Cada vez mais próximo da final da Champions League, a Semana Blue do Chelsea Brasil traz textos especiais sobre o grande confronto deste sábado (29)!
O atual Chelsea tem uma semelhança notável com o Chelsea de 2012: a falta de favoritismo no cenário europeu. Aquele time campeão do velho continente era, para muitos, o que restou de uma era vitoriosa do clube.
Com um time recheado de craques, levantamos o caneco da Premier League três vezes em seis anos (2005 até 2010) e fomos vice da Champions em 2008. Mas o auge de alguns jogadores já teria passado em 2012. Talvez por isso, muitos analistas e torcedores não puseram o nome do Chelsea na lista de favoritos daquele ano. Mesmo assim, saímos campeões da decisão em Munique. A relação da equipe comandada por Tuchel e o time de Di Matteo não é a passagem da idade, mas sim a ausência do favoritismo.
Ao contrário do que era aquele plantel de 2012, uma das características mais marcantes do atual Chelsea é a juventude. Apenas 3 jogadores do time titular têm mais de 30 anos e a média de idade do trio ofensivo é de 23 anos. Desses números o público pode tirar duas coisas: a primeira é que a equipe é bastante promissora e pode deixar um bom legado no futebol, e a segunda é que o time ainda não tem a experiência suficiente para competir em alto nível e, nos dias atuais, a última opção ainda é mais comum entre as opiniões públicas. Fora o fato do elenco estar em formação, a estrutura adotada por Tuchel para o time pode contribuir para essa falta de expectativa no Chelsea.
Formação defensiva…?
Três zagueiros entre os onze iniciais, dois alas e dois volantes. Desde a chegada do técnico alemão, esta é a formação utilizada. Na visão de alguns, estrutura obrigatoriamente defensiva. Por mais que isso não seja verdade, um time com uma linha de cinco jogadores atrás e com média de menos de dois gols por jogo não gera tanto impacto popular como uma equipe ofensiva com preferência pela posse de bola.
Outro fator que potencializa a desconfiança dos comentaristas de futebol, especializados ou não, em cima do Chelsea é o elenco sem o recheio de estrelas por todo o campo. Os clubes apontados como favoritos costumam ter jogadores consolidados em grande parte das posições, como o Real Madrid, o Liverpool, o Bayern de Munique e outros. Diferente do Chelsea, que ainda tem atletas “desconhecidos”, em comparação com outros clubes.
Bom, mas o Chelsea de fato não era um favorito e hoje está na final da Champions League! Realmente, isso é futebol. Comprometimento com o novo estilo de jogo do time, dedicação nos treinos, destaque e decisão dos atacantes e uma pitada de sorte nos sorteios de fase mata-mata da UCL. Vamos acompanhar até onde foi esta sorte.
Oitavas de final – Atleti
Nas oitavas de final enfrentamos o Atlético de Madrid, então líder do campeonato espanhol mas que passava por seu pior período na temporada. Os londrinos ainda estavam entendendo a estrutura de Tuchel e pegar um adversário que não passava no seu melhor momento foi determinante para a classificação. Apesar de não termos feito nossas melhores partidas, não desperdiçamos oportunidades e passamos de fase.
Quartas de final – Porto
Provavelmente a maior sorte de uma equipe no sorteio. A equipe de Portugal, embora saiba administrar bem os momentos de pressão e os momentos defensivos, não tem a mesma qualidade técnica dos outros possíveis rivais. Superamos os portugueses sem facilidade, mas sabendo jogar contra suas estratégias.
Semifinal – Real Madrid
Sempre difícil enfrentar o 13 vezes campeão, que derrotou fortes times como a Atalanta e o Liverpool. Entretanto, desfalques no sistema defensivo do Real e a comunicação perfeita entre o que queria Thomas Tuchel e o que fizeram os jogadores tiveram papéis fundamentais na vitória azul neste confronto.
Por fim, a final é o próximo caminho. Percebe-se que em cada etapa, com exceção ao embate contra o Porto, o Chelsea não obtinha o favoritismo, mas contou com um pouco de sorte e foi evoluindo a medida que ia chegando mais perto das situações decisivas da final.
Dessa forma, os Blues chegarão no palco da decisão, o Estádio do Dragão, com um enorme desejo de vencer, porém novamente sem a obrigação de ser campeão.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.