Por Bárbara Lira
Essa semana estou tendo o privilégio de ‘substituir’ o companheiro Vinicius Paráboa e ter o gostinho de escrever um pouquinho sobre o Chelsea novamente.
Há exatos dois anos atrás, no dia 25 de dezembro de 2014, eu publicava minha última coluna pelo site, ‘Líder no Natal, campeão no final?’. Devo confessar que é tentador fazer a mesma previsão que fiz naquela temporada no dia 06 de novembro – ‘Chelsea, ainda apresenta problemas, mas tem pinta de campeão’, mas a tônica hoje será outra.
Se o time de José Mourinho no auge da segunda passagem do português pelo clube ainda apresentava problemas, no time dirigido por Antonio Conte fica difícil achar alguma deficiência.
Desde que adotou o 3-4-3, após a derrota para o Arsenal, o time treinado pelo italiano acumula 12 vitórias seguidas, uma a mais que o recorde anterior atingido no decorrer de duas temporadas. Mas não é só isso. Nesse intervalo, o Chelsea tomou apenas dois gols em quase três meses de competição e anotou 28 tentos, com uma média de 2,33 por partida. A defesa não foi vazada em 10 desses 12 jogos, o que já é um clean sheet a mais do que o time teve em toda a temporada passada e dois no total da temporada atual (11).
Os números impressionam e são superiores inclusive ao último título conquistado há duas temporadas, quando o time começou de forma arrasadora, o que garantiu que conseguisse se manter à frente mesmo quando tropeçou no carregado calendário de dezembro. Após as mesmas 18 rodadas, naquela ocasião o Chelsea somava 45 pontos no dia do Boxing Day, um a menos que a atual campanha.
Nessa nova página da história do clube, a equipe de Conte sobra em relação aos adversários. Mesmo quando ganha apertado, como nos jogos contra Middlesbrough, West Bromwich, Sunderland e Crystal Palace, o time parece estar em total domínio das ações. Raramente nessas 12 partidas o torcedor blue precisou ficar apreensivo. As viradas contra Tottenham (2×1) e Manchester City (3×1), assim como a vitória simples contra os Black Cats foram as únicas ocasiões em que os torcedores precisaram se preocupar, mas mesmo assim as vitórias vieram. Até na última partida, que teve ausências importantes devido às suspensões de N’Golo Kanté e Diego Costa, o time não tomou conhecimento do Bournemouth e venceu de forma contundente por 3×0
A segurança da defesa, o empenho dos jogadores do meio-campo em marcar e também se apresentar no ataque, assim como performances excelentes dos atacantes fazem com que o Chelsea seja um time complicado para ser batido. Times de diferentes investimentos, posições na tabela e ambições no campeonato tentaram e alguns até mudaram seus esquemas para bater o 3-4-3 do treinador italiano, mas até aqui ninguém obteve sucesso.
E a pergunta que todos se fazem nesse momento não poderia ser outra: quem vai parar o Chelsea? Não temos a resposta para essa indagação. Todos – treinador, jogadores e torcedores – estão cientes de que a série vitoriosa um dia chegará ao fim, porém está cada vez mais difícil imaginar como se dará tal proeza.
Feliz ano novo a todos nossos leitores, um brinde ao Chelsea de Antonio Conte que tem trazido tantas alegrias à nação blue e dedos cruzados para que a escrita do Boxing Day se confirme: em todas as vezes que liderou após o Natal na era moderna do futebol inglês, o Chelsea sagrou-se campeão . Go Blues!
As palavras neste texto condizem com a opinião da autora, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.