Tudo segue indefinido. E isso que é o importante para o Chelsea no confronto com o Barcelona, pelas oitavas da Champions. Obviamente que o sabor ficou amargo no final, com o empate deles vindo a partir de uma falha do bom e jovem Christensen. No entanto, para quem entrou num jogo em que o favoritismo era todo do outro lado, sair vivo da primeira parte desse embate tem de ser celebrado, sim. É dessa forma que deve ser entendido, pela galera de azul, o 1 a 1 desta quarta-feira (20) em Stamford Bridge. Quando falo em eles já terem entrado na condição de favoritos, não parto da ideia de que o time da Catalunha está voando ou é quase insuperável, e sim pela nossa irregularidade na temporada, além de terem Messi, que é um baita diferencial, e nadarem de braçada na La Liga.
Os 30 minutos iniciais foram de tortura para os anfitriões, embora os visitantes tenham apenas ciscado com a bola colada nos pés. Depois disso, melhoramos e até acertamos a trave, duas vezes, com Willian. Quanta infelicidade! Tão grande quanto a do zagueiro dinamarquês no tento do adversário, lá nos instantes derradeiros da partida.
No segundo tempo, jogamos e deixamos jogar. Abandonamos um pouco a retranca perfeitamente aceitável (até certo ponto) nesse duelo e fomos mais corajosos. Só que poderíamos ter espetado mais. E talvez para isso tenha faltado a presença de um homem de área. Opção de Conte, que chegou a colocar Morata, quase no apagar das luzes, na vaga do ineficaz Pedro. Giroud ficou só olhando (no banco). É claro que nenhum deles inspira enorme confiança, porém poderia ser uma tentativa.
Willian marcou quando havia certa igualdade em campo. Só faltou mesmo a concentração na casa dos 200%, pregada por Hazard, até o último apito. Pode custar caro. Entretanto, ao menos o sentimento é bom. Encaramos, dentro das nossas condições atuais, nosso maior rival em nível continental, numa temporada que já teve 0 a 3 para Bournemouth e 4 a 1 para Watford, além dos primeiros pontos e gols do Crystal Palace, na Premier League, e uma surra para a Roma na capital italiana, pelo próprio torneio europeu.
Ou seja, ideal não é, principalmente por causa do demoníaco critério do gol fora de casa, mas, dentro das circunstâncias, está “ok”. Agora é fazer bonito no território deles, como em 2012! É difícil, muito, porém não beira o impossível. Pensamentos contrários devem existir, claro. Menos a ignorância e a estupidez. Precisamos “deletar” o “clubismo” dos nossos corações! Até a próxima!
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.