
No primeiro jogo da segunda “Era Pós-José Mourinho”, o Chelsea recebeu o Sunderland em Stamford Bridge pela 17ª rodada da Premier League. Steve Holland esteve no controle da equipe nesse jogo, pois Guus Hiddink, recém-chegado, ainda não está em condições de treinar o time principal, portanto o holandês assistiu a partida da arquibancada.
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A partida teve um domínio arrasador do Chelsea, que venceu por 3 a 1 e subiu para a 15ª posição na competição, com 18 pontos conquistados, enquanto o Sunderland continua na 19ª colocação, com 12. Outro adversário direto na improvável luta contra o rebaixamento é o Newcastle, que jogará às 15h30, em casa, contra o Aston Villa e poderá ultrapassar o Chelsea, fazendo o time londrino retornar à 16ª posição.
Massacre azul no primeiro tempo
A torcida visivelmente ficou do lado de José Mourinho, com vários adeptos levantando placas de apoio ao português implicando com a decisão de Roman Abramovich e, ainda, apontando alguns jogadores – sobretudo Eden Hazard, que não atuou devido à lesão, Cesc Fàbregas e Diego Costa – como traidores.
O Chelsea começou indo à frente pois precisava da vitória para se afastar um pouco da zona de rebaixamento. Logo na primeira jogada de perigo, Branislav Ivanovic cabeceou um escanteio de Willian que tocou o canto superior direito da rede para fazer o primeiro gol do Chelsea na partida, 1 a 0. Um misto entre torcedores comemorou e criticou, e foi notória a divisão da torcida (e isso permaneceu até o fim do jogo).
Os jogadores atuaram como nunca jogaram nessa temporada, principalmente o meia Oscar. O brasileiro fez tabelas envolventes, deu carrinho, fez até um cruzamento de letra. Em campo, de longe ele era o que mais estava inspirado.

O time aparentemente estava cheio de vontade de ampliar a vantagem e continuou atacando. Aos 13 minutos, Ivanovic mandou a bola para área e ela rebateu entre zagueiros do Sunderland e atacantes do Chelsea. Na sobra, Pedro Rodríguez chutou. Pantilimon ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o gol do espanhol.
Após o tento, a torcida cantou algo como “onde você estava quando as coisas não estavam tão bem?” para todo o time do Chelsea.
Sam Allardyce substituiu Sebástian Coates por Adam Johnson aos 22 minutos de primeiro tempo, trocando a formação para um 4-4-2, pois seu sistema com cinco homens na defesa estava atraindo muitos ataques do Chelsea.
Pouco após, Oscar continuou mostrando grande futebol em campo. O meio-campista simplesmente caminhou com a bola perto da entrada da área, limpou todos os adversários e chutou rasteiro, cruzado, para ótima defesa de Pantilimon. Poderia ser o 3 a 0 para os Blues.
O time jogou fácil. Aos 37 minutos, Willian avançou pelo meio-campo e tocou em profundidade para Pedro no lado esquerdo. O ex-Barcelona tabelou com Oscar e cruzou no outro lado da área para Diego Costa, que cabeceou para o gol, mas a bola passou muito perto da trave. Foi o último lance de perigo real da equipe no primeiro tempo e o placar apontou 2 a 0 ao fim da primeira etapa.
Chelsea administra segundo tempo e garante vitória
O Sunderland foi para o ataque no começo do segundo tempo e, na recuperação de bola, Pedro tocou em profundidade para Willian, que driblou Pantilimon e caiu dentro da área. Pênalti – batido e convertido por Oscar. Três a zero Chelsea. Na comemoração, a torcida cantou para… José Mourinho.
Na jogada seguinte, Oscar cometeu falta perto da área e, na cobrança, Adam Johnson cabeceou para baixo, Courtois espalmou para o lado e Borini apenas completou para o gol vazio, diminuindo o placar para 3 a 1.
Depois do gol do Sunderland, o Chelsea cochilou e quase sofreu o segundo gol. Duas chances muito perigosas para os Black Cats quase botaram pressão para cima do time da casa.
O jogo permaneceu morno desde então, e assim ficou até o minuto 64, quando Jermaine Defoe ganhou a disputa por espaço de Matic e Zouma e mandou uma bomba, mas a bola foi para fora. Aos 66 minutos, Oscar limpou de um jogador do Sunderland na entrada da área e chutou com efeito, mas a bola bateu no lado de fora das redes.

Sob algumas vaias, Fàbregas foi substituído por John Obi Mikel. O Chelsea conseguiu acalmar a partida que tinha muita movimentação ofensiva do Sunderland, algo que estava incomodando os torcedores presentes ao estádio.
Ao minuto 74, o Chelsea começou a pressionar após jogada confusa perto e dentro da área do Sunderland. O time tentou penetrar a defesa do time visitante, sem sucesso. Cinco minutos depois, Pedro armou contra-ataque após cobrança de falta do time azul e vermelho e tocou para Rémy, que avançou até o fim do campo, entrou na área e chutou para o gol em defesa de Pantilimon. Na sobra, ninguém aproveitou.
Oscar foi substituído sob aplausos da torcida para a entrada de Ramires aos 81 minutos. Os torcedores ecoaram “José Mourinho” o jogo inteiro, mas não fizeram isso durante a substituição do brasileiro.
No fim, o Sunderland esboçou alguma reação com Defoe chutando de fora da área para grande defesa de Courtois, mas ficou nisso. Chelsea 3, Sunderland 1.
Na próxima partida, o Chelsea recebe o Watford em Stamford Bridge no sábado (26), o tradicional Boxing Day, enquanto no mesmo dia o Sunderland visita o Manchester City.
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Chelsea (4-2-3-1): Courtois (g); Ivanovic, Zouma, Terry (c), Azpilicueta; Matic, Fabregas (70′ Mikel); Pedro, Oscar (81′ Ramires), Willian; Costa (75′ Rémy);
Substitutos não utilizados: Begovic (g), Baba, Cahill, Traoré;
Técnico: Steve Holland.
Sunderland (5-4-1): Pantilimon (g); van Aanholt, Kaboul, O’Shea (c), Coates (22′ Johnson), Jones; Watmore (78′ Graham), M’Vila, Rodwell, Toivonen (46′ Borini); Defoe;
Substitutos não utilizados: Mannone (g), Fletcher, Gomez, Yedlin;
Técnico: Sam Allardyce.
Cartões amarelos: Pantilimon (48′ SUN), Rodwell (62′ SUN), Matic (87′ CHE);
Estádio: Stamford Bridge (Londres, Inglaterra);
Público: 41.562;
Árbitro: Roger East.