Enfrentar o Atlético de Madrid é um grande desafio para todos os clubes europeus. Os Colchoneros são famosos por incorporar uma mentalidade aguerrida dentro e fora de campo, algo semelhante aos cenários na América do Sul. Guardadas as devidas proporções, é como se jogar em Madrid fosse a experiência mais próxima de um jogo da Copa Libertadores no velho continente.
Para potencializar o cenário, o encontro entre Chelsea e Atlético marcava o primeiro jogo internacional do novo estádio dos espanhóis, o Wanda Metropolitano, com capacidade para mais de 60 mil espectadores. E ainda, tratava-se de um jogo decisivo pela UEFA Champions League, no qual tirar pontos do adversário seria fundamental à classificação. Sem falar no encontro de atletas que já viveram os dois lados: Filipe Luis, Fernando Torres e Courtois.

Todos os fatores eram contrários a Antonio Conte e seus comandados, mas quando a bola rolou, viu-se a melhor atuação do Chelsea com o atual elenco, abrilhantada por um fardamento muito bonito, diga-se de passagem. Os Blues comandaram todos os setores do campo, e certamente se sentiam em Stamford Bridge.
É estranho escrever que Gary Cahill fez partida muito segura. Mas é satisfatório ver Kanté e Bakayoko ditarem o ritmo de jogo durante 90 minutos, sem para um instante. E para completar, Morata curou – mais uma vez – qualquer resquício de saudade que alguém possa ter de Diego Costa.

Que fique claro, o desafio ainda não acabou. Três dias depois de vencer o Atleti, o Chelsea recebe o Manchester City pela Premier League, e precisa vencer para frear a boa fase dos Citizens. Neste momento, a força do elenco de Conte entrará em campo, seja no nome de Willian, Pedro ou até mesmo Michy Batshuayi, um talismã guardado para os momentos decisivos.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.