Emerson Palmieri, exclusivo para o Chelsea Brasil: “Fiquei surpreso com a proposta, e não pensei duas vezes para aceitar”

Está cada vez mais comum ver histórias de jogadores ou até mesmo pessoas comuns que saem do Brasil para tentar uma vida no exterior. Ao se jogar em terras desconhecidas, é grande a possibilidade de derrota. Língua não dominante, hábitos, cultura e clima diferentes levam muitos a desistir do sonho de vencer e com isso acabam retornando para a comodidade da sua pátria.

O personagem desta entrevista fez esse caminho e venceu. Com vocês, Emerson Palmieri.

Carreira

O jovem, revelado na rica categoria de base do Santos, foi integrado ao time profissional com apenas 17 anos. Em 2014, ele esperou pacientemente uma chance de mostrar seu valor, mas, ao ver todas as oportunidades sendo dadas ao chileno Mena, então dono da lateral esquerda do peixe, ele decidiu se jogar no mundo e tentar a sorte no exterior.

Por já ter o passaporte italiano, o Santos o emprestou ao Palermo, clube que sempre costuma figurar entre os dez primeiros colocados do Calcio. Depois de um ano na Sicília, retornou ao alvinegro praiano, mas logo foi cedido à Roma, clube que futuramente compraria, em definitivo, os direitos do brasileiro.

No começo deste ano, ele chegou ao Chelsea. Segundo o próprio Emerson, a própria negociação o surpreendeu. A chegada dele aos Blues foi selada só no último dia da janela de transferências. Agora, já habituado à Inglaterra, ele tenta crescer no futebol, se firmar nos Blues e ser um nome presente entre os convocados do novo técnico da Itália, Roberto Mancini.

Leia abaixo a nossa entrevista exclusiva com o jogador.

Chelsea Brasil: Você chegou à Inglaterra há seis meses. Além da língua, quais foram os principais desafios que você encontrou por aí?

Além da língua, chegar a um novo clube, com anseio de conquistar torcedores e o povo inglês, são desafios que ainda busco alcançar completamente.

Chelsea Brasil: Na Roma, você teve a oportunidade de jogar com Mohamed Salah. Como você viu a fantástica temporada do egípcio na Premier League?

Sem dúvida um grande jogador. Pude trabalhar com ele na Roma por dois anos e já previa essa sua evolução. Fico feliz por ele, pois se trata de uma grande pessoa.

Chelsea Brasil: Ainda na Roma, você também conheceu de perto o trabalho do goleiro brasileiro Alisson. Recentemente, o nome dele foi veiculado ao Chelsea. Como você avalia o atual goleiro da Seleção Brasileira? Ele poderia fazer frente ao atual dono da posição, o belga Courtois?

São dois goleiros de alto nível em que eu pude trabalhar lado a lado. O Chelsea está bem servido, pois o Courtois já demonstrou ser um goleiro acima da média, enquanto o Alisson tem lugar em qualquer equipe do mundo e, por isso, espero que se concretize a vinda do Alisson.

Chelsea Brasil: Você saiu do Brasil muito cedo. Você se arrepende de alguma coisa? Como foi o período em que você foi emprestado ao Palermo e depois a Roma?

Não me arrependo. Claro que eu gostaria de ter atuado mais pelo Santos, mas acreditei que essa possibilidade de ir ao Palermo seria para o meu crescimento, além de uma grande oportunidade, por ter o passaporte italiano. Passei um ano de experiência no Palermo, o qual considero uma experiência positiva, por ter me aberto as portas da Europa.

Pela Roma foram três temporadas ,onde cheguei mais maduro e pude conquistar nesse período o respeito e o carinho do torcedor romanista, chegando até a seleção italiana e, consequentemente, a oportunidade da transferência ao Chelsea.

Chelsea Brasil: Mesmo jogando pela base da seleção brasileira, você preferiu se naturalizar italiano. Porque essa escolha?

Acredito que por ter aparecido para o futebol mundial na Itália, seria uma forma de agradecimento poder atuar pela seleção do país. Acredito que foi uma escolha correta, mesmo ainda estando aberta a possibilidade de atuar pela seleção brasileira, pelo fato de ainda não ter atuado com a camisa italiana.

Chelsea Brasil: Na Azzurra, você já chegou a ser convocado, mas ainda não é um nome certo na seleção quatro vezes campeã do mundo. Você já teve a oportunidade de conversar com o novo treinador italiano, Roberto Mancini? Você acha que o Chelsea pode te ajudar a ser convocado pela Itália?

Ainda não tive essa oportunidade. E sem dúvida, pela visibilidade de atuar por um clube como o Chelsea, na melhor liga do mundo, a chance de ser lembrado é grande.

Chelsea Brasil: Nos Blues, você chegou na metade da temporada e causou uma boa impressão à torcida, mesmo com poucos minutos em campo. Um dos objetivos para essa nova temporada pode ser ganhar a vaga de titular do espanhol Marcos Alonso?

Um atleta deve procurar sempre crescer, atuar mais e consequentemente ajudar a equipe à grandes conquistas. Não penso em tirar a vaga de nenhum jogador, mas sim, de buscar o meu espaço no elenco.

Chelsea Brasil: O Chelsea, há muitos anos, se caracteriza por ser um clube com portas abertas para jogadores brasileiros. Hoje, além de você, os Blues têm David Luiz e Willian no elenco. Como é a sua relação com eles e como eles te ajudaram no processo de adaptação na Inglaterra?

Desde que cheguei aqui eles sempre procuraram me ajudar dentro e fora do campo. Com isso, consegui uma adaptação mais rápida no clube. Daí nasceu uma amizade muito forte com eles.

Chelsea Brasil: Antes de chegar ao Chelsea, no mercado de transferências do meio da temporada passada, seu nome não era vinculado ao clube inglês. Na época, a imprensa cogitava a contratação de Alex Telles, do Porto e Alexsandro, da Juventus. Sua vinda ao Chelsea, no último dia da janela de transferências, te surpreendeu?

Sim, pois na época estava sendo cogitado por outros clubes e não do Chelsea. Na última semana da janela de transferências houve a procura do Chelsea. Fiquei muito feliz e não pensei duas vezes em aceitar.

Chelsea Brasil: Futebol brasileiro é passado? Ou você ainda tem o desejo de jogar por aqui? Se sim, existe algum clube que você gostaria de atuar?

Penso inicialmente em consolidar minha carreira na Europa e por isso penso ser muito cedo em falar sobre um retorno. Mas sem dúvida, no momento certo isso irá acontecer. Claro que tenho um carinho diferente pelo Santos por ter me formado no clube. Mas não há um clube em especial que eu desejo atuar no Brasil, quando retornar um dia.

A equipe Chelsea Brasil agradece a disponibilidade e simpatia de Emerson e sua assessoria ao nos atender

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Article by: Chelsea Brasil

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