Do fundo do poço às glórias, 2012 marcou a história do Chelsea

Ano instável, mas com conquistas inesquecíveis (Foto: The FA)

Em poucos dias, um novo ano chegará. E a torcida azul olhará para 2012 tendo boas e – infelizmente ruins – lembranças relacionadas ao Chelsea. Um ano que teve misto de decepção, viradas, glórias e crises em Stamford Bridge. Um ano em que três treinadores comandaram o clube e um ano que ficará para sempre na memória da torcida.

O ano que se encerra foi movimentado e, em alguns momentos, atípico. Com tantas coisas acontecendo em 12 meses, a  equipe Chelsea Brasi faz um resumão do que aconteceu no 2012 azul.

Primeiro semestre: adeus à Villas-Boas e as conquistas do interino

O Chelsea começou o ano com André Villas-Boas no comando. O português havia chegado ao clube em 2011 e em momento algum conseguiu dar “forma” à sua equipe. A virada do ano veio com uma derrota para o Aston Villa em casa, no dia 31 de dezembro. Mas 2012 começou com o pé direito: 2×1 sobre o Wolverhampton, fora de casa. E parecia mesmo que esse ano reservaria bons frutos aos Blues. Após a vitória sobre o Wolves, o Chelsea engatou vitórias contra o Portsmouth, Sunderland e QPR. Nesse meio tempo, dois empates (com Norwich e Swansea).

Fevereiro chegou e o junto com ele, o primeiro grande desafio do Chelsea no ano: a partida contra o Manchester United. Depois de ter a vitória nas mãos, a equipe de Villas-Boas viu Howard Webb falhar e o United empatar. A pressão em cima de Villas-Boas voltava. O português cada vez mais balançava na corda-bamba. Derrota para o Everton, empate com o Birmingham (FA Cup). A derrota para o Napoli (Champions League), somada a atuação do elenco na Itália eram indícios de que as coisas não iam bem. A maioria dava como certa a eliminação do Chelsea da competição europeia. A vitória sobre o Bolton, lanterna da Premier League, não foi capaz de amenizar o clima ruim em Stamford Bridge.

A folha do calendário virou e pela frente, o mês de Março. O primeiro desafio do mês terminou de forma ruim: derrota para o West Bromwich Albion (1×0), fora de casa. Ao fim da partida, Villas-Boas foi demitido.

AVB deixou clube em meio a maus resultados (Foto: Darren Walsh/Getty Images)

Imediatamente, Roberto Di Matteo assumiu. Como interino, o italiano tinha pela frente a difícil missão de classificar o desacreditado Chelsea na FA Cup e Champions League – já que as chances de título na Premier League eram mínimas. E o italiano começou bem: vitória sobre o Birmingham fora de casa e classificicação para a próxima fase da FA Cup. Seguiram-se a essa vitória, outra sobre o Stoke City, Napoli (a épica partida com placar de 4×1 para os Blues) e Leicester United (FA Cup), Benfica (quartas-de-final da Champions League) e Aston Villa. As únicas partidas em que o Chelsea perdeu pontos em março foram na derrota para o Manchester City (2×1) e no empate em 0x0 com o Tottenham Hotspurs.

Di Matteo assumiu o comando no meio de um “tornado” (Foto: Clive Mason/Getty Images)

Em Abril, o Chelsea começou o mês trazendo aquela velha emoção na torcida. A partida com o Benfica, em Londres tinha tudo para ser tranquila, mas a torcida só conseguiu respirar aliviada ao fim do jogo: 2×1 para os Blues e a vaga para a semifinal da Champions League. Seguindo o calendário, o Chelsea venceu o Wigan Athletic por 2×1, empatou com o Fulham em 1×1 e goleou o Tottenham Hotspurs por 5×1 na semifinal da FA Cup. Essa partida foi um divisor de águas para o restante da temporada 2011/2012. A vitória sobre um dos maiores rivais de Londres, na competição mais antiga do mundo deu gás para os Blues buscarem a vaga, também na final da sonhada Champions League. E essa busca começou da melhor forma: 1×0 sobre o Barcelona, em Stamford Bridge. Sem aspirações na Premier League, o Chelsea só empatou (0x0) com o Arsenal e foi até a Espanha na semana seguinte. No jogo de volta, tudo indicava que o dia terminaria de forma ruim para os londrinos. Cahill saiu lesionado, Terry foi expulso e o placar estava em 2×0 para o time da casa. Mas o time de Di Matteo tinha algo que motivava a virada: o sonho de conquistar a Europa. E os 10 jogadores em campo foram na garra buscar o empate e, consequentemente, a vaga na final. De volta à Londres, vitória de 6×1 sobre o Queens Park Rangers.

Maio começou com título da FA Cup (Foto: Juara Piala/The FA)

No último mês da temporada, o Chelsea jogava a Premier League para cumprir tabela: derrota para o Newcastle (2×0). Chegou o dia da FA Cup. A vitória sobre o Liverpool (2×1) garantiu a de Di Matteo o primeiro título como treinador. Na ressaca da conquista, derrota para o mesmo Liverpool por 4×1. A Premier League dos Blues terminou com vitória sobre o Blackburn (2×1). Chegou o dia tão esperado pela nação azul: a final da Champions League. E no melhor estilo Chelsea. A final em Munique era contra o time da casa. Tomas Muller abriu o placar aos  83′. Parecia o fim do sonho, mas Didier Drogba empatou o jogo aos 87′. Prorrogação e o mesmo Drogba cometeu pênalti. Petr Cech cresceu e agarrou o chute de Arjen Robben. O jogo seguiu para os pênaltis e novamente Cech foi o diferencial. E nos pés de Drogba, o Chelsea viu o título de campeão europeu finalmente chegar a Stamford Bridge.

Vale a pena relembrar a conquista da Champions:


Era o fim de uma temporada coroada pela garra do time e pela competência de Di Matteo. Embalado com dois títulos, a segunda metade de 2012 prometia ser vitoriosa ao clube.

Segundo semestre: a queda de Di Matteo, o início da era Benítez e os tri-vices

Com o fim da temporada 11/12, o processo de renovação do elenco foi continuado. O elenco sofreu várias mudanças, como as saídas em definitivo de Salomon Kalou, Didier Drogba, José Bosingwa e Raul Meireles. Para renovar a equipe, Abramovich abriu os cofres, permitindo as contratações de Marko Marin, Eden Hazard, Kevin de Bruyne, Oscar, César Azpilicueta e Victor Moses. Alguns jogadores saíram por empréstimo, como Micahel Essien, Yossi Benayoun, Josh McEachran, Sam Hutchinson e Gael Kakuta. Já Thorgan Hazard e de Bruyne foram emprestados logo após suas contratações. Além disso, Florent Malouda, Henrique Hilário e Paulo Ferreira foram afastados do elenco principal, passando a treinar com a equipe sub-21. Ainda na pré-temporada, o então interino Roberto Di Matteo foi efetivado como treinador da equipe.

Hazard foi um dos jovens jogadores que chegou ao clube em 2012 (Foto: Getty Images)

Apesar das derrotas para o Manchester City (pela Community Shield) e Atlético de Madri (pela Supercopa da Europa), o mês de agosto foi promissor para o Chelsea. Após a falta de opções para o setor ofensivo na temporada passada, o então técnico dos Blues Roberto di Matteo decidiu deixar a equipe mais ofensiva, o que era claramente possível com as novas peças no elenco. O esquema tático foi mantido, porém o trio Hazard – Mata – Oscar aos poucos se firmava, sendo o destaque ofensivo da equipe.

Já o mês de setembro contou com a estreia do Chelsea na atual edição da Liga dos Campeões e na Capital One Cup. Após se recuperar de uma contusão, Terry esteve presente no polêmico empate sem gols contra o QPR, quando o adversário Anton Ferdinand se recusou a apertar sua mão. Depois, o zagueiro participou da audiência sobre o incidente envolvendo ele e Ferdinand, em outubro de 2011, sendo suspenso por quatro partidas, além de pagamento de multa. Após todo o processo, o capitão anunciou sua aposentadoria do English Team. Apesar da equipe ter cedido o empate na partida contra a Juventus em casa, os Blues venceram o Arsenal no primeiro clássico da Premier League na temporada.

Terry teve um ano conturbado e de muitas lesões (Foto: Getty Images)

O Chelsea passou a maior parte do mês de outubro sem contar com Terry por causa de sua suspensão. Porém o time  começou bem o mês, goleando Nordsjaelland, Norwich e Tottenham, continuando invicto na Premier League e na Liga dos Campeões. Porém, as derrotas contra Shakhtar Donetsk e Manchester United diminuíram o ritmo dos Blues. Especialmente na partida contra os Red Devils, já que em uma atuação extremamente controversa do árbitro Mark Clattenburg, o clube londrino teve dois jogadores expulsos e o gol da vitória dos adversários ocorreu de maneira irregular.

Então chegou novembro, um mês que não deixou saudades para nenhum torcedor do Chelsea, com apenas uma vitória em sete partidas. Contra o Liverpool, Terry sofreu uma lesão no joelho, ficando mais de um mês de fora dos gramados. O clube, que era líder do Campeonato Inglês, caiu para o terceiro lugar. Se o time não ia bem dentro de campo, fora dele não era diferente: Após o conflito entre o árbitro Clattenburg e Mikel, o nigeriano levou a pior e foi punido com suspensão de três jogos e multa. Pela Liga dos Campeões, o Chelsea não conseguia se firmar entre os primeiros colocados, complicando sua situação. Com a péssima sequência de jogos, Di Matteo é demitido, dando lugar a Rafael Benitez, que teve ótima passagem pelo Liverpool. Porém, ele teve um mau começo, não sendo bem recebido pela torcida.

Derrota para Juventus, somada a resultados ruins custaram emprego de Di Matteo (Foto: Getty Images)

Porém, aos poucos Benitez ia encontrando uma nova cara para a equipe, mudando algumas peças. Azpilicueta e Moses ganharam mais oportunidades como titular, enquanto David Luiz passou a jogar algumas partidas no meio-campo. Em dezembro, o Chelsea entrou na última rodada da fase de grupos da UCL precisando vencer, além de torcer por uma derrota da Juventus. O clube inglês fez sua parte, mas a vitória da Juve em Donetsk decretou a eliminação precoce dos Blues, que acabaram como o terceiro colocado na fase de grupos com a melhor campanha na história do torneio. Apesar da derrota para o Corinthians na final do Mundial, resultando na terceira final perdida no ano, o Chelsea conseguiu avançar na Capital One Cup após golear o Leeds United. Além disso, ao contrário de Di Matteo, Benitez armou a equipe tendo o Torres como principal referência ofensiva, ao invés do trio de meias. Com isso, Torres começou a marcar mais gols. Seguiram-se vitórias sobre Aston Villa, Norwich e Everton. Essa última, encerrou o ano dos Blues, que continuam na 3ª colocação da Premier League, com 4 pontos a menos que o Manchester City.

Lampard marcou gols da vitória sobre o Everton (Foto: Getty Images)

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Que 2013 traga bons frutos para o Chelsea e que mais títulos possam chegar a galeria de troféus. Pois um grande clube é feito de conquistas e o presente dos Blues merece ser mais grandioso do que seu passado recente. Que venha 2013 e que possamos estar juntos vibrando, celebrando e até mesmo chorando (de alegria ou felicidade) juntos! #Feliz2013 #FamíliaChelseaBrasil 

Produzido por: Luís Barbosa e Maria Akemi

Category: Conteúdos Especiais

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Article by: Chelsea Brasil

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