Estamos chegando ao fim da temporada 2015/2016, e junto com ela espera-se que também cheguem ao fim os altos e baixos do Chelsea. O clube que acabara de ser campeão na temporada 2014/2015 não planejou a temporada vigente com maestria, assim como cometeu inúmeros erros ou decisões controversas durante o ano.
O tumulto sobre a saída de Mourinho, ídolo do clube que estava em sua segunda passagem no comando técnico, e novamente um problema contratual com uma grande estrela do time, o caso da vez é Terry, faz com que o Chelsea, de maneira boa ou ruim, possa se desvencilhar das amarras do passado para poder traçar uma meta, com planos, objetivos e filosofias melhor estruturadas.
O elenco dos Blues possui grandes nomes, mas nenhum chegou ao patamar de lenda e ídolo de alguns jogadores do passado recente. O problema de vestiário foi grande, e a falta de líderes dentro do clube que fossem afeiçoados à instituição pesou de maneira negativa. Aliado a isso, nos últimos meses, percebemos que alguns jogadores já não fazem tanta questão de estar no clube, como Hazard e Courtois.
O momento é o melhor para promover mudanças que coloquem o Chelsea de volta ao topo que ele merece. A saída de jogadores importantes do clube, mas que não possuem o comprometimento necessário parece iminente, uma vez que os Blues não estarão em competições europeias no próximo ano, ao que tudo indica. Então, já que o clube, devido à saída desses jogadores, quase que obrigatoriamente passará por mudanças para a próxima temporada, que elas sejam feitas de maneira consciente.
A saída desses jogadores não será o fim do mundo. Aguentamos as saídas de lendas como Lampard, Cech, Drogba, podemos aguentar a saída de jogadores ao qual não somos tão afeiçoados. Fica o recado pra diretoria, já que a mesma que se desvencilha fácil dos ídolos do clube não tem porquê insistir em jogadores que claramente não fazem questão de jogar pela instituição.
A permanência de alguns jogadores para esse momento de transição é crucial, Azpilicueta, Fàbregas, Willian e Diego Costa seriam bons nomes para “segurar a bronca” para os mais novos e os possíveis recém-contratados. Loftus-Cheek, Kenedy, Traore, Zouma, cada um dentro das chances que tiveram, demonstraram que são muito capacitados para ocupar uma vaga nesse time. Alguns dos emprestados, como Nathan Ake, Bamford, Christensen, Pasalic, dentre outros, estão fazendo bons jogos pelos times em que estão jogando, e poderiam agregar valor para a próxima temporada.
Como parece certa a chegada de Conte para o comando técnico, e ele já demonstrou preferencia por jogadores que já conhece, que traga atletas menos mimados e que joguem no seu limite, independentemente de situações externas. Especula-se Pogba, Nainggolan, Pjanic, Vidal, dentre outros jogadores que trariam talento ao clube. Entretanto eles teriam que se adaptar ao futebol inglês, ou readaptar no caso de Pogba. Especula-se também jogadores da Premier League como Kante, Mahrez, Payet, Vardy, Lukaku dentre alguns outros, porém a supervalorização deles faz com que os negócios sejam muito onerosos para o Chelsea.
Por falar em Lukaku, o belga é um jogador que hoje custa cerca de 50 milhões de libras e saiu do Chelsea pelo valor de 28. Existem poucos negócios piores que esse exemplo. Como se não fosse bastante, o Chelsea corre o risco de perder novamente jovens talentos a baixo custo justamente por não aproveitá-los devidamente. Só não vale contratá-los depois pelo dobro do preço, hein?
Portanto a diretoria, principalmente representada na figura do diretor técnico Michael Emenalo, precisa admitir o mau planejamento da temporada 2015/2016, compreender os erros, e não os cometer novamente. Fica a torcida para a vinda de noticias que evidenciem uma boa montagem de elenco para a próxima temporada.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.