Nesse domingo, o Chelsea recebeu em Stamford Bridge a modesta equipe do Norwich City, em jogo válido pela penúltima rodada da Barclays Premier League desse ano. Ambas as equipes ficaram no empate sem gols, o que não veio a ser um bom resultado para nenhum dos dois times. Pelo lado dos Blues, as chances de serem campeões ingleses – que já eram pequenas – agora são quase inexistentes. Já o Norwich praticamente selou sua queda para a Championship, tendo apenas uma mínima possibilidade matemática de permanecer na primeira divisão do futebol inglês.
O primeiro tempo foi pouco movimentado e sem grandes emoções. O Chelsea, que tinha favoritismo quase unânime para esse confronto, ameaçou pouquíssimas vezes a meta adversária, salvo alguns lances isolados onde conseguiu levar perigo ao goleiro Rudy. No geral, os Blues foram ineficazes no ataque, e com cada vez menos tempo restante no marcador, a vida da equipe londrina começava a se complicar.
O comandado de José Mourinho voltou do intervalo muito mais incisivo. As entradas de David Luiz e Eden Hazard surtiram efeito quase que imediato, dado que o Chelsea passou a ter o controle do jogo. O camisa 17 blue incomodou a defesa adversária com boas jogadas individuais, e a equipe como um todo se portou de forma muito mais ofensiva. Porém, a visível melhora dos anfitriões ainda não foi suficiente, e mesmo criando boas chances, o jogo não saiu do zero a zero. Com o final da partida, também se acaba o sonho de levantar uma taça ainda nessa temporada, pois agora a probabilidade de sermos campeões é praticamente nula.
Vimos hoje mais um exemplo da falta de entrosamento do Chelsea. Foram vários passes errados, em que o lançamento era feito onde não havia ninguém para recebê-lo. Por vezes, nossos jogadores corriam livres de marcação esperando receber o passe, mas quem estava com a bola nos pés não tinha a visão do companheiro em boa posição para o toque. Fatores como esses levaram os Blues a recorrerem quase que exclusivamente a chutes de fora da área, pois não conseguiam furar a defesa adversária com o toque de bola, ou a jogadas individuais, quase todas lideradas por Hazard. Verdade seja dita, não jogamos bem, mas também não tivemos uma performance de todo ruim. Foram duas bolas na trave e algumas finalizações perigosas, que exigiram boas defesas do goleiro Rudy. Mesmo assim, não foi a melhor das partidas. O Chelsea pode e precisa ser mais insinuante, pois o ‘tropeço’ de hoje praticamente nos fez dizer adeus ao título da Premier League desse ano.
Não há muito mais a fazer. Só nos resta um jogo antes do fim da temporada, que efetivamente, será apenas para cumprir calendário. Perdendo ou ganhando, a situação do Chelsea não muda. Estamos entre os 4 melhores times da Inglaterra – o que nos garante uma vaga na próxima edição da UEFA Champions League – e entre os 4 melhores da Europa. A temporada dos Blues foi oscilante, e mesmo que muitas esperanças tenham sido criadas ao longo desse ano futebolístico, José Mourinho já havia dito previamente que não conquistaria nada em seu primeiro ano de mandato, pois o time tinha uma filosofia ainda a ser formada. Hoje não foi a primeira vez que vimos os azuis de Londres falharem diante de times da parte de baixo da tabela, e talvez isso se repita contra o Cardiff semana que vem. Esse foi o maior problema do Chelsea durante todo o campeonato, e deve ser corrigido para não passarmos por situações semelhantes no futuro. O time está encorpando, e a próxima temporada promete bons frutos ao time de Stamford Bridge. Só nos resta continuar fazendo o que fazemos melhor: torcer.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.