Reforços: vocês responderam e vamos analisar os nomes preferidos do Chelsea Brasil

Há três semanas eu trouxe para os amigos uma coluna sobre a necessidade do Chelsea se reforçar para almejar voos mais altos na próxima temporada, inclusive na Champions League. Naquela ocasião eu me comprometi a tratar de maneira mais pontual os nomes sugeridos e como promessa é dívida, aqui está.

A lista de jogadores foi vasta e vou me apegar a apenas alguns, usando basicamente dois critérios: preferência e conhecimento de causa. Confesso que desconheço alguns dos nomes sugeridos pelos leitores e não confio em compilações no YouTube para avaliar um jogador. Nem a China contrata mais por vídeo, então não me sinto segura para comentar sobre jogadores que mal conheço ou desconheço totalmente.

Comecemos então pela zaga. Muitos dos leitores se mostraram confiantes com os nomes que temos à disposição e destacaram os jogadores da base – como era de ser esperar. Confesso que não acho que a base seja a resposta para mudar o Chelsea de patamar, mas também admito que temos nomes interessantes e por isso vou dar um crédito aos garotos e me ater aos jogadores do Chelsea emprestados.

Andreas Christensen, em minha opinião, é a melhor opção que temos dentro de casa. Acho bem provável que John Terry não renove como jogador – foi pouquíssimo utilizado e passou uma parcela significativa da temporada machucado. Ainda que Gary Cahill não seja o zagueiro dos meus sonhos – longe disso – acho que na zaga podemos abrir uma exceção e trazer um menino que está jogando o fino da bola na Alemanha.

Em relação aos outros nomes sugeridos (Nathan Aké – que já foi reintegrado no meio da temporada, mas não teve chances), Tomas Kalas e até Baba Rahman, acredito que não tenham espaço no curto prazo no elenco do Chelsea, mas também acho que deveríamos mudar como os empréstimos são feitos. Pular de galho em galho não ajuda no desenvolvimento de nenhum jovem, apenas lhe garante minutos jogados. Entendo que seria importante o clube identificar quem são os melhores e mais promissores jogadores e trabalhar com contratos de empréstimos mais longos nesse caso (como fizemos com Thibaut Courtois), o que traz estabilidade tanto para o jogador, como para o clube onde está atuando.

Partindo para a volância, há quase uma unanimidade quanto a Rajda Nainggolan. O volante da Roma apareceu em inúmeros comentários e confesso ser um dos meus sonhos de consumo para a temporada, apesar de eu achar a chegada dela bem difícil diante dos seus comentários sobre a dificuldade de adaptação ao clima e a uma nova liga. Além de ser um jogador forte, que não tem medo nem pudor de chegar junto, o belga também oferece uma transição ao ataque, bem como uma presença no último terço do campo mais robusta e incisiva. Nainggolan seria especialmente interessante caso Conte finalmente consiga implementar o tão sonhado 3-5-2 que pretendeu desde o começo, mas que barrou por não ter os jogadores necessários para o esquema funcionar. Uma volância mais firme, mas também com boa saída de bola e que oferece algo a mais no ataque é um dos fatores preponderantes para que o Chelsea possa jogar nessa variação do esquema com três zagueiros.

Dentro do meio campo com cinco jogadores, Cesc Fàbregas poderia compor o miolo desse meio-campo como homem mais avançado à frente de Kanté e Nainggolan, com os dois alas mais abertos. Esse miolo se apresentaria como um triângulo em quase todas as fases do jogo. Com a bola, teria Fàbregas e Nainggolan mais avançados, com Kanté mais recuado. Já sem a bola, o belga juntamente com o francês recomporiam a proteção a zaga com mais vigor e rapidez e com o apoio dos alas, requerendo menos do lento e ‘fraco’ (literalmente em termos de força) Cesc Fàbregas. As transições também aconteceriam de maneira mais rápida, eficiente e harmônica.

Com essa formação, temos a marcação implacável de Kanté, porém menos dependência na sua transição, já que reconhecidamente até por Conte, o passe do francês não é um dos seus melhores atributos. Teríamos também a força e repertório de Nainggolan, oferecendo a Kanté um companheiro à altura na marcação, mas que também garante ao time uma transição com mais qualidade, passes mais elaborados, além da presença no ataque, principalmente em chutes de média e longa distância. Por fim, Cesc jogaria na sua posição mais interessante: como jogador de meio-campo, nem volante, nem meia, que ajuda na recomposição e na marcação, mas que tem cobertura eficiente ao ser batido pelo adversário, além claro, de ter liberdade e visão privilegiada dos jogadores de ataque para seguir sendo o maestro blue.

Outros nomes interessantes que surgiram e que poderiam ser bons reforços tanto no 3-4-3 como no 3-5-2 são Tiemoué Bakayoko, Marco Verrati e Arturo Vidal. Começando pelo destaque do Mônaco, o  jovem francês Bakayoko tem sido o motorzinho do time – inclusive na boa campanha da Champions League desse ano e que já teve seu nome fortemente ligado ao Chelsea nas últimas semanas – porém assim como jogadores da base, ainda é muito novo (porém com o diferencial de ter mais rodagem) e também já teve algumas lesões complicadas, apesar da pouca idade.

Outro jogador que marcou presença nos comentários e que eu também gosto muito e acho que é uma boa alternativa para fazer companhia a Kanté é o italiano Marco Verratti. O jogador do PSG destruiu o Chelsea há dois anos pela Champions League e tem grande qualidade técnica, além de uma característica que seu conterrâneo Conte adora: garra. Poucos jogadores se entregam mais em campo do que o pequeno e marrento Verratti.

Por fim, o nome de Arturo Vidal também apareceu. O chileno completa 30 anos no próximo mês e enquanto isso não faz dele nenhum vovô no esporte, pelo valor de mercado especulado, seria um investimento alto para um jogador que provavelmente muito em breve entre na fase descendente da sua carreira, já que o touro também doa muito de si em campo e apresentou algumas lesões no decorrer dos últimos anos, em virtude do seu estilo de jogo e corpo mais pesado.

Em breve volto para falar dos meia-atacantes e do ataque e quem sabe das alas, já que continuo achando que dá para jogar ou com Victor Moses ou com Marcos Alonso (prefiro o espanhol, ao nigeriano) se quisermos buscar conquistas maiores. Com os dois em campo – mais Gary Cahill – ultrapassamos a cota de jogadores medianos que cumprem bem uma determinada função e nada mais – muitas vezes pecando no resto.

Continue deixando seus comentários e vamos continuar trocando passes 😉

As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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