Depois de um início de temporada complicado, finalmente o Chelsea venceu a primeira na Barclays Premier League e deixou de lado uma possível crise.
Como vem sendo amplamente falado, alguns jogadores ainda não desempenharam o seu melhor futebol na atual edição do Campeonato Inglês. Dentre esses, podemos citar alguns nomes como John Terry, Branislav Ivanovic, Gary Cahill e Nemanja Matic.
O curioso dessas críticas é que todos os nomes citados compõem o sistema defensivo do time. Não à toa, o time já levou sete gols em três rodadas disputadas até agora no campeonato. Média alta para um time como o Chelsea, que sempre teve a fama de “retrancado” e tendo José Mourinho como técnico, cuja fama não foge do tema. Para se ter uma ideia, em 2014-2015, os Blues tiveram a melhor defesa da Premier League, com média de 0,84 gols sofridos por jogo. Até agora, a média supera os 2 gols por jogo.
Por outro lado, se a grande maioria dos jogadores da defesa dos Blues está em má fase e vem sofrendo diversas reclamações, um jogador merece destaque diante desse cenário de “terra arrasada”. Esse jogador chama-se César Azpilicueta.
O espanhol chegou a Stamford Bridge no dia 24 de agosto de 2012, assinando um contrato de cinco anos. O Chelsea pagou 7 milhões de libras ao Olympique de Marseille, time onde Azpilicueta se destacou por sua solidez defensiva. Sua contratação foi um pedido do então técnico Roberto Di Matteo, já que o mesmo perdera José Bosingwa para a posição.
Lateral-direito de origem, Azpi (como é carinhosamente chamado) teve uma primeira temporada irregular, como era de se esperar devido à mudança de estilo e de competitividade do futebol francês para o inglês.
Com o retorno de José Mourinho ao comando técnico em 2013, Azpi viu sua carreira mudar. Após a lesão de Ashley Cole durante a temporada 2013-2014, Mourinho foi obrigado a improvisar um jogador para a posição, pois Cole não tinha um substituto direto e seu futebol já sofria forte decadência. O português escolheu o espanhol, à época reserva de Ivanovic na lateral-direita.
O improviso deu certo. Aliás, funcionou perfeitamente. Prova é que mesmo após a recuperação de Cole, Mourinho continuou usando o espanhol na lateral-esquerda. Ao final daquela temporada, Cole não teve seu contrato renovado, e saiu do time após oito temporadas defendendo os Blues.
Mesmo com a chegada de Filipe Luís, que havia sido uma das principais peças de um vitorioso Atlético de Madrid, Mourinho manteve Azpi como seu titular e foi recompensado: o basco foi uma das peças mais sólidas da campanha vitoriosa do titulo inglês e da Copa da Liga na temporada passada. Se não é aquele lateral que busca o jogo, que faz grandes jogadas ofensivas pelos flancos do campo, é extremamente seguro defensivamente e sempre que pode, apoia com responsabilidade no ataque.
Na primeira vitória do time no atual campeonato, fez seu segundo gol com a camisa azul (o primeiro na Premier League), tento que foi decisivo ao final da partida.
Com a chegada de Baba Rahman e o fraco início de temporada de Ivanovic na ala direita, muitos acreditam que Mourinho devolverá Azpi a sua posição de origem. Mas sendo na ala esquerda ou na direita, só existe uma certeza: hoje o lateral é certeza entre os onze titulares do Chelsea.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil
