Depois do polêmico empate da última partida, contra o Swansea City, grande parte da torcida e jogadores, em especial o zagueiro, Gary Cahill, reclamaram do lance que gerou o segundo gol do adversário, marcado por Leroy Fer, alegando que seria uma falta, infelizmente, não marcada. O dono da camisa 24 estava visivelmente irritado quando deu uma entrevista, no pós-jogo, para a BBC Sport.
Nas palavras do defensor inglês:
“Falta clara, vamos lá, sério.”
“Isso estava claro como o dia e vendo isso novamente me deixou mais nervoso.”
“Eu disse ao árbitro, há três de vocês que podem ver isso.”
“Aconteceram duas faltas em mim e entre os oficiais, eles disseram que não conseguiram ver isso. Para mim, isso é incrível.”
“Eu toquei para longe dele, ele veio pelas minhas costas.”
“É tudo diversão e jogo para os fãs – mas são os jogadores que sofrem. Isso me mata e mata o meu time. Nós deixamos dois pontos que são importantíssimos nesta liga.”
Quem ama e acompanha o futebol, definitivamente, odeia ver este tipo de injustiça acontecendo. Em linhas gerais, a arbitragem melhorou bastante de uns tempos para cá, porém, erros como este não podem, de maneira alguma, serem vistos como algo “normal”. Observando a qualidade que o Chelsea vem apresentando, não há motivos para grande preocupação, pelo contrário, além de estar jogando muito bem, com organização e raça, a equipe está unida, basta assistir as entrevistas dos jogadores, a diferença do grupo do ano passado, para este, é enorme.

Perder pontos por erros da arbitragem é algo revoltante, o que se multiplica, por se tratar de um jogo da Premier League, em que cada ponto perdido pode fazer uma diferença gigante, ainda mais que em outras competições, menos disputadas. O lado bom de pensar sobre as últimas partidas é a mudança na mentalidade dos jogadores, que o técnico, Antonio Conte, conseguiu fazer. O italiano conseguiu implementar um sistema de jogo muito interessante e qualificado, mas, o mais importante é seu espírito e amor ao futebol, que demonstra à beira do campo, em entrevistas e treinamentos, estes são elementos que contagiaram os jogadores. Podemos analisar isso na fala agitada de Cahill, que mostra a preocupação com o desempenho do seu time, como um todo, e não falando apenas de como o jogador adversário, Fer, cometeu a falta e isso o prejudicou. A individualidade parece ter acabado quando se trata do time de Stamford Bridge.
O conceito da união dentro do elenco é algo essencial e que faltou na última temporada. É incrível ver como o manto azul está sendo respeitado pelos jogadores. Não há mais, dentro do campo, um “show de horrores”, com jogadas individuais que não levaram a nada, muitas vezes, feitas porque não existia entrosamento. Hoje, o time inteiro está demonstrando um espírito de equipe que, me desculpem, mas, somado a qualidade dos jogadores disponíveis e à paixão de Conte por tudo que o futebol representa, forma um time muito superior e sólido do que outros elencos, que vem recebendo mais atenção, por possuírem mais “estrelas”.
O maior de Londres está jogando com vontade e amor à camisa, coisas que são os alicerces para o “verdadeiro futebol”, ou, futebol de raiz. É esperado que este erro cometido pela arbitragem, seja encarado pelos Blues como uma motivação a mais, para continuar fazendo bonito dentro das quatro linhas, driblando as injustiças e, quem sabe, levantando o troféu no final da temporada.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.