A carreira de Ricardo Izecson dos Santos Leite certamente causa inveja em boa parte dos grandes jogadores de futebol da atualidade. Eleito o melhor do mundo em 2007 e da Copa das Confederações de 2009, ambos pela FIFA, líder de assistências da Copa de 2010, figura constante nas seleções do ano da UEFA e da entidade máxima mundial, grande nome na conquista rossonera da Champions 2006/07… São vários os títulos individuais e coletivos da jornada profissional de Kaká.
Revelado pelo São Paulo e ídolo do clube tricolor, idolatrado do Milan, estrela no Real Madrid e impulsionador do Orlando City, ele foi destaque, no campo ou fora dele, por onde passou. Na Seleção Brasileira, disputou os Mundiais de 2002, 2006 e 2010, sendo novato, reserva e campeão no primeiro, integrante de um “quarteto mágico” no segundo e principal nome da equipe que tentou o hexa na África do Sul. É claro que não foi em todos esses casos que o camisa 8, 22 e 10 esteve acompanhado pelo sucesso, mas na maior parte, sim.
Qualquer um pensaria que não faltou coisa alguma na trajetória de Kaká. No entanto, de acordo com o próprio, teve, sim, algo pendente: jogar na Premier League. No programa “Altas Horas”, da Rede Globo, que foi ao ar no último sábado (3), veio do auditório a pergunta sobre qual outro clube europeu ele jogaria, e o ex-atleta respondeu prontamente: “Gostaria de jogar na Inglaterra”. O apresentador Serginho Groisman não pensou duas vezes antes de indagar: “Em qual time?” E o ex-meia-atacante disparou: “Chelsea!” Groisman logo lembrou o fato de ter brasileiros nos Blues, como Willian, e a cantora italiana Laura Pausini, aficionada pelo Milan e uma das personalidades presentes na ocasião, completou: “Chelsea é muito bom”!
O torcedor do leão londrino que é fã de Kaká provavelmente “falou em pensamento”: “Poxa! Por que isso não aconteceu um dia?” Fato é que o tempo passou e o “sonho final” do ex-são-paulino não se concretizou. Só nos resta imaginar como seria ter Kaká. Vale lembrar que a ida dele ao clube de Stamford Bridge chegou a ser especulada na época em que Carlo Ancelotti dirigia a equipe. Teria sido um pedido do próprio treinador que trabalhou e foi multicampeão com Kaká no Milan.
Será, por exemplo, que ele faria a diferença naquela final de Liga dos Campeões, em 2008, perdida para o Manchester United, nos pênaltis, estando ao lado de Ballack, Lampard e Drogba? Fica ao menos o agradecimento pela honrosa menção de Kaká e de Laura, que reforçou a ideia do craque. Muita gente deve ter imaginado que ele responderia: “United, Arsenal, Liverpool…” Porém, o Chelsea, ainda que muitos sigam torcendo o nariz, já obteve seu espaço na história mundial do futebol, a ponto de ser lembrado em primeiro lugar por grandes nomes do esporte. Só reluta em aceitar e/ou acreditar quem parou na história.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.