Um empate sem gols e uma vitória magra, contudo, quatro pontos importantíssimos para a sequência da temporada. O Chelsea empatou por 0 a 0 com o Brighton no meio da semana passada e no último sábado, 24, venceu o rival West Ham por 1 a 0. Sendo assim, o time azul de Londres abriu três pontos para o 5º colocado e está mais próximo da Champions League da próxima temporada. E é justamente a Liga dos Campeões que volta a ser assunto nos Blues.
O time de Thomas Tuchel irá disputar o primeiro jogo da semifinal da competição continental na próxima terça-feira, 27, às 16 horas, contra o Real Madrid, no Estádio Alfredo Di Stéfano. No final de semana seguinte, os Blues entrarão em campo contra o Fulham em mais um clássico de Londres. Desta vez, o jogo, o qual será disputado no próximo sábado, 1º de maio, às 13:30, é ainda mais especial por se tratar de um West London Derby.
Às terças-feiras, o Chelsea Brasil traz para você um Guia especial detalhando todos os rivais da semana. Nesta semana, os adversários são Real Madrid e Fulham e você pode conferir estatísticas, curiosidades e como joga a equipe rival!
Real Madrid
Enfrentar o maior campeão
Não é possível entrar em um jogo de Champions League contra o time merengue sem citar o tamanho do Real Madrid Club de Fútbol na competição. Com 13 conquistas, a equipe espanhola é o maior clube da competição e todos os seus adversários devem o respeito por estes feitos. Aliás, a base do time tricampeão, entre 2016 e 2018, ainda permanece no elenco, além do treinador Zinedine Zidane.
Até por esta experiência dos jogadores, certamente, eles irão respeitar a força do Chelsea. Por isso, a semifinal da Champions League entre as equipes será um dos grandes jogos da história dos dois clubes. São times vitoriosos, bem estruturados e que sempre buscam taças. Serão dois duelos inesquecíveis e o finalista chegará muito bem preparado.
A temporada merengue
O Real Madrid está na briga pela La Liga e na semifinal da Champions League, porém a temporada não é tão maravilhosa quanto parece, visto que a irregularidade fez parte da campanha merengue. O título do Campeonato Espanhol esteve muito distante, a possibilidade surgiu nas últimas semanas, mas o time de Zidane não aproveitou e o bicampeonato da La Liga ficou complicado.
Atualmente, o Atlético é líder da competição com dois pontos de vantagem, porém o Barcelona pode assumir a liderança com um jogo a menos. Além disso, o foco na Liga dos Campeões pode prejudicar a disputa do Madrid na competição nacional. Já na Copa do Rei, o clube passou vergonha ao ser eliminado pelo Alcoyano, equipe da 3ª divisão, na primeira fase em que disputou.
Já na Champions League, o time de Benzema e companhia fez uma campanha irregular na fase de grupos, mas está muito bem no mata-mata. O Madrid se classificou em 1º após muita luta e tropeços no grupo B. Todavia, no mata-mata, a equipe eliminou com certa tranquilidade a Atalanta nas oitavas e o Liverpool nas quartas. Agora, a tarefa é bater o Chelsea e todos sabem que será uma missão bem difícil.
Estatísticas do Real
Nos últimos anos, o Real Madrid está evoluindo bastante na marcação e, consequentemente, conta com uma defesa sólida e pouco vazada. Mesmo com diversos desfalques durante esta temporada, a equipe não sofreu gols em 19 dos 45 jogos, ou seja, o Real não foi vazado em mais de 40% das partidas em 2020/21. A atual sequência alavancou estes números, já que a defesa não sofreu gols nos últimos quatro jogos.
Felizmente para os Blues, estas últimas quatro partidas foram três empates sem gols e apenas uma vitória, isto é, o Real Madrid não vive um momento tão vitorioso. Em contrapartida, a equipe não perde um jogo desde 30 de janeiro e vem em um retrospecto muito bom: são 12 vitórias e cinco empates nesta sequência invicta.
Time de jogo grande?
Duas curiosidades fazem o Real Madrid desta temporada ser considerado um “time de jogo grande”: as derrotas improváveis e as vitórias em grandes confrontos.
A equipe perdeu oito partidas nesta temporada e as derrotas foram contra times que estão abaixo da 10ª posição na La Liga, na 3ª divisão espanhola ou é o Shakhtar-UCR, adversário mais modesto da fase de grupos da Champions. O Real perdeu apenas os jogos “improváveis”, visto que mostrou desatenção contra os times mais fracos. Os clubes que o venceram nesta temporada foram: Alavés, Alcoyano, Athletic de Bilbao, Cádiz, Levante, Valencia e, em duas oportunidades, o Shakhtar.
Por outro lado, mostrou muito talento contra os adversários mais fortes que enfrentou. Ao duelar com Atalanta, Atlético de Madrid, Barcelona, Inter de Milão, Liverpool e Sevilla, a equipe merengue conseguiu nove vitórias e dois empates em 11 duelos, ou seja, teve aproveitamento de 87,9% contra os times mais poderosos. O patamar do Chelsea é este e a temporada madrileña deixa claro que os jogadores entendem a importância de uma partida deste nível. Atenção, Blues!
Curiosidades do confronto
O “Como jogam” é produzido semanalmente e fala sobre os confrontos históricos entre o Chelsea e os seus adversários. Porém, desta vez, é necessário destacar outra curiosidade do duelo e essa questão fica “fora de campo”. Dentro das quatro linhas, o retrospecto é curto, contudo, favorável aos Blues. Três jogos foram disputados – dois pela Recopa Europeia de 1970/71 e um pela Supercopa Europeia de 1998 – e o Chelsea venceu dois jogos, além de um empate.
Negócios…
A grande questão entre os Blues e os Merengues neste século são os negócios. Em diversas oportunidades, Florentino Pérez e Roman Abramovich estiveram negociando e alguns jogadores possuem passagem pelos dois times. Nos atuais elencos, o Real Madrid conta com Thibaut Courtois e Eden Hazard, belgas que estavam no Chelsea antes de ir para a Espanha. O goleiro foi em 2018 e o ponta saiu de Londres em 2019. Por outro lado, Mateo Kovacic chegou aos Blues em 2018/19 e busca a “lei do ex”. Além dele, Marcos Alonso é ex-Real, mas o espanhol teve passagem na base do time espanhol e estava na Fiorentina antes de chegar na Inglaterra.
Além destes jogadores do atual elenco, a história mostra alguns atletas que saíram de um clube para o outro. Claude Makélélé foi o primeiro deste século e, em 2003, deixou o Real e chegou ao Chelsea. Em 2007, Arjen Robben fez o movimento contrário e foi para a Espanha. Este foi o mesmo caminho de Ricardo Carvalho em 2010 e de Michael Essien em 2012, mas o volante ganês foi apenas por empréstimo. Mais recentemente, em 2016, o espanhol Álvaro Morata deixou a sua terra natal e chegou a Londres.
Os centroavantes Gonzalo Higuaín e Nicolas Anelka também possuem Chelsea e Real Madrid no currículo, mas passaram pela Espanha no início de carreira e na Inglaterra com mais experiência, quase uma década depois.
Como joga?
A temporada pode ser resumida em duas palavras: muitas lesões. O time conviveu com diversas baixas, por inúmeras razões diferentes e Zinedine Zidane se reinventou. O treinador provou o seu talento e mudou a equipe em diversas oportunidades. Até por isso, definir “como joga” o Madrid é bem complicado, visto que as ausências permanecem e o time não terá todo o seu forte elenco à disposição.
Durante a temporada, quando alguns jogadores retornaram, aquele 4-3-3 com Casemiro, Kroos e Modric no meio-campo – trinca tricampeã da Champions – foi visto diversas vezes e o nível apresentado foi incrível. Porém, além deste tradicional esquema, Zidane implementou um 3-5-2 no Real, pois não teve em alguns momentos vários laterais.
Além das ausências e variações, outra questão que prejudica uma análise concreta sobre o estilo de jogo do Real Madrid foram as diversas mudanças de postura, principalmente nas partidas mais importantes. A equipe mostrou formas de jogo diferentes: em alguns duelos, propôs o jogo, marcou alto e incomodou o adversário; em outras oportunidades, buscou o jogo reativo, compactou a marcação e esperou o rival.
Por isso, é impossível concluir sobre qual será a postura do Real Madrid em campo, visto que Zidane tem inúmeras possibilidades e pode surpreender Thomas Tuchel na batalha tática dos comandantes.
Os jogadores
A escalação madrileña começa com um velho conhecido da torcida do Chelsea: Thibaut Courtois defende a meta e está em mais uma grande temporada. Na zaga, o Madrid ainda não conta com o capitão Sergio Ramos, mas existe uma possibilidade do ídolo da equipe retornar de lesão no jogo da volta. Por isso, Éder Militão e Raphael Varane, atletas que vivem ótima fase, estarão juntos na defesa. Nas laterais, após muitos problemas na temporada, Dani Carvajal voltou ao time titular e jogará pela direita. Na esquerda, Ferland Mendy está fora, Marcelo está sendo utilizado mais adiantado e Zidane deve optar pelo polivalente Nacho Fernández. Mesmo sendo zagueiro, o atleta surpreende no campo ofensivo.
Já no meio-campo, a trinca titular dispensa comentários: Casemiro, Toni Kroos e Luka Modric formam um dos maiores trios da “meiuca” da história do futebol. Casemiro “carrega o piano” e fica responsável pela marcação. Kroos dita o ritmo e acelera as jogadas do Madrid. Já Modric é um jogador que vai de área a área e, mesmo com a idade avançada, surpreende pelo seu vigor físico. Um trio de craques que faz o Real dominar e se impor em alguns jogos.
No ataque, contam com várias opções, mas um trio colocou a equipe na semifinal: Marco Asensio, Karim Benzema e Vinicius Jr. O jogador espanhol, Asensio, atua pela direita, como um meia armador ofensivo e chega bastante no meio, abrindo o corredor direito para as subidas do lateral e de Modric. Já o ponta brasileiro tem muita velocidade, habilidade e facilidade no um contra um. Deixar Vinicius Jr. no mano a mano no lado direito da defesa é um erro que o Chelsea não deve cometer.
O destaque
Para encerrar, é importante dar um destaque maior para o grande jogador da temporada merengue: Karim Benzema. Autor de 27 gols no ano e com uma inteligência rara no futebol, o francês se movimenta bastante, municia os seus companheiros e é um camisa 10 usando o número 9. Olho nele!
A escalação
Fede Valverde, Lucas Vázquez, Mendy e Ramos não estarão disponíveis nesta terça. Em contrapartida, o Real Madrid contará com um craque que ainda não despontou por causa de lesões: Eden Hazard. O ídolo dos Blues, estará à disposição e a tendência é que comece no banco. Por isso, Zidane deve mandar a campo a escalação com Courtois, Carvajal, Militão, Varane e Nacho; Casemiro, Kroos e Modric; Asensio, Benzema e Vinicius Jr.
Tentar evitar o domínio do meio-campo do Real Madrid é a melhor maneira de impedir que o time jogue. O trio de meio-campistas e Benzema são as peças-chaves desta equipe e não ganharam a Champions League por três ou quatro vezes “à toa,” sendo um time qualificado, perigoso e surpreendente.
Fulham
West London Derby
São seis equipes de Londres na Premier League, ou seja, 30 clássicos da capital são disputados. Porém, nenhuma rivalidade é tão próxima como a de Chelsea e Fulham. Como exemplo, o Stamford Bridge e o Craven Cottage ficam separados por apenas 2,5km. Os torcedores estão sempre conectados e o clássico mexe com o Oeste de Londres. Neste próximo sábado, 1º de maio, os rivais irão se encontrar em posições bem diferentes na tabela.
Enquanto os Blues conseguiram se fixar no G-4, o Fulham busca uma improvável arrancada nas rodadas finais para permanecer na Premier League. Os Cottagers estão na 18ª posição, conquistaram apenas 27 pontos em 33 jogos e são favoritos para o rebaixamento logo na temporada seguinte ao acesso.
O time vive um momento muito ruim: perdeu quatro dos últimos cinco jogos e venceu apenas uma partida nas últimas oito vezes que entrou em campo. O Fulham não atuou no último final de semana e o jogo derradeiro aconteceu em 18 de abril, em outro clássico de Londres, onde o Fulham empatou por 1 a 1 com o Arsenal.
Estatísticas e curiosidades
A equipe comandada por Scott Parker venceu apenas cinco jogos e é o 2º time com mais empates no Campeonato Inglês: são 12 placares iguais. Além disso, possui o segundo pior ataque, pois marcou somente 25 gols em 33 jogos.
Uma estatística diferente é que o clube é o pior mandante e apenas o quinto pior visitante, ou seja, conquistou mais pontos fora de casa. Infelizmente para a torcida azul, o Fulham será visitante e tem mais confiança longe do Craven Cottage: 17 dos 27 pontos foram conquistados longe do seu lar.
Porém, dois levantamentos de dados evidenciam ainda mais o favoritismo do Chelsea no confronto: o aproveitamento do seu rival em clássicos e nos jogos contra o Big Six. Cada equipe de Londres disputa dez clássicos na Premier League – são seis times, ou seja, cinco confrontos em cada turno -, e o Fulham está indo para o 10º derby com um rendimento terrível. Nos nove duelos já disputados, o Fulham não venceu, empatou quatro vezes e perdeu em cinco oportunidades, isto é, um aproveitamento de 14,8% frente aos seus vizinhos.
Já contra o grupo dos times mais poderosos da Inglaterra, somou apenas cinco pontos, mas arrancou uma importantíssima vitória diante do Liverpool. Em resumo, os Cottagers venceram um jogo, empataram três partidas e perderam seis vezes em dez duelos, ou seja, apenas 20% de aproveitamento.
Histórico do confronto
Mesmo sendo um duelo bem antigo – o primeiro jogo aconteceu em 1910 -, o retrospecto do clássico não passou dos 100 confrontos, visto que os times estiveram em patamares diferentes durante muitas temporadas. O histórico indica que foram realizados 86 jogos, onde os Blues venceram 49 partidas, houve 26 empates e os Cottagers venceram somente 11 duelos na história.
Em uma análise mais recente, a supremacia do Chelsea fica evidente: são seis vitórias consecutivas no confronto. Porém, ao fazer um recorte maior, os Blues ficam ainda mais dominantes no clássico: a última vitória do Fulham aconteceu em março de 2006 e foi a única nos últimos 40 anos. Ao analisar o confronto desde 1980 até 2021, o Chelsea venceu 25 vezes, houve 13 empates e um único triunfo do Fulham. Portanto, existe uma “paternidade” no clássico, pois não é normal uma equipe vencer um derby em 41 anos.
Um encontro marcante dos rivais aconteceu em 2002, quando John Terry, ainda bem jovem, com 21 anos, fez o gol da classificação para a final da FA Cup. Chelsea e Fulham se enfrentaram em 14 de abril daquele ano, em jogo válido pela semifinal da Copa da Inglaterra e os Blues venceram por 1 a 0. Claudio Ranieri era o treinador do time azul, o qual entrou em campo com Carlo Cudicini, Mario Melchiot, Marcel Desailly, John Terry e Graeme Le Saux; Jesper Gronkjaer, Frank Lampard, Emmanuel Petit e Mario Stanic; Eidur Gudjohnsen e Jimmy Floyd Hasselbaink.
Jogo anterior
Como destacado no recorte acima, o Chelsea vem em uma sequência de seis vitórias consecutivas no duelo, mas o último triunfo foi bem apertado e os Blues venceram com um gol já na reta final. Em 16 de janeiro, os rivais se encontraram no Estádio Craven Cottage e o time azul de Londres, ainda treinado por Frank Lampard, venceu por 1 a 0.
O Chelsea teve amplo domínio da partida e isso foi possível analisar nas estatísticas: os Blues tiveram 70% de posse de bola e finalizaram 21 vezes, contra apenas 10 do Fulham. A questão é que a equipe de Lampard acertou só seis vezes o alvo e teve dificuldade para abrir o placar. Porém, o seu jogador mais regular na temporada, Mason Mount, decidiu a partida.
Após acertar o travessão no primeiro tempo, o meio-campista fez um importante gol. Aos 33 do 2º tempo, o Chelsea, equipe que estava com um jogador a mais desde 44 do 1º tempo, conseguiu abrir o placar depois de cruzamento da direita de Hudson-Odoi e, na sequência, cruzamento da esquerda de Ben Chilwell. As duas tentativas não deram certo, mas o goleiro Alphonse Aréola rebateu o cruzamento do lateral-esquerdo e deu no pé de Mason Mount. Dentro da pequena área, o camisa 19 bateu forte e rasteiro. Um chute indefensável que valeu uma vitória no derby.
https://www.youtube.com/watch?v=Nw5xWW-MiCQ
Como joga?
O Fulham conta com um treinador conhecido pela torcida do Chelsea. O ex-meia Scott Parker é técnico do time de Londres desde 2019 e teve uma passagem pelos Blues em 2004. A equipe, que havia se tornado milionária recentemente, contava com Frank Lampard e Claude Makélélé no meio-campo e Parker atuou em apenas 15 partidas. Por isso, Scott saiu no meio da temporada 2004/05, ou seja, não foi campeão da Premier League daquela temporada. Devido à sua passagem apagada, o treinador deve tentar colocar a “lei do ex dos técnicos” em ação para vencer o Chelsea.
O treinador que comanda o Fulham está próximo de mais um rebaixamento, já que o mesmo aconteceu em 2018/19, mas naquela oportunidade ele assumiu no fim da campanha. Mesmo com um elenco mais modesto e com a necessidade de conquistar pontos, o Fulham não abandonou a sua forma de jogar e tentou impor o jogo contra vários adversários. Como exemplo disso, a equipe de Londres conseguiu ter melhores números que os rivais em finalizações e na posse de bola em 10 das últimas 15 partidas.
Além de buscar ter a bola e finalizar bastante, os comandados de Scott Parker tentam se impor fisicamente, a fim de dominar espaços. Obviamente, as suas ideias não são tão bem executadas e isso pode ser visto na tabela com a 19º colocação, mas é possível destacar algumas partidas surpreendentes neste modelo de jogo: a vitória frente ao Liverpool é um bom exemplo.
Os jogadores
A escalação começa com um jogador que atuou em 32 das 33 partidas do time na temporada: Alphonse Aréola. O goleiro francês pertence ao PSG, passou pelo Real Madrid e é um dos destaques da equipe. O capitão Joachim Andersen e Tosin Adarabioyo fazem a dupla de zaga, a qual se torna uma trinca no momento ofensivo ao contar com Ola Aina, lateral defensivo. Na teoria, Aina deve jogar na direita e Antonee Robinson na esquerda, usando o seu talento ofensivo. Porém, se estiver recuperado da COVID-19, Kenny Tete é uma opção mais defensiva para a ala-direita e, desta maneira, Ola Aina seria remanejado para a esquerda.
No meio-campo, o Fulham deve entrar com um trio de meio-campistas bem parecidos. Harrison Reed, Mario Lemina e Zambo Anguissa são três meio-campistas que atacam e defendem. Além disso, os três atletas trocam bastante de posição e revezam na subidas ao ataque, principalmente quando Antonee Robinson está jogando, visto que o ala ataca com intensidade. Analisando que os Cottagers devem defender mais que atacar, ter os três atletas no meio-campo deve dar uma segurança maior.
Já na parte mais ofensiva, o Fulham não poderá contar com Ruben Loftus-Cheek, jogador que foi titular em dois dos últimos três jogos, já que o inglês pertence ao Chelsea. Por isso, Scott Parker tem Ademola Lookman e Ivan Cavaleiro com “cadeiras cativas”. Lookman atua pela esquerda e Ivan Cavaleiro joga com muita liberdade e depende do último companheiro para se fixar em alguma posição. Caso o Fulham coloque Josh Maja – a opção mais provável – ou Aleksandar Mitrovic – ambos são centroavantes -, Cavaleiro irá jogar mais pela direita. Em contrapartida, se o escolhido for o ponta-direita Bobby Reid, Ivan Cavaleiro terá liberdade no centro e flutuará no campo ofensivo.
A escalação
Com algumas dúvidas, Scott Parker irá colocar em campo a sua força máxima, a fim de usar o clássico para motivar a equipe para uma arrancada muito improvável, contudo, possível na matemática. Por isso, deve entrar em campo com Aréola; Aina, Andersen, Adarabioyo e Robinson; Reed, Anguissa e Lemina; Ivan Cavaleiro e Lookman; Maja.
Variando de um 3-4-3 ofensivo para um 4-5-1 defensivo, o Fulham não é uma das equipes mais perigosas do campeonato, mas requer atenção. O time está em busca apenas da vitória e o jogo de sábado pode ser uma chance de ressurgir. O clássico vale muito para o aguerrido time e a imposição física deve ser marcante desde o primeiro minuto.