma, se aquele confronto contra o Malmö há dois anos foi um passo até a conquista especial em Baku, espera-se que o confronto dessa Champions League seja também um bom presságio aos Blues na competição.
Ficha Técnica
Chelsea (4-3-3): Willy Caballero; César Azpilicueta (Ethan Ampadu 79′), Antonio Rüdiger, Andreas Christensen, Emerson Palmieri; N’Golo Kanté (Ruben Loftus-Cheek 75′), Mateo Kovacic, Ross Barkley (Jorginho 75′); Willian, Callum Hudson-Odoi, Olivier Giroud.
Reservas não utilizados: Jamie Cumming, David Luiz, Eden Hazard, Gonzalo Higuaín.
Malmö (4-4-2): Johan Dahlin; Andreas Vindheim, Lasse Nielsen, Rasmus Bengtsson, Behrang Safari; Amór Ingvi Traustason (Romain Gall 71′), Anders Christiansen (Oscar Lewicki 71′), Fouad Bachirou, Søren Rieks; Marcus Antonsson, Markus Rosenberg (Carlos Strandberg 61′).
Reservas não utilizados: Dusan Melichárek, Eric Larsson, Egzon Binaku, Anel Ahmedhodzic.
Gols: Giroud 55′, Barkely 74′ e Hudson-Odoi 84′;
Cartões amarelos: Barkley 16′, Safari 30′, Rosenberg 43′, Christiansen 50′ e Bengtsson 51′
Cartão vermelho: Bengtsson 73′
Arbitragem: Orel Grinfeld (ISR)