Da glória à demissão, o fim da Era Di Matteo

Italiano levou o Chelsea ao tão sonhado título da Champions League, mas não resistiu e foi demitido (Foto: Darren Walsh/Getty Images)

A quarta-feira, dia 21 de novembro começou com a notícia de que Roberto Di Matteo tinha sido demitido do Chelsea. Boa parte da torcia azul ficou surpresa com o anúncio no site oficial do clube. O italiano deixa Stamford Bridge depois da conquista da inédita Champions League e da FA Cup na temporada 2011/2012.

Mas, de acordo com a diretoria do Chelsea, os maus resultados não agradaram a cúpula azul e Di Matteo deu adeus ao clube por onde passou como jogador e treinador.

De auxiliar de Villas-Boas até a conquista da Europa

A vencedora passagem de Di Matteo pelo Chelsea teve início na temporada passada. O jovem André Villas-Boas era anunciado ao Chelsea no dia 22 de junho de 2011. Em sua primeira coletiva como treinador da equipe de Londres, Villas-Boas anunciava que Di Matteo seria seu auxiliar-técnico.

Di Matteo exerceu aquela função por 40 jogos, até que no dia 4 de março de 2012, Villas-Boas era demitido do Chelsea. Com isso, o interino “Robbie” assumia o comando dos Blues. E a missão não foi fácil. O italiano pegou um time desacreditado, à beira da eliminação na Champions League, com um jogo do replay na FA Cup e longe da classificação para a Champions League da temporada seguinte.

Villas-Boas deu lugar a Di Matteo na temporada passada (Foto: Reuters)

Sem apresentar um futebol espetacular, a equipe de Di Matteo foi vencendo um desafio de cada vez.  Norwich City, Napoli, Tottenham Hotspurs, Liverpool, Barcelona, Bayern Muncih…

Nas mãos de Di Matteo, o time apático de Villas-Boas ganhou fôlego e chegou às finais da FA Cup e da Champions League (passando pelo Barcelona em casa e no Camp Nou). Nas duas finais: as duas taças. A de Munique, mais dramática e especial para a história do clube, foi conquistada nos pênaltis.

Em pouco tempo, Di Matteo colocou seu nome, mais uma vez, na história do clube. Em seu tempo de jogador, o italiano já havia participado da geração Zola, Gullit, Vialli e conquistado a FA Cup e Cup Winner’s Cup.

FA Cup conquistada como jogador e treinador (Foto: The FA)

Efetivado, a temporada seguinte…

Com nomes como Eden Hazard, Marko Marin, César Azpilicueta o Chelsea se reforçava para a temporada 2012/2013. Jovens talentos mesclados com nomes experientes, remanescentes dos títulos em 2011/2012.

Apesar de perder as duas Supercopas que disputou – Community Shield e UEFA Super Cup – a moral de Di Matteo continua estável.  Na Premier League, um começo de temporada surpreendente: futebol ofensivo, goleador e vistoso. Mas os meses foram passando e o rendimento do time foi caindo. Derrotas, empates, mau futebol e Di Matteo foi sacado após a derrota para a Juventus, na última terça-feira.

Motivos da queda de Di Matteo

Mesmo com uma participação ativa no mercado de transferências, o Chelsea não se reforçou nos setores mais necessitados: defesa e ataque. Meias ofensivos chegaram, mas volantes, reforços para a zaga e atacantes não.

E isso ficou mais visível no mês passado, quando o Chelsea começou a cair de produção, falhando em todos os setores.

Outro motivo que afetou a estadia de Di Matteo foi a política da diretoria de não dar continuidade ao trabalho de um treinador. Assim como outros treinadores, o italiano caiu quando começou a viver má fase no clube. E à diretoria, faltou paciência para que o trabalho de Di Matteo continuasse.

Di Matteo em números

Em menos de um ano, Di Matteo encerra sua passagem como treinador com 24 vitórias, 9 empates e 9 derrotas. Nas conquistas, uma Champions League e uma FA Cup, além dos vices na Supercopa da Inglaterra e Supercopa da UEFA.

Uma vez como jogador e outra como treinador, Di Matteo escreveu de vez seu nome na história do Chelsea.

A torcida azul será eternamente grata pelos títulos (Foto: Darren Walsh/ Getty Images)

E você, leitor: o  que achou da demissão de Di Matteo? Quem é o melhor nome para assumir os Blues?

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Article by: Maria Akemi

Pernambaiana, torcedora do Chelsea desde muito tempo.