Gary James Cahill foi contratado pelo Chelsea em janeiro de 2012. Revelado pelo Aston Villa, passou quatro anos sendo emprestado para Burnley e Sheffield United, ou mesmo jogando pelo clube de Birmingham. Em 2008, chegou ao Bolton, onde consolidou sua carreira e atuou com regularidade por mais quatro temporadas.
O decorrer da temporada 2011/12 foi muito conturbado para o Chelsea. O clube fazia campanha irregular na Premier League e corria risco de eliminação nas oitavas de final da UEFA Champions League. Cahill fora contratado para competir em uma zaga formada por John Terry e David Luiz, e só. Ivanovic poderia ser improvisado na posição, assim como Romeu e até Bosingwa, situação nada confortável. O recém contratado ganhava seu espaço aos poucos, com um jogo considerado simples e tranquilo, típico de muitos “bons garotos ingleses” e que rendeu algumas boas críticas.

Com Cahill, vencemos. Foi titular na histórica final europeia em Munique, onde fez boa atuação. Também jogou a final da FA Cup da mesma temporada, que resultou em troféu. Participou da campanha vitoriosa da UEFA Europa League, no ano seguinte, e das glórias na Copa de Liga e Premier League, duas temporadas atrás.
Pouco mais de quatro anos depois, não somos mais felizes. Se um dia houve algo semelhante a um casamento, chegou a hora de termos algo semelhante ao divórcio. Cahill e Chelsea não se entendem mais. Um elenco que hoje conta com John Terry, Kurt Zouma e David Luiz não precisa de mais um defensor, ainda mais de um que não precisamos mais. Nem é necessário citar nomes que podem ser muito bem improvisados na zaga, indo de Ivanovic a Azpilicueta.

Caro Gary Cahill, todos mudamos muito de 2012 até hoje. Como todos os times, o Chelsea também precisa de uma renovação, e nunca sabemos quem fará parte dela. Suas atuações não condizem mais com o que o time precisa, mas ninguém nunca vai esquecer que seus serviços foram muito úteis por muito tempo. A história foi bonita, mas convenhamos que seu fim é próximo. Te devemos muitos agradecimentos, e acredito que, enquanto é tempo, devemos chegar a um acordo amigável para dizer adeus.