Com o mercado de transferências começando a pegar fogo, o Chelsea até agora contratou apenas dois atletas para o elenco: o atacante Falcao Garcia, por empréstimo do Monaco, e o goleiro Asmir Begovic, contratado junto ao Stoke City. Muito pouco para um time que almeja voos maiores dentro do futebol europeu, especialmente considerando que o clube buscará conquistar novamente a UEFA Champions League. Vale lembrar que os contratados vieram apenas para cobrir as saídas de Didier Drogba e Petr Cech, respectivamente.
Para se ter uma ideia, nesse mesmo período do ano passado o Chelsea já havia anunciado as contratações de Diego Costa e de Cesc Fàbregas, os grandes nomes do time ao longo da temporada, junto com o belga Eden Hazard.
Com certeza dinheiro não é o problema, pois, além de ter feito caixa com algumas vendas, o time recebeu uma bolada significativa com o título inglês (algo em torno de £99 milhões). Ou seja, o time apenas precisa ter um pouco mais de ambição para ir ao mercado e buscar as peças necessárias para qualificar o elenco.
É verdade que não é necessário contratar muito, como foi em outros anos, mas é imprescindível a chegada de alguns atletas, principalmente de um zagueiro, um volante e um meia. O próprio José Mourinho admitiu em entrevista que o seu objetivo era manter o atual elenco e contratar algumas peças para compor.
Diante disso, quando vemos que os nossos principais rivais estão se reforçando (e muito bem, por sinal), ficamos preocupados com essa “letargia” do clube no mercado.
Ver o Manchester United anunciar reforços de peso como Memphis Depay, Matteo Darmian, Morgan Schneiderlin e, principalmente, Bastian Schweinsteiger nos deixa um pouco intimidados. É verdade que o United teve baixas importantes como o atacante Robin van Persie, por exemplo, mas, com essas contratações, os Red Devils sobem para outro patamar e com certeza irão brigar para levar a taça da Premier League de volta para Old Trafford.
Além do United, outro rival que se reforçou muito foi o Liverpool. O clube não trouxe nenhum nome com o peso daqueles trazidos por seu rival de Manchester, mas fez boas compras até agora. Roberto Firmino, Nathaniel Clyne e James Milner são peças que podem melhorar o time da cidade dos Beatles. Importante ressaltar que o clube sofreu as saídas importantes de Steven Gerrard e Raheem Sterling, dois ótimos nomes do time na temporada passada.
Arsenal e Manchester City foram mais tímidos e compraram pouco até agora. Nosso rival de Londres anunciou “apenas” a contratação do goleiro Petr Cech, nada mais nada menos que o maior goleiro da história do Chelsea. Tendo problema constante no gol desde a saída de Jens Lehmann em 2008, o Arsenal acertou em cheio com a compra do goleiro tcheco.
Já os Citizens trouxeram Enes Ünal, jovem revelação turca que deverá integrar o elenco da base do clube, e Raheem Sterling, ex-atacante do Liverpool. Além do já citado Milner, o City pode perder alguns atletas, como Edin Dzeko, mas nada que altere substancialmente o time titular.
Confira também tudo sobre as mais recentes especulações dos Blues
Diante desse cenário, o panorama para o Chelsea na próxima temporada parece ser muito desafiador, pois o clube sabe que para ganhar novamente a Premier League terá que superar adversários ainda mais difíceis em relação a temporada anterior.
Caso o time não contrate mais nenhum atleta para o elenco, o que dificilmente acontecerá, apesar da demora, minhas expectativas não são muito animadoras para a longa temporada que se encaminha. Com o atual elenco, acredito na possibilidade de manutenção do Campeonato Inglês e das Copas Nacionais. Para a Champions League antevejo maiores dificuldades.
É possível que Mourinho possa integrar ao elenco alguns jovens jogadores que há algum tempo vêm se destacando nas competições de base e em empréstimos, como Tomas Kalas, Ruben Loftus-Cheek e Dominic Solanke. É importante dar espaço para a garotada junto ao time principal, pois valoriza ainda mais um trabalho bem feito há anos. Não obstante, somente isso não será suficiente para termos um temporada recheada com títulos.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.