Antes de mais nada, o torcedor do time azul deseja que a confiança adquirida nesse momento da temporada seja colocada em campo nestas duas finais do mês de maio. A primeira decisão irá acontecer neste fim de semana. Primeiramente, no sábado, 15, às 13:15, o Chelsea duela com o Leicester, no Wembley, e o clube vencedor irá erguer a taça de campeão da FA Cup de 2020/21. É hora da verdade para os Blues e para os Foxes!
Além desta decisão, uma grande coincidência irá fazer com que os times se enfrentam duas vezes em três dias. Na terça-feira, 18, o Stamford Bridge irá receber Chelsea e Leicester, mas, desta vez, a partida é válida pela Premier League. O jogo da 37ª rodada do torneio nacional acontecerá às 16:15.
O Chelsea Brasil traz para você um Guia especial detalhando todos os rivais da semana. Excepcionalmente, nesta oportunidade, o adversário de duas partidas consecutivas é o Leicester e você pode conferir estatísticas, curiosidades e como joga a equipe rival!
O melhor time fora do Big Six há anos
O Leicester já se consolidou como um dos times mais fortes da Premier League. Após o surpreendente título de 2015/16, os Foxes venderam alguns dos seus destaques – N’Golo Kanté e Riyad Mahrez deixaram o time – e, mesmo assim, o time seguiu incomodando os rivais mais poderosos. Eles são considerados por muitos como o melhor time fora do Big Six há algumas temporadas e está em um ótimo ano, novamente.
Na última temporada, fez ótima campanha, mas deslizou após a pausa para a pandemia e acabou perdendo a vaga para a Champions League desta temporada.
Atualmente, o time de Brendan Rodgers está em 3º na Premier League, ou seja, está próximo da classificação para a Liga dos Campeões. Também passou boa parte do Campeonato Inglês entre os quatro times mais fortes e está na final da FA Cup, a qual irá disputar com o Chelsea neste final de semana. A temporada pode ser maravilhosa, visto que um título inédito da mais tradicional copa inglesa e uma classificação para a Champions marcaria este elenco.
A importância dos dois duelos
No sábado, 15, os times se enfrentam pela decisão da FA Cup e a equipe que vencer irá soltar o grito de “É campeão”. Para o Leicester, trata-se de um título nunca conquistado, enquanto para o Chelsea é a possibilidade de conquistar duas copas neste mês de maio, já que o time de Londres está na final da Champions League.
Três dias depois, na terça-feira, 18 de maio, os rivais se reencontram pela Premier League. Um dos times estará “rindo à toa” com o título do final de semana, enquanto o rival estará “mordido” pelo vice-campeonato. Além deste ingrediente especial, o jogo é muito importante pela possibilidade de ser o jogo da classificação para a Champions League da temporada 2020/21.
Atualmente, o Leicester está em 3º com 66 pontos e o Chelsea é o 4º com 64 tentos. Dependendo dos resultados do final de semana, as duas equipes irão entrar na partida da Premier League com a classificação bem ameaçada ou praticamente definida. Esta situação depende dos rivais Liverpool e West Ham, equipes que jogam nesta quinta, 13, e no fim de semana.
Duas curiosidades perigosas
Duas curiosidades deixam o Leicester ainda mais perigoso: a equipe venceu a maioria dos jogos contra o Big Six nesta temporada e, longe de casa, o time de Brendan Rodgers costuma ter mais sucesso.
Contra os clubes mais poderosos da Inglaterra, os Foxes mostraram as suas forças. A equipe se posicionou nos duelos mais complicados e cada dia mais ganha força dentro do país. Os Foxes disputaram doze jogos frente ao Big Six nesta temporada e venceu em sete oportunidades, ou seja, mais da metade dos confrontos. Nestes duelos, houve um empate e o Leicester perdeu quatro vezes. É importante destacar que, nas quartas de final da FA Cup, o time do leste da Inglaterra bateu o Manchester United por 3 a 1.
Outra questão importante é que eles são um visitante bem indigesto. Na Premier League, a equipe de Jamie Vardy conquistou mais pontos longe do seu lar do que dentro do King Power Stadium: são 38 pontos conquistados fora de casa e apenas 28 no seu estádio. E os dois confrontos frente ao Chelsea serão disputados em Londres, ponto que alegra os torcedores do Leicester devido às estatísticas acima. A final do dia 15 será disputada no Wembley, em campo neutro, e o segundo jogo, já pelo Campeonato Inglês, acontecerá no Stamford Bridge, pois o Chelsea é o mandante.
As finais de FA Cup das equipes
Chelsea e Leicester irão decidir a FA Cup nesta tarde de sábado e não é uma simples final, visto que trata-se da competição mais antiga do futebol mundial. A Copa tem muita tradição, importância e é um dos títulos mais visados pelas equipes inglesas. E esta final marcará o encontro do 3º maior campeão da competição com o time que mais vezes foi vice-campeão sem levantar a taça.
Ao olhar a tradição, o time de Londres é amplamente favorito. O Chelsea venceu a FA Cup em oito oportunidades (1970, 1997, 2000, 2007, 2009, 2010, 2012 e 2018) e foi vice em outras seis vezes (1915, 1967, 1994, 2002, 2017 e 2020) , ou seja, esta será a 15ª final disputada pelos Blues. O time inglês é o 3º maior campeão da competição e, em caso de conquista, empata com o rival Arsenal como os clubes que mais ganharam a competição no novo milênio. Desde 2000, os Gunners levantaram sete taças e o Chelsea busca este sétimo título no próximo sábado.
Já o Leicester ostenta o dramático fato de ser a equipe sem títulos da FA Cup que mais vezes “bateu na trave”. O clube foi vice em quatro oportunidades (1949, 1961, 1963 e 1969) e voltou a uma decisão da Copa da Inglaterra após 52 anos. O time do leste inglês é o time que mais vezes disputou a final da FA Cup sem nunca ter conquistado e, certamente, os Foxes querem apagar esta escrita com um título na 5ª final disputada.
Histórico do confronto
O retrospecto indica um amplo domínio do Chelsea nos 118 duelos entre as equipes. Em resumo, os Blues venceram 57 jogos – quase metade das partidas -, houve empate em 34 oportunidades e o Leicester bateu o rival somente 27 vezes.
Pela Premier League, competição que os times irão se enfrentar na próxima terça-feira, 18, as equipes duelaram 29 vezes. O clube de Londres venceu 14 partidas, enquanto os Foxes saíram vitoriosos em seis oportunidades. Os outros nove confrontos terminaram em empate.
Já na FA Cup, torneio que os rivais irão decidir neste sábado, 15, o Chelsea carrega um histórico invicto frente ao Leicester. As equipes se enfrentaram em sete mata-matas desta copa (1920, 1946, 1997, 2000, 2012, 2018 e 2020) e os Foxes nunca se classificaram. Como houve dois replays, foram nove duelos disputados na Copa da Inglaterra e o Chelsea venceu sete, além dos dois empates que forçaram o jogo extra.
Além deste imenso domínio, outro fato histórico anima a torcida londrina na final: os times se enfrentaram em uma decisão e o clube de Londres ergueu a taça de campeão. Em 15 de março e 5 de abril de 1965, Chelsea e Leicester decidiram a Copa da Liga Inglesa daquela temporada e a equipe azul da capital foi campeã após vencer o 1º jogo por 3 a 2 e apenas empatar sem gols na partida de volta.
Jogo anterior
A importância da derrota para o Chelsea
Em 19 de janeiro de 2021, Chelsea e Leicester se enfrentaram e o jogo marcou a temporada dos Blues pela derrota. Sim, o triunfo dos Foxes por 2 a 0 no 1º turno do Campeonato Inglês foi importantíssimo para o fim de temporada da equipe de Londres.
Aquela partida foi o último jogo de Premier League de Frank Lampard no comando e, para muitos, a razão final para a demissão. O ídolo inglês esteve no jogo do meio de semana seguinte, contra o Luton Town, venceu a partida, mas foi demitido logo em seguida.
Thomas Tuchel assumiu a área técnica após a demissão de Lampard e o resto é, literalmente, história.
O jogo em si
É necessário valorizar a boa atuação do Leicester no último e único jogo entre as equipes na atual temporada. O Chelsea teve domínio da posse de bola, mas os Foxes acertaram o alvo em seis de oito finalizações e estiveram tranquilos em busca da vitória desde o início da partida.
Aos 6, após cobrança curta de escanteio, Marc Albrighton fez o toque para o meio, Harvey Barnes furou e a bola sobrou para Wilfred Ndidi. O volante nigeriano estava livre, dentro da meia-lua, e acertou um lindo chute de perna esquerda. A bola ainda bateu na trave e o goleiro Edouard Mendy não conseguiu fazer nada. O Leicester seguiu em cima e aos 16 quase marcou em um chute de James Maddison que bateu no travessão.
O Chelsea teve um pênalti marcado aos 37, mas a falta foi feita fora da área, o árbitro revisou e Mason Mount cobrou a infração para fora. Cinco minutos depois, após belo lançamento de Albrighton e falha da defesa dos Blues, Maddison esperou a saída do goleiro adversário e bateu no canto esquerdo de Mendy: 2 a 0 no fim do 1º tempo.
A 2ª etapa não contou com muitos lances importantes e o Chelsea não conseguiu reagir. Timo Werner e Albrighton marcaram gols nos 45 minutos finais, mas estes tentos foram, corretamente, anulados pela arbitragem. Enfim, 2 a 0 para o Leicester em janeiro de 2021.
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Como joga?
Na última partida, o time venceu o Manchester United em Old Trafford. Contudo, algumas características do desempenho dos Foxes contra os maiores clubes chamam a atenção.
Na maioria das partidas, o Leicester é amplamente dominante, finaliza muito mais do que o adversário, além de ter a posse da bola. Como exemplo, nas últimas cinco partidas, o time teve posse de bola com média de 64,8% e finalizou 90 vezes, ou seja, 18 de média por partida. A equipe impõe o seu jogo, todavia isso não acontece sempre.
Contra o Big Six, tem bons números e pontua bastante, como destacado anteriormente, mas não consegue impor a sua forma de jogo. Nos últimos cinco duelos frente às equipes mais poderosas, os Foxes tiveram menos posse de bola em todas e finalizaram mais em apenas duas oportunidades – ambas contra o Manchester United.
Os jogadores
Durante a temporada, o Leicester passou por alguns problemas físicos e se adaptou ao 3-4-1-2, esquema que aparenta ser o ideal para o consistente elenco dos Foxes. A escalação começa com Kasper Schmeichel, ótimo goleiro que tem 11 clean sheets na PL – 4º melhor nesta estatística. Na defesa, o jovem e talentoso Wesley Fofana tem a companhia do experiente Jonny Evans e do artilheiro da última partida, Caglar Söyüncü, autor do gol da vitória sobre o Manchester United. Uma trinca de defensores alta, bem postada e com talento.
Nas alas, conta com Timothy Castagne como titular indiscutível e existe uma dúvida na esquerda. Luke Thomas foi titular nos últimos jogos, marcou um belo gol contra o United e está evoluindo, porém tem apenas 19 anos e pode ser substituído por Ricardo Pereira. O ala-direita português, que também atua pela esquerda- ou Castagne joga do outro lado -, tem muita habilidade, mas sofreu bastante com lesões nesta temporada.
No meio-campo, Wilfred Ndidi e Youri Tielemans se completam e estão em ótima temporada. O nigeriano é mais marcador e o belga chega mais na área adversária, dando ritmo ao time e conectando defesa ao ataque. Na armação, James Maddison tende a ser o titular, visto que está se recuperando de lesão há algumas semanas. O inglês é o craque do Leicester, mas, se não estiver 100%, Ayoze Pérez deve ganhar mais uma chance.
Finalmente no ataque, a temporada do Leicester ficará marcada por um caso surpreendente: a ascensão de Kelechi Iheanacho. O atacante está muito bem em 2021, é o artilheiro da equipe na temporada com 18 gols e se encaixou ao lado do lendário Jamie Vardy. É notável que o centroavante inglês adora marcar gols contra o Big Six: são 43 gols e 13 assistências em 86 jogos.
A escalação
Como é possível analisar ao ver os feitos da equipe, trata-se de um dos times mais organizados da temporada. O Leicester chegou nesta reta final em 3º colocado da PL, finalista da FA Cup e com passaporte para a Champions League praticamente carimbado devido à sua consistência. Em meio a diversas variações – mais reativo ou mais impositivo, dependendo do confronto -, estiveram bem durante toda a temporada 2020/21.
Por fim, o treinador Brendan Rodgers terá algumas dúvidas, principalmente na ala-esquerda e na escalação do armador, já que James Maddison não está 100%, aparentemente. Mesmo assim, o Leicester deve entrar em campo com Schmeichel; Fofana, Evans e Söyüncü; Castagne, Ndidi, Tielemans e Luke Thomas; Maddison; Vardy e Iheanacho.