Quem acredita em milagre segue com esperança (isso mesmo, no singular, nem o “s” está podendo entrar neste momento. Plural é luxo). Ela é única, e quase inexistente. Talvez, menor do que um grão de areia. Mas ainda vive. E tem de ser vista sob o olhar do realismo, mesmo que doa no mais fanático torcedor.
A dramaticidade do contexto se justifica por si própria. É um cenário simples de entender e complexo de ser modificado. Uma vitória do Tottenham não tira os Spurs da possibilidade de alcance por parte dos Blues. Porém, se ela acontecer, terá de vir acompanha de uma derrota, pois quatro pontos são tudo que o rival londrino necessita em seus últimos dois jogos. O grande problema é que eles irão fazer ambas as partidas em casa. Para piorar, os adversários não inspiram a menor confiança: Newcastle e Leicester, todos livres do rebaixamento e sem chances de obter vaga nas copas europeias – ou seja, com total ausência de motivação/aspiração, somente dotando o chamado espírito de porco para estragar a festa dos outros (justamente nesse fator que o Chelsea se apega para ver o milagre).
Caso o impossível não bata à porta do vizinho, a única cartada que restará vai ser um mega tropeço do Liverpool, em Anfield Road, no confronto que lhe resta. Um empate do lado vermelho serve para o azul. Mas quem imagina o time de Firmino deixando de faturar os três pontos diante do ex-ameaçado de rebaixamento Brighton?
Em suma, tudo indica que no sorteio dos grupos e/ou playoffs da próxima Uefa Champions League não haverá a bolinha dos campeões de 2012. No entanto, é preciso ter fé. E lembrar que quem quer ver o milagre muitas vezes precisa ser o próprio. À equipe de Antonio Conte apenas interessa os seis pontos nos duelos com Huddersfield e Newcastle, em casa e fora, respectivamente. Começando por esta quarta-feira (9) e se estendendo (esperamos) até o domingo (13). Que o último dia de Premier League seja uma mãe para o Chelsea!
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.