Após a saída de José Mourinho do comando do Chelsea, em 2007, o clube passou por momentos de instabilidade, principalmente no comando técnico da equipe. Avram Grant assumiu logo após, depois veio um renomado Felipão, mas sem sucesso. Posteriormente veio Gus Hiddink, que estabilizou o time e ganhou a FA Cup, mas teve de deixar o cargo ao fim da temporada. Tudo isso num prazo de menos de dois anos.
E com o fim da temporada 2008/2009, o Chelsea novamente ia ao mercado buscar um treinador. De preferência, alguém experiente e renomado o suficiente para as pretensões dos Blues. E, coincidentemente ou não, estava disponível um técnico acostumado a grandes times e a grandes estrelas: Carlo Ancelotti, que havia deixado o Milan, após oito temporadas de sucesso.
Ancelotti assumiu o Chelsea em junho de 2009, tornando-se assim, o quinto técnico em 21 meses. Junto dele, vieram Daniel Sturridge, por valor não divulgado, mas abaixo dos seis milhões de libras; Ross Turnbull, que chegava de forma gratuita para ser reserva de Cech; Yuri Zhirkov, que podia jogar como ala esquerdo ou lateral, por 18 milhões de libras; e um tal Nemanja Matic, por apenas um milhão e meio de libras.
Nesta mesma época, iam embora dois atacantes: Claudio Pizarro, por 10 milhões de libras ao Werder Bremem, e Andriy Shevchenko, de graça, para seu time do coração, o Dinamo de Kiev. O ucraniano chegou por uma quantia recorde, de 30,8 milhões de libras e ia embora de graça, após três anos patéticos sob contrato com os Blues, sendo que no último ele esteve por empréstimo no Milan, time que fez grande sucesso, mas onde também não conseguiu repetir suas melhores formas nesta segunda passagem. Foram apenas nove gols em 48 partidas pelos Blues.
E, de certa forma, a saída de Sheva era surpreendente, já que se esperava maiores chances a ele, uma vez que chegava a Londres o treinador que conseguiu tirar o máximo do atacante. Mas após apenas uma partida na temporada, Shevchenko, que havia sido o jogador favorito de Abramovich por muitos e muitos anos antes de sua chegada ao Chelsea, voltava à Ucrania para terminar sua carreira, já com seus 33 anos de idade.
A temporada começou para o Chelsea já com jogo de título. Era a Community Shield, que os Blues tinham o direito de disputar por terem vencido a FA Cup da temporada anterior. O adversário era o costumeiro Manchester United, campeão da Premier League. E a partida novamente seria definida nos pênaltis. Dessa vez com vitória dos Blues, a primeira vitória por pênaltis em mais de uma década.
Nani abriu o placar com apenas 10 minutos de jogo, após chute da ponta esquerda, de longe, no canto oposto de Cech. Era um início ruim para os Blues, como havia sido na final da FA Cup contra o Everton, levando um gol ainda no inicio da peleja. A partir daí o jogo foi equilibrado durante todo o primeiro tempo. Lampard e Drogba se destacavam para os Blues e Rooney para o United. O inglês, inclusive, ocupava uma posição de ainda maior destaque após a saída de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid.
No segundo tempo, o Chelsea mostrou sua força e chegou ao empate no inicio da etapa, em lance curioso. O zagueiro Ricardo Carvalho havia subido ao flanco direito para um cruzamento, em que a bola bateu e rebateu na zaga do United até sobrar com Malouda, pela esquerda. Porém, o zagueiro português, ao invés de voltar a sua posição, subiu ainda mais e se posicionou como atacante na área adversária. E após cruzamento mal cortado pelo goleiro Foster, Carvalho concluiu, de cabeça, para o gol. 1-1 em Wembley e o Chelsea mantinha o bom ritmo. Aos 72 minutos jogados, após jogada de contra ataque, Drogba dominou, adentrou a área adversária e serviu Lampard, livre, que chutou. O goleiro Foster chegou a fazer a defesa, mas a bola acertou a trave esquerda e quicou dentro do gol.
Após certa dúvida o juiz marcou a virada do Chelsea, restando apenas 20 minutos por jogar. Porém, já nos acréscimos, Rooney foi lançado, em posição de impedimento, por trás da zaga e marcou o gol de empate: 2-2. O jogo ia para os pênaltis e o Chelsea revivia o drama de uma disputa contra o rival.
Nas penalidades, Lampard marcou o primeiro para o Chelsea, seguido por Ballack, Drogba e Kalou. Pelo lado vermelho, apenas Carrick marcou. Giggs e Evra desperdiçaram com duas defesas de Cech. 4-1 no placar e o primeiro título da temporada. O primeiro título de Ancelotti pelos Blues.
Na Premier League. a temporada começou bem, com seis vitórias consecutivas e a liderança assegurada. Porém, com derrotas na sétima e nona rodada, para Wigan e Aston Villa, o Chelsea caiu para segundo, atrás do mesmo United. Na décima rodada, entretanto, os Blues voltaram à liderança e lá ficaram por 20 rodadas consecutivas.
Todavia, nunca foi uma liderança tranquila, já que o Manchester sempre seguia muito próximo na tabela. E isto resultou na perda da liderança por parte dos Blues, na 30ª rodada, após empate ante o Bolton. Com oito rodadas apenas por jogar, o campeonato parecia que seria decidido pelo confronto direto, que aconteceria em Old Trafford, na rodada 33. Quem vencesse a partida, ficaria na liderança a cinco rodadas do fim do campeonato.
E o jogo foi emocionante. Joe Cole, que voltou a jogar mais na temporada, após sofrer com lesões, passou a temporada sem ser titular indiscutível, mas recebeu espaço entre os que iniciariam a partida contra o Manchester United. E fez o seu gol, aos 20 minutos de jogo.
Jogando na casa do adversário, o jogo foi amarrado, truncado, com o Chelsea levando pressão em alguns momentos, mas conseguindo controlar seu futebol, sem sofrer muitos riscos. O United não conseguia criar muito, já que não contava com Rooney, machucado. No segundo tempo, com o jogo equilibrado, um ídolo foi ao campo, Didier Drogba. Substituindo Anelka com 69 minutos jogados, Drogba precisou de apenas dez em campo para marcar 2-0 para o Chelsea. A vitória parecia encaminhada.
Contudo aos 81 minutos, dois depois do gol do Chelsea, o Manchester diminuiu com Macheda, colocando fogo na partida. Mas o Chelsea conseguiu se acalmar em campo e manter o resultado, que deu aos Blues dois pontos de vantagem no topo da tabela. Após duas rodadas em segundo, os Blues voltavam para o topo da tabela.
Os azuis de Londres ainda perderam um jogo na competição, para o Tottenham, de Gareth Bale, entretanto como o United também sofreu um deslize, ao empatar com o Blackburn, o Chelsea conseguiu manter um único pontinho de diferença para o rival, até a última rodada.
No jogo final da Premier League, o Chelsea precisava de uma vitória, em casa, para garantir o título e o clima era meio de festa, meio de tensão, já que um tropeço faria com que a taça escapasse na ultima rodada. A Premier League, como todos sabem, é um campeonato de pontos corridos, mas esta partida contra o Wigan era uma verdadeira final.
Porém, os Blues trataram de deixar logo o clima mais calmo. Anelka fez o primeiro, logo aos seis minutos, dando tranquilidade ao time. Aos 31, Lampard sofreu pênalti, fazendo com que o zagueiro Caldwell, do Wigan fosse expulso. O próprio Lamps converteu. 2-0 com meia hora jogada.
Com a expulsão do zagueiro, o Chelsea foi ao ataque no segundo tempo e transformou a partida do título em um dos momentos mais memoráveis da história recente dos Blues. Kalou fez o terceiro. Anelka, novamente, o quarto. O matador Didier Drogba fez o quinto, o sexto e o sétimo, de pênalti. Entre o terceiro e o sétimo gol, forma quatro tentos em 14 minutos, um baile azul em Londres.
Ainda deu tempo de Ashley Cole marcar o seu, e sacramentar de vez o título da Premier League 2009/2010. Foram 86 pontos e incríveis 103 gols marcados, um recorde.
Veja abaixo os gols da vitória dos Blues
Com seu hat-trick na partida, Drogba se consagrou artilheiro da competição, com 29 gols anotados. No total, o marfinense foi às rede sem 37 oportunidades. Lampard também ultrapassou a marca dos vinte gols na Premier League, marcou 22, totalizando 26 por todas as competições. Após eles, vieram Malouda e Anelka, com 15 gols na temporada, e Kalou, com 12.
Lampard e Terry fizeram novamente história ao chegar na marca de 50 partidas na temporada, sendo que o zagueiro esteve, de fato, em 51. Malouda também chegou à marca. Ballack, Anelka, Cech e Ivanovic bateram os 40 jogos, sendo que esta foi a primeira temporada do sérvio na lateral direita.
O Chelsea de Ancelotti jogava no clássico 4-3-3 usado desde à época de Mourinho, e o time titular base da temporada foi:
Cech; Ivanovic, Carvalho (Alex), Terry, Ashley Cole; Ballack (Essien), Mikel, Lampard; Malouda (Kalou ou J.Cole), Anelka e Drogba.
Além da escalação de Ivanovic como lateral, um dos grandes triunfos de Ancelotti foi escalar Drogba e Anelka juntos, de forma organizada. E deu muito certo, com os dois formando ótima dupla de ataque e o francês se adaptando bem ao lado do campo, mas sempre marcando presença na área.
Outros jogadores importantes na temporada, apesar de terem ido menos a campo, foram Deco, Zirkov, Joe Cole, Alex e Belletti, sendo que este, por sua vez, jogou várias vezes como meio campista, conseguindo desempenhar um bom papel.
Antes de seguir com a história de conquistas da temporada, vale uma ressalva de um momento especialmente triste para os torcedores do Chelsea: a eliminação na Champions League. Não por ser um rival inglês, ou por ter sido de forma dramática. Mas simplesmente por ter sido por alguém tão especial para o torcedor azul, José Mourinho, com sua Internazionale, que seria campeã meses depois.
O confronto aconteceu ainda nas oitavas de final, e o Chelsea foi derrotado em ambos os jogos. 2-1 em Milão e um dramático 1-0 em Stamford Bridge. Mourinho teve seu nome cantado em Londres, mas deixou o estádio entristecido com seu sucesso.
Com o titulo inglês garantido no dia 09 de maio, o Chelsea ainda jogaria uma partida na temporada: a final da FA Cup, seis dias depois. O adversário da vez era o Portsmouth, que chegava a sua segunda final em três anos. Era a chance de ganhar a taça de forma consecutiva, mas mais do que isso, era a chance de ganhar o “The Double” pela primeira vez em sua história.
O Chelsea começou em cima e acertou a trave, aos 13 minutos, em chute de Lampard. Aos 21, foi a vez do Portsmouth chegar, com Piquionne, que obrigou Cech a fazer uma das mais incríveis defesas de sua carreira nos Blues. Aos 27, Kalou se encontrou na pequena área, sem goleiro, para apenas empurrar para o gol após bela jogada de Ashley Cole, mas chutou no travessão, uma chance incrível perdida.
Dois minutos depois foi a vez de Terry acertar a trave, a terceira do Chelsea. Aos 39 foi a vez de Drogba, em cobrança de falta, acertar o travessão. A bola ainda tocou sobre a linha, mas não entrou. No segundo tempo, o Portsmouth pressionou logo de início, e conseguiu um pênalti, cometido por Belletti. Kevin Prince Boateng foi para a cobrança e Cech defendeu, com os pés, aos 54 minutos de jogo.
Com o adversário abatido pelo pênalti perdido, os Blues precisaram de apenas quatro minutos para abrir o placar. Drogba batendo falta ao seu estilo, acertou o canto e fez para o Chelsea. Lampard ainda teve a chance de ampliar, de pênalti, mas errou, aos 87 minutos. Um raro erro de Super Frank.
O jogo ainda foi marcado por um momento que ecoou por vários meses. Boateng e Ballack se envolveram em discussão no primeiro tempo e o ganês resolveu descontar sua raiva no lance seguinte, dando carrinho violento em Ballack. Se a jogada parecia feia no momento, se tornou pior ainda, já que Ballack perdeu a chance de capitanear a Alemanha na Copa do Mundo de 2010. O lance o tirou do torneio e gerou um desconforto familiar, já que o irmão do ganês joga pela seleção alemã. Jerome Boateng, o irmão alemão, chegou a recusar cumprimentar o irmão quando as duas seleções se encontraram na Copa.
Com a partida chegando ao fim com vitória mínima, os Blues ganhavam o “Double” pela primeira vez em sua história – Premier League e FA Cup na mesma temporada, os dois principais títulos ingleses. Ancelotti mostrava sua força logo na primeira temporada. Era a coroação do elenco e uma das páginas de maior felicidade e glória da história do clube. Alguns jogadores desta campanha, inclusive, foram coroados e marcados na memória dos Blues. Ballack, Malouda, Anelka e Kalou, por exemplo, foram jogadores que atingiram seus auges durante a campanha, sendo que Malouda, inclusive, foi eleito um dos melhores jogadores do campeonato.
Veja aqui os melhores momentos da partida que deu ao Chelsea seu primeiro Double:
https://www.youtube.com/watch?v=CWOGmcCbZJM
A temporada seguinte, a 2010/2011, começou com a saída de vários jogadores importantes para o elenco. Joe Cole, Ballack, Belletti e Deco saíram de graça. Ricardo Carvalho foi ao Real Madrid de Mourinho, por oito milhões de euros. Era o início do fim para uma geração de glórias para o Chelsea. E apesar de muitos destes jogadores não serem titulares absolutos, todos eles haviam sido importantes na temporada anterior.
Em contraponto, chegaram Ramires e Benayoun. O primeiro por 22 milhões de euros, vindo do Benfica, e o segundo por cinco milhões de libras, vindo do rival Liverpool. Enquanto o segundo já era conhecido na Inglaterra, o primeiro, o brasileiro Ramires, era um jogador que muitos esperavam para ver se valia o investimento. Muitos não imaginavam, contudo, que o volante ex-Cruzeiro se tornaria uma peça tão importante na história dos Blues.
Ao contrário da campanha, o Chelsea teve uma temporada irregular, principalmente em sua primeira metade. Nos primeiros 21 jogos da Premier League, foram apenas dez vitórias. Com isso, o Chelsea chegava ao fim do primeiro turno apenas na quarta colocação. Entre novembro e dezembro, houve um hiato de seis partidas com as vitórias. O período contou ainda com uma eliminação precoce na Copa da Liga, logo na primeira partida do Chelsea na competição.
Muito da fase ruim era creditado a queda no poder de criatividade e finalização da equipe. Frank Lampard, sofrendo com contusões, não jogava com a frequência das temporadas anteriores, deixando o meio de campo instável. Drogba e Anelka não conseguiam na temporada tantos gols quanto na anterior. E o sistema de jogo da equipe demorava para tomar corpo. Zhirkov e Malouda não rendiam tanto jogando pelos lados, por exemplo.
Com isso, o Chelsea foi novamente ao mercado em janeiro, contratando Fernando Torres, por 50 milhões de libras, quantia recorde na Premier League, e David Luiz, por mais 25 milhões de euros, além de ceder um volante pouco utilizado nos Blues, Nemanja Matic, que voltaria à equipe anos depois.
Enquanto o brasileiro chegou e logo causou impacto, o espanhol teve uma meia temporada apagada pelos Blues, como todos já sabemos, marcando apenas um gol em seis meses.
O rendimento defensivo da equipe, tão criticado na primeira metade da campanha, melhorou e a equipe passou a jogar um futebol mais consistente, mas mesmo assim sem tanto brilho. David Luiz formava a zaga com Terry, enquanto Ivanovic podia voltar a lateral direita, após passar um tempo jogando na sua posição de origem, como zagueiro.
Um dos pontos altos da temporada, inclusive, inclui David Luiz. Num jogo contra o Manchester United, em Stamford Bridge. Após vários meses de instabilidade, o Chelsea recebia o rival e saia perdendo logo aos 30 minutos. Gol de Rooney, em chute de fora da área. Ivanovic havia perdido uma chance cara a cara com o gol, fazendo parecer que era novamente uma noite melancólica em Londres.
Mas no segundo tempo, David Luiz, posicionado como atacante, na grande área, recebeu a bola pelo alto e acertou um belo voleio, um sem pulo, no canto. Com o gol, o brasileiro se tornava um ídolo instantâneo. Stamford Bridge comemorava. Com o empate, o Chelsea passou a controlar mais o jogo e foi para cima. Aos 78 minutos, Lampard foi derrubado na área. Pênalti. E ele mesmo foi para a cobrança. 2-1 Chelsea em uma partida memorável, talvez a melhor de toda a temporada. Vidic ainda seria expulso por falta em Ramires.
A vitória deu ânimo aos Blues, que engataram nove jogos de invencibilidade na Premier League, retornando assim à zona de classificação para a Champions League. Porém, nas outras competições, o Chelsea amargurava novas decepções. Eliminações na FA Cup e Champions League, para Everton e Manchester United, respectivamente.
A eliminação para os Red Devils, nas quartas de final, inclusive, foi decepcionante, com derrota nos dois jogos e o Chelsea apresentando um futebol abaixo do esperado. 1-0 em Londres e 2-1 em Manchester.
Na Premier League, as vitórias consecutivas não foram suficientes para levar o Chelsea ao titulo e nas últimas três rodadas, os Blues amargaram duas derrotas e um empate, terminando o campeonato nove pontos atrás do Manchester United, que foi o rival da temporada. O torneio, diga-se de passagem, foi considerado um dos menos competitivos em muitos anos. Para o Chelsea, ficou o claro sabor de que um pouco mais de estabilidade teria dado o titulo aos Blues, já que com tantos tropeços e à três rodadas do fim, a diferença para os campeões era de dois pontos apenas.
Com a temporada irregular, e principalmente, sem títulos, o Chelsea liberava Carlo Ancelotti para seguir seu destino. Era o sexto técnico a deixar a equipe londrina desde a chegada de Abramovich, provando que estabilidade não era o forte dos azuis.
A campanha deixou também claro sinal de que este time precisaria de uma renovação, que, vale frisar, já dava sinais de que aconteceria, com as contratações de David Luiz e Ramires, principalmente. Mas renovar um elenco tão forte não é tarefa fácil, ainda mais se falando desta geração tão importante na história do clube, com Drogba, Lampard, Terry, Cech, Ashley Cole, Essien, etc.
Para esta missão de renovar, de recriar o Chelsea, chegava um técnico jovem, que parecia imitar seu mentor, José Mourinho. Chegava aos Blues André Villas-Boas e se iniciava, com isso, uma pagina turbulenta e dramática, mas que se tornaria a mais gloriosa da história do Chelsea. Mas isso é assunto para o próximo capítulo…