Lendo o Jogo: Brighton 1×1 Chelsea – uma apatia preocupante

Mais uma péssima atuação para a conta. É dessa forma que o Chelsea segue sem vencer na Premier League. Dessa vez, o empate em 1 a 1 com o Brighton, fora de casa, acabou até ficando barato pelo que o time apresentou em campo.

Apático e dominado durante todo o jogo por um time repleto de desfalques, o Chelsea achou um gol com Ziyech e pouco produziu para vislumbrar algo a mais na partida.

O resultado afasta ainda mais o Chelsea do vice-líder Liverpool e agora os Blues devem se preocupar com a manutenção no G4, já que as equipes logo abaixo na tabela têm se aproximado perigosamente.

Enfim, para entender como foi o jogo em Stamford Bridge, é hora de ler o jogo.

(Reprodução: Sky Sports)

Desfalques e mudanças

Os donos da casa vieram com o mesmo 3-4-2-1 tradicionalmente usado também pelo Chelsea. Sem Lewis Dunk e Shane Duffy na zaga, Joël Veltman, Adam Webster e Dan Burn formaram o trio defensivo. Já para o meio-campo, o Brighton teve importantes desfalques: além de Yves Bissouma, que serve a seleção Malinesa na Copa Africana de Nações, Enock Mwepu e Adam Lallana ficaram de fora por lesão. Assim, Pascal Groß e Steven Alzate formaram a dupla de meio-campistas, com Tariq Lamptey e Marc Cucurella nas alas.

Na frente, Jakub Moder e Alexis Mac Allister eram os dois homens que encostavam em Danny Welbeck, autor do gol sobre o Chelsea no jogo do primeiro turno.

(Reprodução: Brighton & Hove Albion FC)

O Chelsea, por sua vez, teve novamente a ausência de Andreas Christensen e Trevoh Chalobah. Assim César Azpilicueta foi titular. Marcos Alonso pela esquerda, com Thiago Silva e Antonio Rüdiger, fechavam a primeira linha do Chelsea.

No meio-campo, Jorginho e N’Golo Kanté formaram dupla, com Mason Mount, Hakim Ziyech, Hudson-Odoi e Romelu Lukaku completando a escalação.

(Reprodução: Chelsea FC)

Má-atuação, mas vitória parcial

Mesmo com os inúmeros desfalques, o Brighton começou indo para cima e dominando o Chelsea. A primeira chance dos mandantes veio logo no segundo minuto, quando Welbeck deu belo toque de letra para Moder. Então, o meia dos Seagulls bateu de primeira e a bola passou à direita do gol de Kepa Arrizabalaga.

Se à princípio esperava-se um Chelsea atuando no tradicional 3-4-2-1, na prática o que se viu foi um 4-4-2 bem definido. Azpilicueta não era o zagueiro pela direita, mas sim o lateral pela direita, com Alonso pela esquerda e Thiago Silva e Rüdiger formando a dupla de zaga. No meio, uma segunda linha de quatro era formada por Ziyech e Mount abertos, com Jorginho e Kanté por dentro. Assim, Lukaku e Hudson-Odoi formavam a dupla de ataque.

Defensivamente, entretanto, o sistema tinha brechas, principalmente pelo lado esquerdo. Por ali caía Lamptey, principal escape dos Seagulls, que explorava não só as costas de Alonso como também a falta de apoio de Mount na marcação. Isso porque Mount tinha liberdade para cair por dentro e, assim, deixava o setor esquerdo deprotegido. Como resultado, Jorginho tinha que cobrir o espaço e abria brachas no meio.

Então, na metade da primeira etapa, Tuchel inverteu a dupla de meio e Kanté passou a jogar pela esquerda para cobrir melhor o setor.

Entretanto, mesmo com o domínio do Brighton, foi o Chelsea quem abriu o placar, com Ziyech, em chute de fora da área aos 28 minutos.

(Reprodução: PA)

Após o gol, os Blues melhoraram e passaram a ter mais a bola, mas ainda sim o domínio maior foi dos mandantes, que não conseguiram aproveitar.

Nenhuma melhora e o gol de empate

O segundo tempo começou da mesma maneira, com o Brighton atacando e o Chelsea perdido em campo. A diferença foi que, agora, os mandantes exploravam mais o lado direito da defesa dos Blues com Cucurella e Welbeck.

Na prática, o que acontecia era que o Brighton também atuava com linha de quatro na defesa, com Veltman sendo lateral pela direita e Lamptey um meia aberto. Do lado oposto, Welbeck abria e o jogador que mais ocupava o espaço por dentro era Moder, mas com bastante mobilidade.

Quem também caía por ali era Mac Allister e foi o próprio camisa 10 do Brighton que, no primeiro minuto do segundo tempo, lançou Groß e a bola chegou até Welbeck, mas o atacante desperdiçou. Aos 14, Moder saiu da referência, tabelou com Cucurella e abriu espaço para o lateral dos Seagulls, que cruzou para Mac Allister e Kepa espalmou.

Na cobrança do escanteio gerado por Kepa, Mac Allister cobrou e Webster cabeceou livre na área, colocando para dentro e empatando o placar. Bobeada da marcação do Chelsea, que foi confundida pela movimentação do Brighton.

(Reprodução: Getty Images)

A partir daí, o jogo caiu de intensidade e passou a ter poucas situações de gol, mas com o Brighton ainda sendo mais incisivo.

Foi somente aos 80 minutos que Thomas Tuchel resolveu mexer na equipe e gastou logo as três trocas de uma vez. Assim, entraram, Mateo Kovacic, Timo Werner e Kai Havertz nas vagas de Jorginho, Ziyech e Lukaku. Entretanto, o cenário permaneceu o mesmo, com o placar inalterado até o fim.

(Reprodução: BBC)

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Article by: Marcelo Vilela