da classificação do PSGValendo uma vaga nas quartas de finais da UEFA Champions League, Chelsea e Paris Saint-Germain se enfrentaram hoje em Stamford Bridge, após o empate por 1×1 no Parc des Princes no primeiro confronto. Em um jogo disputado, as equipes repetiram o placar da partida de ida, levando assim o jogo para a prorrogação. No tempo extra, o 2×2 deu a vaga ao PSG, que com o resultado, despachou o comandado de José Mourinho da disputa pelo título da Liga dos Campeões desse ano, e deu fim ao sonho do bicampeonato europeu para os Blues ainda nessa temporada.
O empate sem gols dava a classificação ao time da casa. Por tal, o Chelsea buscou, de início, um futebol mais técnico, valorizando a posse de bola e o toque fácil, usando das jogadas individuais de Hazard para tentar abrir a defesa do PSG. No lance mais polêmico do jogo, Ibrahimovic protagonizou forte divida com Oscar, o que rendeu ao sueco um discutível cartão vermelho, direto. Com um a menos, o time de Paris ficou desestabilizado, mas o placar se manteve inalterado até o fim dos 45 minutos iniciais. Ao intervalo, Chelsea zero, PSG também zero.
O segundo tempo foi melhor para os visitantes. Mesmo com um a menos, o PSG se reorganizou e partiu para o ataque, já que o empate sem gols eliminava o time parisiense da Champions League. O comandado de Laurent Blanc quase chegou ao primeiro tento com Cavani, que driblou Courtois e, sem goleiro, acabou chutando na trave. Após o bom lance, a equipe francesa manteve o bom momento e voltou a incomodar a meta do goleiro blue por algumas vezes, contando ainda com certas falhas do sistema defensivo do Chelsea, que deixou Matuidi por vezes sozinho pelo setor esquerdo do ataque. Mas, mesmo sob pressão, foram os anfitriões que abriram o placar no Stamford Bridge. Em um bate-rebate, a bola sobrou para Cahill estufar o pé dentro da área e fazer 1×0 para os Blues. A resposta do PSG foi imediata, que foi com tudo para cima e chegou ao empate em bela cabeçada de David Luiz, apenas cinco minutos após o gol do Chelsea. Com o 1 a 1, o jogo seguiu para a prorrogação, e neste ponto, apenas a vitória interessava, e tomar um gol não era uma opção.
A prorrogação mal começou e já nos primeiros minutos um pênalti a favor dos Blues foi marcado, após Thiago Silva colocar a mão na bola dentro da área. Hazard cobrou e converteu, fazendo 2×1 para os mandantes. Já na segunda etapa extra, o Paris empatou novamente, em mais um escanteio e em outra cabeçada brasileira, com o zagueiro Thiago se redimindo pelo pênalti. O 2×2 era dava a classificação aos visitantes, e ao apito final, foi exatamente o que aconteceu. Em pleno Stamford Bridge, o comandado de Mourinho dá adeus a UEFA Champions League dessa temporada, enquanto o Paris Saint-Germain avança para a próxima fase da competição.
O jogo foi disputado, e o time jogou bem até certo ponto. O problema do Chelsea, ao meu ver, se encontrou na postura adotada pela equipe, quando tínhamos um jogador a mais e o placar ao nosso favor. Com 1 a 0 no marcador, e faltando menos de dez minutos para o fim da partida, valorizar a posse de bola é um fundamento básico. Mourinho agiu corretamente colocando mais um zagueiro em campo, embora tenha, na minha opinião, errado na forma em que conduziu o time a partir dai. A postura da equipe não foi de toda defensiva e muito menos de valorizar a posse, e sem um padrão definido, os donos da casa se deixaram envolver na pressão imposta pelo ataque objetivo do Paris, que desde o primeiro tempo jogava com um homem a menos. O mesmo erro se repetiu no segundo tempo da prorrogação, quando o 2×1 nos classificaria, mas novamente os Blues não souberam trabalhar a vantagem que tinham. Quando alcançou o empate, o PSG segurou a bola, enrolou o jogo, valorizou a posse, fez ‘cera’, trabalhou o toque, chamou a falta, tudo que o Chelsea falhou em fazer quando estava com a classificação nas mãos. Tínhamos a vaga, e mesmo que os gols tenham saído de bolas paradas, é importante ressaltar que o PSG esteve, de fato, melhor em campo a partir do segundo tempo, mesmo em desvantagem numérica e com jogando contra o relógio.
Também, deve-se ressaltar a arbitragem medíocre dessa partida, com falhas para ambos os lados. O ex blue David Luiz deveria ter sido expulso por uma cotovelada intencional no rosto de Diego Costa, em um lance sem a bola. O próprio Diego também poderia ter sido expulso com vermelho direto, em carrinho criminoso em Thiago Silva. Ainda houve um pênalti não marcado no hispano-brasileiro, e outras diversas falhas escandalosas da arbitragem no jogo de hoje, incluindo a polêmica e discutível expulsão de Ibrahimovic. Porém, é preciso dizer que não foram as falhas da arbitragem que nos custaram a vaga hoje, mas sim falhas na mentalidade e na postura do time, que agiu erroneamente quando tinha a vaga nas mãos. Deixamos o sonho do título europeu escapar por entre os nossos dedos mais uma vez, e devemos culpar apenas a nós mesmos por isso.
Agora, o foco é exclusivamente a Premier League. Melancolicamente, os Blues se despedem da maior competição de futebol da Europa, ficando, novamente, apenas no ‘quase’. Uma boa partida do time, mas uma postura amadora de toda a equipe. O Chelsea, mais uma vez, paga pelos seus erros. E nós ficamos na expectativa, esperando que o time de Stamford Bridge tenha, finalmente, aprendido sua lição, para que não deixemos também o título inglês escapar de nossas mãos.
#GoBlues
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
