José Mourinho concedeu sua entrevista semanal nessa sexta-feira, e falou principalmente da partida contra o Manchester United no domingo, mas também sobre o elenco. Dentre outras coisas, o técnico confirmou o empréstimo de Ryan Bertrand ao Aston Villa, a saída iminente de Kevin de Bruyne, a chegada de Nemanja Matic, a volta de Lampard ao time após contusão e também sobre a situação de David Moyes dirigindo o próximo adversário dos Blues.
Começando pelas atualizações sobre o elenco, Mourinho disse que apesar de ser uma contratação importante para o time, Matic não começará jogando contra o United porque isso seria desrespeitoso com os jogadores que já estavam no elenco e que, segundo ele, vinham fazendo um bom trabalho. Frank Lampard já está recuperado da lesão que o afastou pelas últimas três semanas e deve fazer parte do jogo, apesar de não ter sido confirmado pelo treinador.
“Eu estou feliz pelo Matic ter chegado agora porque isso dará a ele seis meses para se adaptar, e assim o começo da próxima temporada não será o começo dele aqui também. Ele está com o elenco nesse momento de evolução, no momento que estamos construindo o time que queremos para os próximos anos. Eu estou feliz que ele tenha vindo nessa janela, não porque nós precisávamos dele desesperadamente, não é o caso porque nosso time está equilibrado, mas em termos de futuro e a maneira como analisamos o elenco é importante a chegada dele agora. O perfil dele como jogador é perfeito.”
“Frank Lampard treinou o semana inteira com o time e deve jogar, já Ivanovic voltará aos treinos apenas hoje, e não creio que ele tenha condições de jogo. Matic não começará a partida, pois eu tenho de mostrar respeito aos jogadores que já estavam fazendo um bom trabalho. Eu não acho que a mensagem correta a se passar para eles seja um novo jogador chegar e já começar jogando, por isso não vou começar com ele. Kevin de Bruyne provavelmente sairá, o negócio está quase fechado. Quanto a Ryan Bertrand, decidimos que o melhor para ele seria ser emprestado pelo resto da temporada,” concluiu Mourinho.
Na sequência, Mourinho falou sobre o adversário do fim de semana, o Manchester United, que está a 11 pontos do líder Arsenal e que vem enfrentando dificuldades após a saída de sir Alex Ferguson, no fim da temporada passada. O técnico dos Blues acha que a forma atual do time não condiz com quem o United é e que o jogo será difícil.
“Leia as minhas palavras na revista do jogo (Match Programme distribuído para os fãs no estádio antes do jogo) onde eu disse: ‘Nós não jogamos contra um time que está 11 pontos atrás do líder, mas jogamos contra os atuais campeões, jogamos contra o Manchester United.’ Foi assim que comecei minhas notas e é exatamente assim que me sinto. Eu estou no futebol há muitos anos e já joguei inúmeros clássicos e dérbis contra grandes times e é isso que minha experiência me mostra. Em muitas ocasiões, o time que estava enfrentando maiores dificuldades foi o mais forte no jogo e, por isso, eu considero esse jogo particularmente perigoso.”
“O United é o United. 11 pontos atrás é muita coisa, mas eu acredito que eles vão buscar a diferença até o final. A maneira como a liga se desenhou nessa temporada, eu acredito que o objetivo primário de cada um dos times grandes é terminar entre os quatro primeiros porque isso será difícil de se conseguir. Eu não imagino que haja motivos para nos compadecermos de Moyes, pois ele tem um trabalho fantástico e muita estabilidade. O clube deu a ele um grande voto de confiança quando o escolheram para suceder sir Alex. Esse é um clube com uma filosofia excelente, eles acreditam em estabilidade e dão confiança aos técnicos e por isso não creio que o Moyes esteja ameaçado. Eu acho que ele terá pelo menos três ou quatro anos para montar o time e alcançar sucesso,” falou o português sobre o companheiro de profissão.
Mourinho também disse que lamenta que Robin van Persie e Wayne Rooney não tenham a chance de participar da partida por estarem contundidos. O treinador acredita que jogos grandes assim são melhores quando todas as estrelas de ambos os times estão envolvidas.
Por fim, o técnico falou sobre a possibilidade de chegar a sua 100ª vitória pela Premier League com o Chelsea, mas não se mostrou ansioso, pelo contrário, está confiante que essa marca será alcançada em breve, mas que o foco é vencer as próximas duas partidas em casa e não o recorde pessoal.
“Se você olhar para a tabela verá que Arsenal e Manchester City são os dois times na ponta. O City tem munição diferente, mas nós estamos logo atrás. O Liverpool também excelentes chances de conseguir (ser campeão) e é um fato curioso eles não estarem disputando nenhuma competição europeia. Essa é a nossa próxima partida e se eu conseguir alcançar a marca na próxima e não daqui três, quatro, cinco jogos, será melhor. A minha 100ª vitória comandando o Chelsea na Premier League vai acontecer, mas será contra o United, o West Ham ou ainda mais tarde? Isso eu não sei, apenas sei que vou chegar lá. Nós vamos tentar alcançar isso na partida contra o Man United porque nós teremos duas partidas em casa, após termos tido duas fora, e nós temos de tentar ganhar seis pontos nelas.”
Mourinho ainda confirmou John Terry como titular no domingo e deu pistas sobre a permanência do zagueiro ao fim do seu contrato em junho: “No caso dele (Terry) os números dizem tudo. Ele jogou todos os minutos desde a partida contra o Hull City (que abriu o campeonato) pela Premier League, com boas partidas e grande desempenho. Não teve suspensões nem se contundiu, o que significa que ele está fazendo uma grande temporada. Ele está fazendo mais do que suficiente para ser titular no domingo, o maior jogo que podemos imaginar. Ele começará e será o capitão do time, e isso reflete como ele tem jogado, a maneira como tem lutado pela sua posição e também pela renovação do seu contrato. Tudo está acontecendo de maneira natural e sem nenhum tipo de pressão,” concluiu o treinador.
O Chelsea enfrenta o Manchester United às 14h, dia 19, com cobertura total do Chelsea Brasil.
