Diante de uma temporada 2015/16 muito aquém das expectativas, o Chelsea apenas cumpre tabela nos oito restantes jogos finais pela Premier League, apesar de uma remota chance de conquistar uma vaga para a Europa League. De qualquer maneira, o que resta aos Blues daqui pra frente é planejar 2016/17 com mais definições do que as incertezas que rondaram sobre o clube londrino até o momento.
Nenhuma equipe chega ao ápice sem organização. E é exatamente essa falta de organização, tanto dentro como fora de campo, que precisa ser resolvida com urgência. A principal questão a ser concluída é o mistério sobre o novo treinador. Se Antonio Conte for mesmo o escolhido pela diretoria, o italiano deve conhecer o elenco o quanto antes para avaliá-lo quem merece ficar ou não. Se notar carências na equipe, Conte já deve comunicar a diretoria o mais breve possível. Mais ou menos como Mourinho fez em seu segundo ano na segunda passagem pelos Blues, quando foi atrás de um atacante (Diego Costa), um volante/meia (Fàbregas) e um volante (Matic) – os pilares do Chelsea na campanha vitoriosa de 2014/15.
Além do treinador, o clube precisa se revolver dentro de campo, a começar pelo setor ofensivo. O Chelsea quis tanto contar com Stones, do Everton, que após inúmeras recusas acabou perdendo muito tempo, fato que contribuiu para o início desastroso na Premier League. Afinal, John Terry terá seu contrato renovado ou não? Zouma está pronto para assumir a titularidade? Miazga veio a turismo ou vai jogar? Vamos passar mais uma temporada com Cahill?
Se o setor defensivo já é uma enorme bagunça, as laterais da equipe nem se fala. De uma vez por todas: Azpilicueta vai jogar, enfim, na lateral-direita ou vai se consolidar na esquerda? Ivanovic é lateral ou zagueiro? O que fazer com Baba Rahman? E Kenedy: meia ou lateral?
No meio-campo, mais questões a serem respondidas: Mikel merece continuar no clube? Esse momento ruim de Matic vai passar ou é melhor já buscar alternativas no mercado? Fàbregas como segundo volante ou adiantado? E sobre Eden Hazard: fica ou adeus? E sobre Alexandre Pato, o que vai ser? Quando vamos nos livrar de Rémy? Vale a pena continuar apostando em Bertrand Traoré?
Todas as dúvidas acima necessitam ser respondidas caso o Chelsea queira uma temporada, senão vitoriosa, ao menos mais organizada. Com todas essas incertezas já esclarecidas, o clube pode recuperar o protagonismo que inexistiu em 2015/16.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.