Colunas: Balanço final – Volantes, Meias e Atacantes

Os melhores (Foto: EuroFoot)

Antes de iniciar o texto de hoje, gostaria de AGRADECER ao leitor do Chelsea Brasil. O bom comparecimento de vocês a esse meu espaço semanal é cativante, e a cada novo feedback busco aprender um pouco mais. Hoje, saio de férias, mas retorno junto com a nova temporada. Aguardo todos com muitas novidades.

Sem mais delongas. Na semana passada, realizei a primeira parte do balanço blue na temporada 2014/15. Nas linhas abaixo, estarei dando sequência e finalizando os resumos sobre cada jogador. Lá vamos nós.

Matic – Volante

Lidera o ranking da Premier League em desarmes, interceptações, bloqueios e “chutões”. Comete poucos erros defensivos precedentes de cartões ou gols adversários. Além disso, tem participação ofensiva elogiável, conseguindo bom aproveitamento em finalizações e duelos aéreos. É um jogador que, além de todo o recurso defensivo, é extremamente técnico.

Deu, durante toda a temporada, suporte para Cesc Fàbregas desempenhar sua função com segurança e liberdade. Mesmo assim, não se inibiu, aparecendo no campo adversário algumas vezes. Defendi há algum tempo que Matic foi a melhor contratação do Chelsea nas últimas temporadas, justamente por perspectiva a longo prazo, custo benefício e, é claro, futebol.

Está entre os três melhores primeiros volantes do mundo, com potencial para alcançar o topo isoladamente. É um jogador perfeito para qualquer clube do mundo. Temos sorte.

Nota: 9,5

Obi Mikel – Volante

Perdeu seu grande ponto forte de temporadas anteriores, quando era peça de confiança para determinados momentos. Em 14/15, Mikel conviveu com lesões e, quando foi a campo, não teve um desempenho defensivo confiável.

Em meio a tempos de renovação, Mikel já seria uma peça descartável. Sera muito complicado arranjar um reserva que conseguisse suprir a falta de Matic, em dado momento, com nível ao menos parecido. Mas, nesse cenário, seria mais interessante apostar em um jovem que crescesse e evoluísse na convivência do camisa #21 e de outros jogadores importantes. Para Mikel, já deu.

Nota: 5 

Ramires – Volante

É peça constante nas escalações de Mourinho. Tem fôlego, velocidade e é versátil. Mas não tem futebol.

Ramires entrou em declínio nas últimas duas temporadas. Costuma ser peça destoante em jogos que a equipe busca o controle, não focando propriamente em contra-ataques. Tem um lado técnico fraco, sem apresentar recursos com a bola no pé.

Não é um jogador descartável, mas já ocupa espaço que há tempos poderia ser ocupado por atletas mais promissores e de alguma perspectiva futura. Uma venda seria boa para o Chelsea e para Ramires.

Nota: 5,5

Cesc Fàbregas – Volante/Meia

Peça vital na mudança de estilo do Chelsea. Do contra-ataque para o controle do jogo. Isso se passa por ele.

Com o começo de temporada arrasador do Chelsea, Fàbregas decolou nos números, alcançando uma média absurda de assistências. Na virada de ano, com a queda de Oscar e a inclusão de peças como Ramires no time titular, se viu sem apoio. Teve que ocupar muito campo, criar e marcar com a mesma intensidade e suprir ausências importantes.

Sua queda foi meramente numérica, pois a sua importância para o time só se multiplicava a cada jogo. Foi uma grande contratação e, hoje, o Chelsea já criou certa dependência do jogador. Mais da minha opinião sobre ele se segue aqui.

Nota: 9

Oscar – Meia

Foi um dos melhores jogadores do futebol inglês até a virada do ano. Depois, despencou. E sua participação, em alto nível, era fundamental para o bom desenvolvimento do time. Termina a temporada devendo.

A questão das férias regulares, as quais o jogador não tem há alguns anos, não pode ser ignorada. Mas, mesmo com o desgaste, sua acomodação é aparente. Oscar tem potencial para ser uma das principais “caras” do futebol mundial nas próximas temporadas, mas precisa estar a pleno vapor, como no período entre Agosto e Dezembro de 2014.

Escrevi mais linhas sobre o jogador semanas atrás. Por aqui, é isso. Oscar fez um ótimo início de temporada, mas não soube equilibrar. Esperamos (e precisamos) de regularidade.

Nota: 7

Willian – Meia

Como bem definiu meu colega de redação Felipe Maia, Willian é um operário no time do Chelsea. Seu estágio não é o mesmo de protagonistas do time, mas não deixa de ser vital. Sua excelente recomposição defensiva, resistência, velocidade e dinamismo são constantemente visíveis.

Não é possível que o brasileiro siga sendo desmerecido. Sua temporada foi boa, observando que o meia é, provavelmente, o jogador mais colaborativo do time. A cobrança é que as atuações do jogador se convertam em números satisfatórios tanto na parte ofensiva quanto defensiva. Mas isso é questão de tempo.

Nota: 8 

Cuadrado – Meia

É cedo para maiores julgamentos, mas Cuadrado não deixa de ser uma decepção. Seu tempo em campo é limitado, porém já deveria ter sido o suficiente para apresentações.

O colombiano apresenta muitos problemas de adaptação. O dinamismo da Premier League está o pegando em cheio. Cuadrado prende muito a bola, apela pro individualismo e não tem facilidade para trabalhar coletivamente de maneira satisfatória. Uma boa pré-temporada e um início de temporada com mais minutos pode ajudá-lo. O fato é que o jogador precisa responder de forma rápida.

Nota: 5

Hazard – Meia

O Chelsea teve o coletivo como ponto forte. Novas peças, contratadas nos últimos um ano e meio, ajudaram o time a encaixar. Mas a estrela da companhia já era velha conhecida.

Hazard viveu uma temporada de ascensão e afirmação. Seu patamar se elevou tanto dentro do clube quanto mundialmente. Seus números não se aproximam, por exemplo, dos principais nomes do futebol internacional. Mas a sua forma de jogar encanta.

O belga consegue ser extremamente dinâmico coletivamente e também usar brilhantemente o seu lado individual. A bola colada no pé é um terror para os marcadores. Enfim, não posso me alongar muito, ou farei um texto imenso para descrever as qualidades desse jogador. Irei resumir tudo a nota final.

Nota: 10

Diego Costa – Atacante

Teve um início de temporada arrasador, passando por cima de críticas e superando as expectativas. Se destacou por ser uma peça bastante móvel: um centroavante que consegue aliar o instinto matador e a técnica refinada.

No entanto, Diego Costa “se perdeu”. Sua má fama nos embates com adversários já era reconhecida, e o hispano-brasileiro parece não conseguir se controlar. Os cartões e as suspensões viram junto com uma queda de rendimento, que não pode ser mascarada. Além disso, teve algumas lesões.

Tecnicamente, Diego é um centroavante que não deixa dúvidas. Já o seu personagem acaba sendo complicado. É torcer para mais futebol e menos confusões.

Nota: 8

Remy – Atacante

Surpresa da temporada. Chegou nos últimos momentos da janela de transferências como nome duvidoso, mas fez questão de, aos poucos, conquistar a confiança de comissão técnica e torcida.

Nos períodos “complicados” de Diego Costa, Remy demonstrou bom futebol. Ao contrário de Diego, não é uma referência móvel, mas tem ótima noção de posicionamento e instinto matador. Boa peça para suplência na próxima temporada.

Nota: 7

Didier Drogba – Atacante

Foi discreto. Apareceu em momentos importantes, como contra Tottenham e United, por exemplo. Mas sua volta tinha um objetivo maior: se despedir.

Focando na parte técnica, escrevi sobre ele em uma de minhas colunas. Por hora, obrigado, Lenda.

Nota: Aplausos

*Em virtude do período de férias, essa coluna entrará em recesso e voltará a ser publicada em julho.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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