O Chelsea neste final de semana recebeu o Manchester City em Stamford Bridge e acabou saindo de campo com uma derrota por 1 a 0, gol de Kevin De Bruyne. Considerado o pior jogo do time no ano, o resultado mostrou que algumas ideias colocadas por Antonio Conte devem ser revistas, além da fragilidade do time em alguns momentos. Mas afinal, falta alguma coisa aos Blues?
Ataque
A escalação do time mudou daquele 3-4-3 campeão para um 3-4-2-1 com apenas Morata livre no ataque, talvez o maior erro cometido por Conte. Morata é ótimo jogador, mas sozinho no ataque não consegue fazer nada mesmo tentando e muito até se machucar. Esta formação foi a mesma do jogo contra o Atlético de Madrid, que ganhamos no último lance da partida.
Outro ponto é a saída de Morata no jogo: machucado, o espanhol parecia que tinha se esforçado além do que aguentava e deu o lugar a Willian, sendo que a opção clara seria Batshuayi. Com Hazard sozinho no ataque, o belga sumiu no jogo pois não conseguia fazer o pivô para a chegada dos meias. Conte até tentou voltar ao esquema antigo após levar o gol tirando Bakayoko e Hazard e colocando Pedro e Batshuayi, que também não conseguiram ajudar o time.
A espera para que a lesão de Álvaro Morata não seja grave tem de suma importância, principalmente porque o jogador foi convocado para sua seleção, se não poder, que Conte coloque Batshuayi na função e não invente em colocar um jogador que não seja da função. Outro ponto é que volte ao esquema antigo, pois dois meias-atacantes ao lado do centroavante ajudam muito na função.
Meio-campo
Cesc Fàbregas é um ponto importante. Colocado para jogar como meia, se mostrou inofensivo para o apoio no ataque; William também não conseguiu mostrar nada em campo, até parecia estar em outra frequência e não em um jogo importante errando passes e matando contra-ataques. No fim do jogo, o meio de campo era inexistente, com uma correria sem tática tentando pelo menos empatar o jogo.
Outro ponto é Azpilicueta no lado direito: um fato que todos os torcedores já viram, mas Conte ainda insiste em colocar o espanhol avançado. Todavia, ele não consegue acrescentar nada se não for como zagueiro, o papel de Moses na lateral era de muita importância neste jogo e o de Azpilicueta jogando de zagueiro também.
Se a negociação com Ross Barkley tivesse sido concluída, este seria o jogador certo para fazer a função que coube a Fàbregas, mas como não temos este meia no nosso elenco, não precisava ter que mudar um esquema que estava dando certo. Tendo Moses e Zappacosta no banco, jogar com Azpilicueta na lateral direita tendo um time desfalcado de zagueiro é totalmente errado, ponto fora cometido por Antonio Conte.
Defesa
A zaga composta pela primeira vez com Christensen, Antonio Rudiger e Gary Cahill não comprometeu mesmo com a derrota, mas Christensen fez seu pior jogo desde que voltou e Rüdiger se mostrou inseguro em alguns lances que poderia sair com os volantes. David Luiz se mostra cada vez mais essencial na zaga azul – mesmo tendo uma liberdade de sair para apoiar no ataque, o brasileiro consegue fazer com que os defensores tenham tranquilidade, algo que Cahill não conseguiu fazer no jogo deste fim de semana.
Courtois se mostrou muito inseguro jogando os pés, principalmente com medo de dar chutão, em um lance quase deu um gol de presente para Gabriel Jesus, mas fez boas defesas como sempre. O principal ponto que podemos mudar na zaga é a volta de Azpilicueta na zaga, para uma saída provável de Christensen.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.