O título do texto não deve ser novidade para ninguém. Torcedores do Chelsea ao redor do planeta sabem como o clube de Londres não aproveita bem a base desde a chegada de Roman Abramovich ao clube, lá em 2003. Claro que a época era diferente e naquele ano os Blues não tinham a mesma qualidade nos juniores.
No entanto, a história é outra quando falamos dos últimos seis ou sete anos. Bicampeão da UEFA Youth League (a edição juniores da UEFA Champions League), finalista de seis das últimas oito FA Youth Cup, sendo vencedor de quatro destas edições, o Chelsea tem o que muitos chamam de ‘base de FC Barcelona’.
Muitos jogadores talentosos fizeram ou fazem parte dos garotos de Cobham. No entanto, a mesma discussão que já conhecemos desde quando Josh McEachran foi descoberto paira no ar: será que algum dia veremos o Chelsea se aproveitar de tantos talentos?
Só para citar alguns dos vencedores do caneco da UEFA Youth League deste ano, temos Tammy Abraham, Jake Clarke-Salter, Kasey Palmer, Ola Aina e Charlie Colkett. Todos possuem um status de ‘diferenciados’ em Cobham.
Hoje o único jovem que temos no elenco titular dos Blues e que de fato recebe muitas oportunidades, é Ruben Loftus-Cheek. Bem, não recebe tantas chances quanto deveria, mas pelo menos no final desta patética temporada está tendo.
Basta olhar para outros campeonatos da Europa que veremos outras crias de Cobham se dando muito bem. Andreas Christensen vem se mostrando um monstro na defesa do Borussia M’gladbach. Nathan Aké está em grande temporada pelo Watford.
Vamos bater novamente na mesma tecla: que o sucesso da base abra os olhos da diretoria e que essa mesma pare de gastar trocentos milhões em jogadores como Pedro e passe a olhar mais para Cobham, porque de lá há mais chances de atingirmos o sucesso.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.
