O retorno vai ser mais difícil do que se imaginava. O Chelsea conheceu seus adversários na fase de grupos da Champions no sorteio da última quinta-feira (24), depois de uma temporada ausente da principal competição entre clubes da Europa. E encontrou a “nova” distribuição de potes da UEFA, que coloca os campeões da ligas melhores ranqueadas na primeira categoria. Um critério que deixa as quatro zonas com níveis bem equilibrados.
Dessa forma, a “sorte” colocou Atlético de Madrid, Roma e Qarabag no caminho dos Blues. Com exceção ao debutante clube do Azerbaijão, a tarefa será árdua para o campeão inglês. Não a ponto de tirar-lhe o favoritismo, mas é necessário ficar de olhos abertos.
Os espanhois vêm tendo presença constante nas semifinais do torneio, eliminaram os ingleses na edição 2013/2014 justamente nesta fase e chegaram em duas finais recentes . Sendo assim, já se consolidaram entre as principais forças do continente, logo após o trio Real Madrid, Bayern de Munique e Barcelona, ainda que pesem o orçamento inferior dos colchoneros e o péssimo momento atual dos catalães.
Já a equipe italiana, quando não é vice na liga nacional, acaba em terceiro lugar. Disputa de igual para igual com quaisquer concorrentes em seu país, atrás apenas do esquadrão quase imbatível na terra da bota, o da Juventus.
É tão estranho que parece que há dois times do segundo pote neste grupo. Ninguém, na prática, pertence ao 3. Para ser ainda mais incisivo, considero que somente o conjunto que reúne Real Madrid, Borussia Dortmund e Tottenham (além do pobre do Apoel) merece mais a alcunha de “grupo da morte”. Fora isso, dá para, no máximo, comparar a chave do Chelsea com a formada por Barcelona e Juventus, muito levando em conta, neste caso, a tradição do Sporting. O Olympiacos chega com boas chances de se igualar aos portugueses em campo.
Portanto, se quiser voltar a ser o rei da selva, o Leão de Stamford Bridge vai ter que mostrar as garras assim que a bola rolar. Sabendo que, em caso de tropeços, a brutalidade da lei de lá será cruel e, possivelmente, fatal.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea.