Chelsea e PAOK foi o compromisso mais recente da equipe londrina. Nesse jogo, válido pela Europa League, nenhum nome brilhou tanto como o de Callum Hudson-Odoi. Dono de um gol, uma assistência e uma bola na trave, o jovem atleta do Chelsea foi considerado o “Homem do Jogo”. Para tornar as coisas ainda mais positivas ao futebolista, o desempenho serviu para chamar atenção de pessoas importantes nos camarotes de Stamford Bridge. De um lado, os pais de Hudson-Odoi, que acompanham o crescimento do filho dentro e fora das quatro linhas. Em outro camarote do estádio, estava Gareth Southgate e Steve Holland, técnico e auxiliar da Seleção Inglesa de Futebol. Um momento inesquecível para Callum.
A questão é: Depois desse jogo, a promessa da equipe vai atuar mais vezes como titular do Chelsea? Aos meus olhos, a resposta é não. O jogo contra o PAOK apresentava características favoráveis ao estilo de jogo de Callum. É justo – e necessário – se animar com o desempenho do atleta, entretanto, acreditar em uma sequência de jogos na Premier League parece pouco provável. Conhecendo a filosofia do Chelsea, creio na possibilidade do atleta ter o seu contrato renovado para ser emprestado. Perceba que o termo empregado na frase acima é “crer” e nesse caso não é “concordar”. A minha preocupação é perder Hudson-Odoi para um outro clube que tem, em sua essência, o desenvolvimento dos atletas mais jovens (permanecendo) no primeiro time.
Levar em conta o momento de Maurizio Sarri
Por exemplo, o trabalho que é feito no Bayern de Munique ou no Borussia Dortmund. Principalmente no Dortmund, dono de atletas jovens de projeção internacional. Haja vista, Jadon Sancho e Christian Pulisic. E a partir desse ponto, vale pensar em várias situações com atletas recém integrados ao first team. Por exemplo, o investimento que o Real Madrid está fazendo de jovens prospectos no mercado brasileiro ou a postura do Barcelona em relação aos futebolistas promissores. A verdade é que trabalhar no Chelsea é lidar com pressão em vários aspectos e Maurizio Sarri sabe bem disso. Um dos pontos é essa questão de aprimorar promessas e torná-las realidade. Além disso, o treinador italiano tem que manter o plantel motivado, brigando pelas primeiras colocações, promover atletas das categorias de base e implementar o seu estilo de jogo. Tudo isso em sua primeira temporada. Tudo isso com a pressão midiática.
Em outras palavras, acredito no desenvolvimento de Hudson-Odoi inserido na equipe de Sarri. Observo que ele possa ser utilizado em partidas importantes e que ele consiga dar conta do recado. Claro, não será titular, mas pode ser componente do plantel principal tranquilamente. Gostaria muito de observar a atuação do futebolista no dia 19 de dezembro, data do confronto frente ao Bournemouth. Um jogo válido pelas quartas de final da Copa da Liga Inglesa. E não precisamos visualizar tão longe não. Seria interessantíssimo dar titularidade ao atleta no jogo de amanhã contra o Fulham, por exemplo. Assim como uma chance no dia 13, frente ao Videoton ou MOL Vidi, na Europa League.
Chelsea e Fulham
Além disso, por falar no Fulham, o atual técnico do rival londrino é Claudio Ranieri. Vale lembrar que ele foi convidado, após seu afastamento no Leicester, para observar os métodos de Sarri no Chelsea. Ou seja, vamos ver se ele observou bem o “Sarribol”. Chelsea e Fulham será um jogo com uma atmosfera lindíssima. Sinceramente, estava com saudade do West London Derby.
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil