O Chelsea Women na temporada 2021/2022: Atacantes

Nesta penúltima parte do Guia da Temporada do Chelsea Women, é a hora de conhecer as mulheres de ataque. Em síntese, o setor foi crucial para o sucesso da equipe na temporada 2020/2021 e ganhou um reforço nesta nova temporada.

Antes de mais nada é importante destacar que, para a temporada 2021/2022, o ataque segue como um dos setores mais fortes das Blues. Com um elenco recheado de talentos ofensivos, Lauren James se une a Fran Kirby, Sam Kerr e Bethany England como opção para Emma Hayes.

A irmã de Reece James assinou com o Chelsea em julho deste ano. De pronto, a inglesa é vista como talento geracional entre os analistas da Women’s Super League (Super Liga Feminina). Ademais, a atacante de 19 anos chamou atenção em sua passagem pelo Manchester United, destacando-se pelos dribles e pela capacidade de vencer suas marcadoras.

Reservas de luxo

De pronto, adição de James é reflexo de um trabalho de constante renovação do time, mantendo-o competitivo no presente e preparando-o para o futuro. Assim, a expectativa para a temporada é que Lauren James seja utilizada como peça de rotação. E a longa temporada, com várias competições, permitirá que ela tenha espaço para mostrar o seu futebol.

Lauren e seu irmão Reece com a taça da Champions 2020-21
Lauren chega para buscar títulos e ter o mesmo sucesso do irmão em Londres (Foto: Manu Fernandez/Pool – Getty Images)

Bethany England está em situação semelhante. De início, a camisa 9 deve ser reserva na nova temporada. De uma força física surpreendente e de um poder de finalização como poucos, a atacante britânica de 27 anos foi eleita a jogadora da Liga do ano 2019/2020. Contudo, com a grande forma do duo Kerr-Kirby, England acabou perdendo espaço no decorrer da temporada passada.

Em conclusão, sua excelente pré-temporada serviu para sublinhar o talento que o Chelsea tem à disposição.  Ou seja, England pode agregar ao ataque ao longo da temporada. Por fim, com Lauren James e Bethany England as Blues contam com um banco de luxo.

O duo Kerr-Kirky e a titularidade

Não é necessário ter bola de cristal para saber que a dupla de ataque titular para a nova temporada será Kerr e Kirby. Mesmo que ambas tenham chegado com atraso para a pré-temporada, por conta dos Jogos Olímpicos. Para começar, a história de Francesa “Super Fran” Kirby é uma de inspiração.

Após ser diagnosticada com pericardite em novembro de 2019, Kirby se afastou dos gramados até o início da temporada 2020/2021. Reabilitada, voltou a integrar o elenco do Chelsea e superou todas as expectativas com grandes atuações.

Kirby foi responsável por 25 gols em todas as competições na temporada passada (Foto: Harriet Lander/Chelsea FC – Getty Images)

Para Lindsay Johnson, comentarista da BBC e ex-Everton, Kirby foi o fator de desequilíbrio entre o Chelsea e o Manchester City na briga pelo título da WSL. E não há como discordar dessa análise.

Isso porque, em 18 jogos pela Super Liga, Fran Kirby balançou as redes 16 vezes. Além disso, ela foi responsável por 11 assistências. Essa consistência em suas performances fez com que fosse nomeada jogadora do ano pela Football Writers’ Association.

A atacante azul também brilhou na Women’s Champions League, dividindo a artilharia do torneio com Jenni Hermoso (Barcelona), depois de marcar 6 gols. Por fim, clínica e impiedosa na frente do gol, a atacante azul tem como marco diferencial sua capacidade de criação. Nesse sentido, talvez o grande símbolo da temporada tenha sido a evolução do seu entendimento com Kerr.

Kerr: sucesso após uma meia temporada de adaptação

Para os que ainda duvidavam de Samantha Kerr, a temporada 2020/2021 esmagou qualquer resquício de hesitação. A australiana foi contratada pelo Chelsea no final de 2019, após deixar sua marca no futebol norte-americano, tendo marcado mais de 20 gols por três anos seguidos pelo Chicago Red Stars.

Sam Kerr na partida na qual o Chelsea eliminou o Wolfsburg
Kerr foi artilheira da WSL (Foto: Harriet Lander Chelsea FC/Chelsea FC – Getty Images)

Todavia, o começo de sua caminhada pelas Blues exigiu um pouco de paciência, para sua adaptação ao estilo de jogo na Inglaterra. Ou seja, em seu primeiro ano azul, Kerr marcou apenas 1 gol em 4 aparições na WSL e passou em branco na FA WSL CUP.

A espera não podia ter valido mais a pena. Em resumo, na última temporada, Kerr marcou 3 gols em 4 partidas disputadas pela Copa Feminina. Além disso, anotou incríveis 21 gols em 22 partidas da Super Liga, contando ainda com 7 assistências.

Em conclusão, com o duo Kerr-Kirby, o Chelsea conta com a parceria entre a artilheira da temporada e a melhor jogadora da temporada. Mais do que simplesmente soma de números, há verdadeiramente, um grande entendimento em campo. No mais, esperamos que essa parceria – definida por Emma Hayes como “telepática” – continue por muito tempo.

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Article by: Jéssica Frota