A vitória contra o Hull City na rodada do último sábado (1) pela Premier League serviu para aliviar a pressão no Chelsea após a derrota no derby contra o Arsenal e as inúmeras falhas defensivas do elenco. Três pontos importantes, mas o desempenho dos titulares demonstra que a vida de Antonio Conte não será fácil em Stamford Bridge tendo em vista o seguinte: o problema dos Blues não é tático e sim técnico.
Conte utilizou um novo esquema tático apostando em uma zaga com três defensores. A escalação ofensiva gerou pressão no Hull, entretanto os Blues não conseguiram transformar agressividade tática em eficiência/chutes/gols na primeira etapa. A bola somente balançou na etapa final com novamente Diego Costa sendo o responsável por desequilibrar ao nosso favor.
Mesmo com a variação tática, entrada de alguns nomes entre os 11 titulares e mexidas ao longo da partida o Chelsea não consegue ser uma equipe agressiva. A equipe de Conte tem dificuldades para chegar ao gol adversário, mesmo com mais posse de bola e qualidade (como no jogo contra o Hull e adversários considerados mais fracos). Falta um meia de criação, aquele cuja capacidade de desequilibrar uma partida hoje não temos.
Temos Diego Costa “comendo bola”, marcando gols e servindo os companheiros com assistências precisas, porém é pouco. Uma equipe vencedora como o Chelsea precisa de opções, boas opções. Eden Hazard, Cesc Fabregas, Nemanja Matic são jogadores renomados e titulares apenas pelo nome que carregam nas costas. A quanto tempo não os vemos em boas atuações?
É mais do que notório a carência de reforços, porém conhecendo a diretoria do Chelsea os anseios de Conte por apoio – afinal ele trabalha com o que tem em mãos – pode se resumir a chances praticamente zero de contratações capacitadas para transformar o cenário em Stamford Bridge. E sendo o problema técnico, de nada adianta optar por 3-5-2, 4-3-3 trabalhando com as mesmas peças.
As palavras neste texto condizem coma opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.