Pré-jogo: apenas a vitória interessa ao Chelsea no West London Derby

Nesta quinta-feira (12) às 17h (horário de Brasília), o Chelsea desce no SW6 para enfrentar o Fulham no Craven Cottage em partida válida adiada da 7ª rodada da Premier League. Como de costume, Graham Potter falou à imprensa na coletiva, tocando nas condições do time para o clássico e também comentando sobre a mais nova adição ao plantel do time para o restante da temporada.

Olá, Félix

Na manhã desta quarta-feira (11), o Chelsea anunciou a chegada de João Félix. O meia atacante português chega por empréstimo até o fim da temporada, já que os Blues não tem opção de compra.

João Félix junto aos novos diretores do Chelsea Christopher Vivell e Paul Winstanley (Reprodução: Chelsea FC)

Félix é titular incontestável do Atlético de Madrid que, como o Chelsea, passa por uma fase delicada. Porém, os ingleses ainda conseguiram se manter na Liga dos Campeões o que deve ter sido um fato que atraiu o jogador para Stamford Bridge.

Sendo assim, a nova contratação foi um dos focos da coletiva de Potter e o treinador dos Blues aproveitou para ressaltar as qualidades que Félix poderá agregar ao seu time:

Ele é um jogador de qualidade e vai fazer a diferença no terço final do campo. Ele é jovem, mas tem uma grande experiência. A contratação é boa para todo mundo. Estamos ansiosos para trabalhar com ele“.

Ele tem treinado regularmente e teve tempo de jogo, então, fisicamente ele está pronto. Tem um pouco de incertezas quanto ao período de adaptação, que é diferente em cada caso“, disse Potter sobre as condições de Félix em sua chegada. “Eu vejo um jogador confiante, que pode se impor“, concluiu.

João Félix usará a histórica camisa 11 (Reprodução: Chelsea FC).

Atualização sobre as lesões

Ainda discutindo a chegada de João Félix, Potter disse que a procura pelo português foi uma resposta direta às lesões que apareceram no time recentemente. Sobretudo às lesões de Christian Pulisic e Raheem Sterling.

Estamos conscientes disso [necessidade de reforços diante das lesões] há algum tempo, essas coisas não acontecem de uma hora para outra“, ressaltou Graham Potter, que seguiu, “Talvez as lesões tenham afiado um pouco mais o foco. É bom ter ele aqui, colocar ele para treinar, é positivo para nós“.

Na sequência, o treinador dos Blues adereçou sobre as lesões. Além de confirmar o retorno de Pierre-Emerick Aubameyang, deu um panorama das lesões do plantel:

Christian ficará de fora por dois meses, nós achamos, com esperança de que seja um pouco menos. Raheem fica de fora por menos tempo, mas ainda está avaliando o grau da lesão. Ruben e Ben Chilwell estão perto de voltar, Reece voltou aos trabalhos na grama em separado“.

Loftus-Cheek já voltou a treinar com a equipe (Reprodução: Chelsea FC)

Enfim, Potter falou um pouco sobre os movimentos do Chelsea no mercado até aqui e sobre a possibilidade de novas chegadas até o fim da janela de transferências. “Ainda temos tempo, se vamos achar os jogadores certos ou não é outra história“, concluindo na sequência, “Estamos felizes com o que fizemos até aqui“.

O momento da equipe

Há algum tempo as performances e resultados do Chelsea preocupam a torcida e, sem dúvidas, o treinador e os jogadores. Ainda assim, o apoio a Graham Potter por parte dos novos donos e diretores do clube não está abalado.

Em suma, o alto-escalão de comando do Chelsea entende que tudo faz parte de um processo de restruturação, que demanda tempo. O que, por outro lado, não significa uma desculpa para o momento do clube que, pelo elenco que tem, não pode ocupar a 10ª colocação da Premier League em qualquer hipótese.

Logo, novamente, Potter foi perguntado sobre o que fazer para superar essa fase difícil do time. “Nós podemos melhorar muito, e podemos fazer isso mais rápido com bons resultados, com jogadores saudáveis e com performances melhores“, destacou, “O quadro pode mudar rápido. Nós estamos sofrendo, temos que aceitar isso e seguir em frente“.

Na sequência, o treinador disse que precisa consertar o time, que não é apenas um jogador que vai resolver o problema: “Você precisa atacar melhor, criar mais chances e então quem quer que esteja jogando precisa marcar e ganhá-las. João [Félix] é um jogador talentoso que pode ajudar o time“, concluiu Graham Potter ressaltando mais uma vez a nova contratação Blue.

Como chega a Chelsea para o confronto?

Os Blues chegam para o West London Derby vindo de duas derrotas seguidas para o Manchester City. A primeira delas na Premier League, por 1-0 em Stamford Bridge. Por sua vez, na Copa da Inglaterra a derrota foi ainda mais dura, com os Citizens vencendo por 3-0 no Etihad Stadium no último domingo (8).

Omari Hutchinson e Lewis Hall após a derrota para o Manchester City no Etihad (Reprodução: Darren Walsh/Chelsea FC)

Antes disso, os Blues vinham de uma vitória nos últimos cinco jogos oficiais do time:

  • 06/11: Chelsea 0-1 Arsenal (Premier League)
  • 09/11: Manchester City 2-0 Chelsea (Copa da Liga Inglesa)
  • 12/11: Newcastle 1-0 Chelsea (Premier League)
  • 27/12: Chelsea 2-0 Bournemouth (Premier League)
  • 01/01: Nottingham Forest 1-1 Chelsea (Premier League)

Sendo assim, os Blues estão eliminados das duas copas nacionais e conquistaram apenas quatro pontos dos últimos 12 disputados no Campeonato Inglês. O Chelsea, então, está na 10ª colocação com 25 pontos – 10 a menos que o Manchester United, que abre o Top 4 -, e apenas um gol de saldo.

Com a vitória, os Blues chegariam aos 28 pontos tendo a chance de subir na tabela, além de diminuir a distância do time em relação à zona de classificação para as competições europeias da próxima temporada.

O outro lado de SW6

O Fulham, por sua vez, está em um ótimo momento. Além de estar na 7ª colocação da Premier League e também conseguiu a classificação para a próxima fase da Copa da Inglaterra ao bater o Hull City, que contou com Harvey Vale e Xavier Simons entre os titulares, por 2-0 no último sábado (7). Nesse sentido, o time comandado por Marco Silva chega para o clássico sustentando uma sequência de quatro vitórias em todas as competições.

Para a partida desta quinta-feira, o Fulham não terá à disposição um nome de peso: Aleksandar Mitrovic tomou seu quinto amarelo na vitória dos Cottagers sobre o Leicester na última rodada da Premier League. Enquanto isso, Neeskens Kebano segue de fora com uma lesão no tendão de aquiles.

Logo, Marco Silva deve mandar seu time à campo com Leno no gol e Tete, Ream, Adarabioyo e Robinson formando a linha defensiva. Na primeira linha de meio campo,  Reed e João Palhinha com De Cordova-Reid, Andreas Pereira e Willian mais avançados. Por fim, o comando de ataque deverá ficar nas mãos de Vinicius.

Com a chegada de Leno à meta dos Whites, o time tem mais liberdade para utilizá-lo na construção de jogo que, dessa forma, é feita desde a pequena área de defesa. Em adição a isso, com Reed e Palhinha na primeira linha do meio de campo, o time tem dois bons nomes para progredir com a bola em campo, o inglês com sua boa condução e o português com seus passes. Andreas Pereira também tem papel importante nessa progressão, conseguindo ocupar bem os espaços e, assim, buscar o melhor movimento para distribuir a bola – ou então para ele mesmo conduzir ao ataque.

A construção do time tende a ser rápida, dando prioridade à utilização às faixas laterais do campo, sobretudo quando Mitrovic está em campo já que ele é muito acionado por cruzamentos na pequena área. Na ausência do sérvio, a tendência é que a postura siga a mesma. O Fulham se aproveita muito do seu comandante do ataque, mas também das de algum outro jogador por trás da defesa adversária como elemento surpresa.

Defensivamente, os Whites são um dos times com mais sucessos em divididas na Liga, assim como acumulam um dos maiores números de desarme. O time também é muito bom em deixar os atacantes adversários em situação de impedimento. Com isso, duas coisas ficam evidentes.

A primeira delas é que os comandados de Marco Silva são muito eficientes em roubar a bola ao redor de todo o campo. Outro aspecto que fica evidente, enfim, é a disciplina tática do time em se posicionar de forma a deixar à oposição em impedimento.

O West London Derby em números

Jogos: 84

Vitórias: 49

Empates: 26

Derrotas: 9

As maiores vitórias de cada lado:

Chelsea 4-0 Fulham – 1925/26 e 1983/84 (Division Two)

Fulham 3-1 Chelsea – 1976/77 (Division Two)

De forma mais específica, a maior vitória do Chelsea em Craven Cottage foi por 4-1 pela Premier League na temporada 2004/05.

O jogo desta quinta-feira, então, pode se tornar especial por dois motivos. O primeiro por poder representar a 50ª vitória do Chelsea no West London Derby, a segunda porque pode ampliar a sequência de sete vitórias seguidas dos Blues sobre os Whites na Premier League.

No geral, são 20 jogos desde a última vitória do Fulham no clássico em março de 2006. Naquela ocasião, os Blues saíram derrotados por 1-0, no jogo que também representou a única derrota do time de Stamford Bridge para os Cottagers na Premier League.

Ficha técnica

Jogo: Fulham x Chelsea

Data: 12 de janeiro de 2023

Competição: Premier League 2022/23 – 7ª rodada

Local: Craven Cottage – Londres, Inglaterra

Horário: 17h (horário de Brasília)

Árbitro: David Coote

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Nathalia Tavares