Minha estreia como colunista do Chelsea Brasil (sempre às quintas-feiras) será justamente no dia em que um novo capítulo se incia para os azuis de Londres. Melhor impossível.
Quando o Chelsea anunciou que Antonio Conte assumiria o comando da equipe na temporada 2016/17 muito se especulou sobre os rumos que o clube tomaria. Mesmo que a desastrosa campanha da Premier League ainda não tivesse terminado, já era o momento de pensar a frente, fazer planos. Era o ponto de virada. Quase como um agora ou nunca. Conseguiria Conte inspirar o mesmo sentimento de unidade da Itália em um time tão quebrado àquela altura?
Ainda não dá para saber. Fato é que o treinador foi oficialmente apresentado nesta quinta. Ele já chegou dizendo que queria focar no físico e no trabalho pesado. Esse fator foi um problema na última temporada, com atletas acima do peso durante todo tempo e aparentemente cansados em campo. Além disso, destacou a importância de John Terry e demonstrou alegria e humildade em sua primeira coletiva pelos Blues.
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A chegada de Mourinho e Guardiola a Manchester atraiu todos os holofotes para lá. Isso significa que, finalmente, o Chelsea pode ter a paz que talvez seja fundamental nesse momento. As atenções estão voltadas para dois dos melhores treinadores do mundo, é hora de aproveitar isso e realizar as mudanças necessárias dentro do clube. Focar nesse período de transição que a equipe viverá, trazer de volta o espírito vencedor de jogadores como Eden Hazard, Cesc Fàbregas e Diego Costa, que foram essenciais na campanha do título em 2014/15 e acabaram sumidos.
Ainda é difícil fazer apostas sobre a cara que o Chelsea terá daqui pra frente. O ponto fundamental é o potencial de transformação que Conte tem e pode levar ao clube. Diferente de tudo que tivemos recentemente. Basta olhar sua relação com os jogadores da Itália durante a Eurocopa. Para um grupo dividido, Antonio tem nas mãos a chance e a capacidade de juntar o quebra-cabeças novamente.
“Eu não sei se isso é uma coisa boa ou ruim, mas eu tenho uma grande paixão pelo futebol, pela minha equipe, pelo meu trabalho. Eu gosto de estar perto de meus jogadores. De estar com ele nos treinos, de jogar com eles, de vencer com eles. Eu tenho uma grande paixão e quero transferir isso para os meus jogadores e fãs”, comentou o treinador.
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Eu costumava dizer que faltava no Chelsea uma vontade, algo que fizesse os jogadores se esforçarem, algo que acabamos nos acostumando a ver apenas nos ídolos. E, caro Conte, é justamente dessa paixão que estávamos precisando.
As palavras neste texto condizem com a opinião da autora, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.