Com uma vitória convincente, nesta sexta-feira, diante do Chelsea, em Mônaco, o Atlético de Madrid conquistou, pela segunda vez em sua história, a Supercopa Europeia. Em embate que opunha o vencedor da Liga dos Campeão ao da Liga Europa, brilhou a estrela do atacante colombiano Radamel Falcão García, autor de três gol. Derrotado pelo City na decisão da FA Community Shield, os Blues perderam a sua segunda final neste início de temporada
Atlético de Madrid decide partida na primeira etapa
O Atlético de Madrid precisou de apenas poucos minutos para mostrar ao Chelsea que o clube londrino não teria vida fácil no principado de Mônaco. Realizada a proposta tática audaciosa de Diego Simeone, que previa marcação adiantada, pressionando a saída de bola dos Blues, os campeões da Europa League dificultavam a troca de passes dos rivais e, retomada a bola, atacava com perigo. Na primeira oportunidade, o brasileiro Luis Filipe cruzou para Radamel Falcão se antecipar a zaga inglesa e carimbar seu cartão de visitas no travessão defendido por Petr Cech.
Em ritmo intenso, o Atlético de Madrid, marcava forte e impunha permanentemente ao Chelsea a zona de desconforto. A incontestável superioridade inicial do time espanhol, logo aos 6 minutos, passou a ter reflexo no placar quando Falcão recebeu belo passe de Gabi para, com categoria, tocar na saída de Petr Cech e registrar 1 a 0 Madrid.
O Chelsea, nos minutos seguintes, mostrou grande esforço para alcançar a intensidade de seu adversário na decisão, mas encontrou extrema dificuldade. Perfeitamente estruturado em campo, o Atlético neutralizava os avanços dos londrinos, que arriscava chutes de longe, tentava alçar bolas na área e seguia errando demais. Em um desses equívocos, aos 19, David Luiz não cortou passe para Falcão que, em um momento de genialidade, da entrada da área encobriu Cech para anotar mais um tento na partida.
A vitória provisória e a certeza de grande exibição garantia fôlego novo ao Atlético de Madrid, que não refreou seu ímpeto durante toda a primeira etapa. O time comandado por Simeone prendia na marcação os meias do Chelsea e cedia espaço ao Obi Mikel, que com pouca criatividade não conseguia levar os vencedores da Liga dos Campeões à frente. Se os favoritos ao título europeu não assustavam, os azarões aproveitavam para agredir em contra-ataque. Aos 33, quase o terceiro chegou em bela jogada de Arda Turan que assistiu Adrian perder chance inacreditável com o gol vazio. Falcão na sobra da furada ainda cabecearia a bola na trave.
Se a torcida do Chelsea torcia pela intervenção de Roberto Di Matteo no intervalo, os fãs do Atlético de Madrid sabiam que o clube ainda podia fazer mais. E fez. Aos 44, contra-ataque organizado por Ardan Turan, bola pra Falcão e hat-trick para o colombiano. 3 a 0 no placar.
Um gol para cada lado
Com Oscar no lugar de Ramires, o Chelsea retornava ao gramado para a disputa da segunda etapa com a certeza de que teria pela frente uma árdua missão. Diante de um adversário mais recuado, o clube londrino passou a controlar mais a bola e a achar espaços, mas sem nunca apresentar o poderio ofensivo que encantou os britânicos nas primeiras rodadas da Premier League.
Coube, então, ao Atlético de Madrid, mais uma vez, atribuir emoção a final da Supercopa. Aos 60, cruzamento pela direita sobra para Miranda que chuta com calma para marcar o quarto gol espanhol e sacramentar definitivamente a vitória. Os Los Colchoneros ainda quase chegaram ao quinto tento, 68, em cobrança de falta de Koke que obrigou excelente defesa de Cech.
A certeza de título decidido pôs fim ao ânimo da partida. O Chelsea brigava, tentava honrar a sua tradição, mas esbarrava em sua pouca inspiração. O zagueiro Cahill ainda anotaria o gol de honra inglês, aos 75, mas já era tarde para pensar em virada. Fim de papo, Atlético de Madrid campeão da Supercopa.
FICHA TÉCNICA
CHELSEA 1 X 4 ATLÉTICO DE MADRID
Estádio: Louis II, em Mônaco.
Data/Hora: 31/08, às 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Auxiliares: Primoz Arhar e Matej Zunic (ambos da Eslovênia)
GOLS: Falcão García (6’, 19’ e 44’), Miranda (60’) e Cahill (75’)
CHELSEA (4-2-3-1): Cech; Ivanovic, Cahill, David Luiz, Cole (Bertrand, 88); Obi Mikel, Lampard; Ramires (Oscar/intervalo), Hazard, Mata (Sturridge, 80); Torres. Técnico: Roberto Di Matteo
Suplentes não utilizados: Turnbull, Oriol Romeu, Raul Meireles, Moses.
ATLÉTICO DE MADRID (4-2-3-1): Courtois; Juanfran, Miranda, Godín e Filipe Luis; Mario Suarez, Gabi, Adrián Lopes (Cristian Rodríguez, 55), Arda Turan e Koke (Raul García, 81); Falcao García (Emre, 86). Técnico: Diego Simeone
Suplentes não utilizados: Sergio Asenjo, Sílvio, Cata Díaz, Raúl García e Diego Costa.