Andreas Christensen

O martírio de Andreas Christensen

Andreas Bødtker Christensen é um dos raros jogadores que vieram das divisões inferiores do próprio Chelsea.  Filho do ex-goleiro da equipe do Bröndby IF, equipe que disputa o campeonato da primeira divisão dinamarquesa,

Ida ao Chelsea

Primeiro de tudo que Christensen chegou no Chelsea no dia 7 de Fevereiro de 2012, sem custos, devido ao contrato pela equipe do Bröndby IF, ter encerrado.  Christensen chegou quando o técnico (ainda) era André Villas-Boas.  Em sua chegada, ele disse o seguinte:

“Eu escolhi o Chelsea porque eles jogam o tipo de futebol que eu gosto”.

Como resultado, devido a sua pouca idade, ficou disputando as ligas inferiores.  Porém, no dia 19 de Maio de 2013, foi chamado para compor o banco de reservas da Premier League, na partida contra o Everton.  O técnico era Rafael Benitez, e o Chelsea entrou com a seguinte equipe:

  • Petr Cech;
    Ashley Cole, Gary Cahill, David Luiz e Branislav Ivanovic;
    Frank Lampard e Nathan Aké;
    Fernando Torres, Juan Mata (Cesar Azpilicueta) e Oscar (Paulo Ferreira);
    Demba Ba (Victor Mses);
    Substitutos não utilizados: Ross Turnbull; Yossi Benayoun, Marko Marin e Andreas Christensen;

Em contrates na temporada 2013/2014, foi incluído na turnê da pré-temporada que o Chelsea fez nos Estados Unidos. Porém, para ser incluído Christensen precisou assinar um novo contrato, com os seguintes valorse:

  • £35,000 por semana;
  • Contrato válido até 30 de Junho de 2.020 (6 anos);

Mais digno de nota que, mesmo com um contrato válido, José Mourinho (que foi treinador do Chelsea durante toda a temporada de 2013/2014), não o utilizou nenhuma vez em qualquer campeonato;

Temporada 2014/2015

José Mourinho continuava sendo o técnico do Chelsea e Christensen jogava de forma incrível nas divisões inferiores. Nesta época, Christensen tinha apenas 19 anos, mas possuía 1,88 metros de altura. (David Luiz tem 1.89, Gary Cahill tem 1.93 e Rüdiger 1.90).

Mesmo com vários zagueiros na equipe principal (Ivanovic, Cahil, Zouma, Terry, Tomas Kalas, Nathan Aké e Keneth Omeruo), Andreas Christensen foi inscrito com a camisa de número 31.  E, com ela participou dos seguintes jogos:

  • Pela Premier League
    • Ficou no banco na derrota por 3×0 para o West Bromich Albion e no empate por 1×1 contra o Manchester City;
    • Entrou no decorrer da partida, na vitória contra o Sunderland por 3×1, entrando no lugar de John Obi Mikel;
  • Pela EFL Cup:
    • Ficou no banco na vitória por 2×1 contra o Bolton;
    • Foi titular na vitória por 2×1 contra o Shrewsbury, atuando como lateral direito defensivo;
  • Pela FA Cup:
    • Foi titular, na derrota por 4×2 frente ao Bradford, jogando, novamente, como lateral direito defensivo;

Temporada 2015/2016

Da mesma forma, para ser melhor aproveitado, Andreas Christensen foi empretado (sem custos) para o Borussia Mönchengladbach. E o garoto de apenas 20 anos, desencantou.  No duro campeonato alemão, Christensen realizou partidas memoráveis, tanto que assumiu a titularidade e não largou mais, atuando, quase sempre, como zagueiro-central.

Finalmente jogando, em sua primeira temporada, Christensen foi eleito o melhor jogador da equipe.  Nela, jogavam Ghanit Xhaka (que era o capitão), além de Thorzan Hazard (irmão de Eden Hazard).

Com o sucesso inesperado, o Burussia Mochengladbach fez diversas propostas para o Chelsea.  Em sua última tentativa, ofereceu mais de £15 milhões, o que foi rejeitado pelo Chelsea, informando que Christensen não seria vendido por valor algum.  De qualquer forma, para evitar que Christensen voltasse ao Chelsea, e amargasse o banco de reservas, seu contrato com a equipe alemã foi extendido por mais um ano.

Retorno ao Chelsea

Parece que a temporada 2016/2017 de Christensen, no Borussia Mochengladbach foi melhor ainda que sua temporada de estreia.  O Borussia chegou a oferecer £25 milhões ao Chelsea, porém, a mesma foi rejeitada. Com um novo técnico (Antonio Conte) e 10 jogadores na posição (David Luiz, Antonio Rudiger, Gary Cahill, Kourt Zouma, Thomas Kalas, Michael Hector, Fikayio Tomori, Jake Clarke-Salter, Trevoh Chalobah e Ethan Ampadu), Christensen retornou ao Chelsea com ares de titular.

Mesmo com muita concorrência, Christensen na temporada 2017/2018 fez 40 aparições.  Dono de uma segurança incrível; foi quando o Chelsea foi, praticamente, forçado, a renovar seu contrato.

Consequentemente o Chelsea, então, ofereceu £65,000 por semana com validade até Junho de 2022, o que foi aceito prontamente, já que seu salário semanal, foi quase duplicado.

A titularidade indiscutível

No dia 31 de Outubro de 2017, o Chelsea iria disputar a 4a. partida da fase de grupos da Champions League, contra a equipe da Roma.  A zaga do Chelsea foi formada por: Rudiger, David Luiz e Gary Cahill.

E, dos três gols da Roma, todos eles foram devido a falha da zaga: posicionamento, desatenção, marcação, enfim, três gols por erro do próprio Chelsea.  Veja os melhores momentos do jogo abaixo:

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O “racha” no elenco

O próximo compromisso do Chelsea, seria contra o Manchester United. A partida seria no dia 5 de Novembro, em Stamford Bridge.  Pouco antes do jogo, surgiu a balbúrdia de que Antonio Conte e David Luiz discutiram no vestiário, principalmente devido a tática realizada pelo técnico no jogo contra a Roma.

A questão foi tão polêmica, que valeu um artigo de nosso colunista Túlio Henrique, tentando saber o que acontecia nos vestiários do Chelsea.

A questão é que, no jogo contra o Manchester (vitória por 1×0), o Chelsea jogou com Christensen no lugar de David Luiz.  E, para confirmar quem estava correto, Christensen fez uma partida irretocável, incrível.  Praticamente anulou todos os jogadores de ataque do Manchester United: Rashford, Lukaku, Lingaard e Martial.  Até José Mourinho fez comentários positivos pelo seu ex-jogador.  Se você não lembra, veja os momentos de Christensen no jogo:

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Isto significava que a “vida” de Christensen no Chelsea, estava indo de vento em popa, com a sua titularidade indiscutível.

O jogo contra o Barcelona

A data é 20 de fevereiro de 2.018.  Oitavas de final da Champions League.  Como o Chelsea se classificou em segundo lugar no seu grupo, e, devido as regras do time não cruzar com nenhuma equipe do seu país, além de também não jogar com a equipe do seu próprio grupo, o Chelsea limitou-se a poucas opções: Beşiktaş, Barcelona e Paris Saint Germain.

Durante o primeiro tempo, com duas bolas na trave de Willian, o Chelsea poderia estar vencendo de forma fácil.  Aos 17 da segunda etapa, gol do Chelsea. Willian.

Quem é do Chelsea sabe que, mesmo com uma vitória magra, é difícil vencer-nos nos mata-mata, quando temos a vantagem.

Christensen fazia uma partida excelente, anulando não apenas os atacantes do Barcelona, mas mantendo o tabu de Messi jamais ter feito um gol no Chelsea, matéria esta do dia 16 de dezembro de 2.017.

Porém, aos 30 minutos da segunda etapa, com o Chelsea vencendo por 1×0, Christensen domina a bola, do lado esquerdo do campo, e, ao invés de isolá-la, atrasa de forma bisonha no meio da área para Fàbregas, que não consegue dominá-la.  Inista rouba a bola, passa por Moses, toca para Messi que faz o gol de empate.

O gol, não apenas acabou com as chances do Chelsea, mas o Chelsea sabia que não teria como vencer a equipe do Barcelona em Camp Nou.  Um erro praticamente imperdoável.  Veja os melhores momentos do jogo:

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Situação atual

A zaga titular do Chelsea, é composta por Davi Luiz (que renasceu das cinzas, e faz um ótimo campeonato), juntamente com Antonio Rudiger, que também faz um campeonato seguro.  Como substitutos, o Chelsea conta com: Gary Cahill (que poderá sair em Janeiro), o jovem Ethan Ampadu (que possui o aval de Sarri.

Nesta temporada (2018-2019), Christensen disputou apenas 9 partidas. Possui a titularidade na Europa League e na EFL Cup. Na Premier League, apenas uma única aparição, contra o Wolverhampton (na derrota por 2×0).

O problema é que, se Sarri não contratar nenhum jogador para a zaga, seus substitutos serão: e Andreas Christensen (atualmente com 22 anos) e Etham Ampadu (que possui apenas 18 anos),

#GoBlues

As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

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Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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