
Na segunda parte da matéria especial que o Chelsea faz sobre os jogadores dos Blues que vestiram a camisa de suas seleções internacionais e disputaram uma Copa do Mundo (Confira a “Parte 1” aqui), nosso foco agora é nos torneios disputado durante três décadas diferentes.
1970
Peter Bonetti foi um dos três goleiros da seleção vitoriosa da Inglaterra de Alf Ramsey em 1966, mas teria que esperar até 1970, no México, para representar seu país no cenário mundial.
Peter Osgood, em seguida, também estava no elenco. O atacante entrou em campo nas vitórias de 1×0 da sua seleção contra Romênia e Tchecoslováquia, jogando um total de 44 minutos e avançando com o English Team em segundo lugar, atrás somente do Brasil.
Um dia antes das quartas-de-final da Inglaterra contra a Alemanha Ocidental, o titular Gordon Banks se queixou de dores no estômago e assim Bonetti, chegou a titularidade do gol da seleção Inglesa.
A repetição da final de 1966 foi tão bom como todos esperavam. A partida foi pra prorrogação – tal como tinha acontecido quatro anos antes -. Alan Mullery e Martin Peters colocaram a Inglaterra na frente do placar antes de Bonetti falhar e permitir o gol de Franz Beckenbauer. Posteriormente, Gerard Muller marcou o gol da vitória alemã no segundo tempo da prorrogação. Era o último jogo do “Gato” com a camisa da Inglaterra. Ele escreveu em 2010 que tanto Ramsey e seus companheiros tinham sido muito favoráveis a ele, mesmo com seu erro, mas as coisas seriam diferentes quando ele retornaria ao clube.

1986
A Inglaterra não se classificou paras as Copas de 1974 e 1978 e esse fato, justamente com o mal-estar dos torcedores do Chelsea, significava que os adeptos do time inglês teriam que esperar até 1986, quando o torneio foi novamente organizado pelo México, quando outro jogador dos Blues entrou em campo.
Kerry Dixon fazia parte do Elenco Inglês e entrou no time substituindo Gary Lineker, no último jogo da fase de grupos quando o English Team venceu por 3×0, tendo Lineker marcado todos os tentos.
A Copa pra Inglaterra tinha começado mal. Eles perderam para Portugal e empataram com Marrocos sem conseguir balançar as redes adversárias nesses dois jogos. Na tentativa de mudar o time, o técnico Bobby Robson decidiu mudar o time e começar com Peter Beardsley, e não Dixon, que havia compartilhado a Chuteira de Ouro da Premier League com Lineker, em 1984/85.
Na verdade, a decisão foi recompensada e a dupla Lineker e Beardsley formou uma grande parceria a nível internacional que durou até a Copa do Mundo da Itália, em 1990.
Depois de vencer o Paraguai por 3×0 na segunda rodada, a Inglaterra foi eliminada pela Argentina –cCampeã daquela copa – com um show do craque Diego Armando Maradona.
1990
Pela primeira, um jogador do Chelsea que não era da nacionalidade inglesa foi o destaque em uma Copa do Mundo. Gordon Durie jogou pela Escócia, a partir do seu sucesso vencendo a Suécia por 2×1, em Gênova. Os escoceses tinham enfrentado a Costa Rica no jogo de abertura e assim Durie e o futuro jogador dos Blues, Robert Fleck, foram trazidos para uma linha de três homens.
O par combinado deu a liderança que a Escócia precisava. Durie foi substituído com 16 minutos restantes pro fim do jogo, sua última aparição no torneio. A Escócia acabou vencendo por 2×1, mas a derrota pro Brasil no último jogo do grupo apagou as esperanças do time escocês de se classificar para a fase eliminatória como um dos melhores terceiros colocados.
Havia dois jogadores do Chelsea no elenco Inglês, na Itália aquele ano. Dave Beasant foi chamado ás pressas para a seleção pois o goleiro David Seaman quebrou um dedo no treinamento e acabou não jogando. Bobby Robson admitiu depois que ele considerava colocar Beasant em campo no último minuto da semi-final contra a Alemanha pela sua reputação de ser um grande “pegador de pênaltis”.
Um homem que teve uma atuação impressionante na Copa foi Tony Dorigo. O lateral-esquerdo começou o jogo “play-off” contra a Itália, em Bari, e fez o cruzamento pro gol de David Platt. Toto Schillaci, em seguida, marcou de pênalti para garantir a vitória Italiana mas Dorigo e a Inglaterra poderia se orgulhar do seu feito – único momento que os “três leões” chegaram a semi-final de Copa desde 1966).

1994
Dois jogadores favoritos dos torcedores londrinos representaram o Chelsea nos Estados Unidos, em 1994. Dmitri Kharine, jogando pela terceira vez em três seleções diferentes (depois da dissolução da União Soviética) foi o capitão da Rússia nos seus dois primeiros jogos, que perderam para o Brasil e Suécia.
Contra o Brasil, Kharine fez uma das defesas mais difíceis da Copa pegando uma finalização de Bebeto, e dos quatro gols que ele sofreu em seus 180 minutos em campo, dois foram de pênalti. No terceiro jogo, contra Camarões, Kharine foi poupado e sua seleção venceu por 6×1.
Erland Johnsen bem poderia considerar-se o jogador do Chelsea mais lamentável na competição por não ter classificado sua seleção para a próxima fase da Copa já que seu time foi embora dos EUA em circunstancias mais inusitadas:
Todas as quatro equipes do Grupo E terminaram a primeira fase com 4 pontos – única vez que isso aconteceu na história das Copas do Mundo – e mais incrivelmente ainda, todas ficaram com 0 no saldo de gols. A decisão desse grupo ficou no critério de gols marcados, onde a Noruega ficou atrás de México, Irlanda e Itália.
Ao contrário de Kharine, Johnsen não jogou os dois primeiros jogos mas foi trazido para o terceiro e decisivo jogo contra a Irlanda e o jogo terminou empatado.
No momento em que Tony Cascarino entrou em campo com a Irlanda, na segunda rodada contra a Holanda – uma lesão o impediu de começar o torneio jogando – seu contrato com o Chelsea tinha expirado e,portanto, ele foi oficialmente liberado.