No próximo domingo, o Chelsea volta a campo pela Premier League para enfrentar o Manchester United, que acaba de vencer na Liga Europa e quer se recuperar no campeonato. Mas, mais do que apenas um confronto difícil, esta será a volta de José Mourinho ao Stamford Bridge. E é sobre isso que falaremos na coluna de hoje.
A saída de Mourinho na última temporada acabou sendo turbulenta, assim como ele, mas nada parecido com o tratamento que o clube deveria dar ao treinador mais vitorioso da história dos Blues. É certo que o português acabou se perdendo nas polêmicas e problemas no vestiário, mas existem questões que também passam pela nova geração de jogadores do futebol mundial. É quase um padrão. Se você sai daquilo que eles acreditam ser certo, acaba sendo criticado e, muitas vezes, o atleta até deixa o time. De uma forma simplificada, temos uma enormidade de pessoas mimadas em campo hoje em dia.
Mas não é isso que importa agora. Isso não é sobre a saída de José de Londres e muito menos sobre os métodos utilizados pela diretoria nessa demissão. Isso é sobre podermos, finalmente, deixar seus fantasmas irem embora. Em 2007, após demiti-lo pela primeira vez, Abramovich começou uma busca incessante por um novo Mourinho. Não atoa o time nunca se livrou de sua maneira de jogar e venceu a Liga dos Campeões em 2012 da forma como o treinador faria: fechado, no contra ataque, com o ônibus na frente do gol e contando intensamente com a sorte.
Não digo que a torcida deve se esquecer do que José Mourinho fez no Chelsea. Isso é parte de nossa história e não deve ser deixado para trás só porque hoje ele frequenta as dependências do Old Trafford. No entanto, é hora de virar a página. Vamos dar uma chance ao novo.