Há duas semanas me declarei apaixonada pelo Chelsea de Antonio Conte. Lendo isso, talvez você comece a rir e diga que é cedo para tirarmos qualquer conclusão, seja boa ou ruim. Pois é. O problema é que houve vários comentários criticando o treinador, o chamando de fraco, mediano e até questionando se essa era mesmo a melhor decisão que a diretoria poderia ter tomado.
Assim como ainda não dá para se empolgar com os resultados iniciais dos Blues na temporada, também não podemos nos desesperar e achar que tudo está perdido depois de duas derrotas. É claro que os jogos contra Liverpool e Arsenal foram extremamente decepcionantes. Não só pelo resultado, mas pela forma como o time simplesmente se entregou ao adversário. No entanto, é preciso lembrar que são duas das equipes que disputam vaga na Liga dos Campeões e títulos. Além disso, é só a primeira temporada do italiano na Premier League e ele precisa se adaptar e ainda tem a difícil missão de reestruturar todo clube.
Convenhamos que não é tarefa fácil fazer com que os jogadores voltem a render o que podem, mas ele já conseguiu tirar o melhor de cada um deles em algumas partidas. Deixar Fàbregas no banco é um erro, mas tenho a fé de que Conte irá reparar isso mais cedo ou mais tarde. Outro ponto que precisa ser reparado é Gary Cahill. Não dá mais para o inglês. E não digo só no time titular, mas no banco de reservas, como Vinícius Paráboa e Lucas Sanches bem observaram.
Se ajuda a consolar o coração daqueles que já estão querendo o planejamento do próximo ano, ainda temos janeiro pela frente. A janela volta a abrir, poderemos reparar alguns erros e melhorar nas posições que ainda estão carentes. Ainda dá tempo de ter uma boa temporada e não adianta nada dizer que nosso treinador é fraco, porque ele claramente não é. Foram apenas oito jogos, relaxem, vamos voltar a questionar isso lá na frente.
Por fim, gostaria de ressaltar que a postura dos nossos atletas realmente é outra. Após a derrota para os Gunners, Hazard e Matic admitiram que a equipe não foi bem e assumiram toda culpa pelos maus resultados. Em outros tempos, estaríamos buscando influências de fora e, ainda pior, apontando o dedo uns para os outros.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.