Como Joga: Everton Women é o adversário do Chelsea neste domingo

Depois da derrota para o Arsenal na abertura do campeonato, no último final de semana, o Chelsea Women recebe o Everton em Kingsmeadow. Então, Emma Hayes e as jogadoras terão que superar a frustração da rodada passada para conquistar os três pontos em casa. O confronto terá início às 8h30 no horário de Brasília neste domingo (12). A partida é válida pela 2ª rodada da FA Women’s Super League e terá transmissão no FA Player e no Star+ (serviço de streaming dos canais Disney).

De pronto, na véspera de cada jogo das Blues, o Chelsea Brasil, assim como faz com o masculino, traz para você um guia especial detalhando as adversárias. Este é o momento para conferir estatísticas, curiosidades e como joga a equipe rival!

Jogo chave para as equipes

Da mesma forma que o Chelsea Women, o Everton perdeu na estreia do campeonato. Em pleno Goodison Park, o Manchester City derrotou as donas da casa com autoridade pelo placar de 4-0. Nesse sentido, as Toffees viajam para Londres em busca dos três pontos, para mudar o momento neste início de temporada.

Sendo assim, ambas as equipes vão ao confronto para vencer. Além disso, Everton e Chelsea ainda buscam aumentar o ritmo de jogo para o resto da temporada. Definitivamente, o confronto deste domingo tem tudo para ser bastante intenso e movimentado, tanto por parte das defesas como dos ataques. Ainda mais levando em conta que as Toffees são sempre eficientes em segurar o ataque das Blues até o limite do possível.

A última temporada

O Everton foi uma grande surpresa para o campeonato na temporada 2020/21. Ainda mais tendo um time mais consolidado e com o treinador Willie Kirk em sua segunda temporada no clube. Nesse sentido, as Toffees fizeram sua melhor campanha na FA WSL, terminando na quinta colocação.

Durante as 22 rodadas foram nove vitórias, cinco empates e oito derrotas. Como resultado, somaram 32 pontos. Além disso, marcaram 39 gols enquanto sofreram 30.

Na Continental Cup, as Toffees fizeram uma campanha abaixo do esperado. Com apenas seis pontos e saldo de gols nulo na fase de grupos da competição, elas não conseguiram se classificar para as quartas de final. Da mesma forma, foram eliminadas pelo Chelsea na quinta rodada da FA Women’s Cup. Em suma, o Everton ficou de fora das fases finais das duas copas disputadas no futebol feminino inglês.

Histórico do confronto

Nas últimas duas temporadas, Everton e Chelsea tem se enfrentado um número considerável de vezes. Em especial nas copas nacionais. Se em 2020, as Toffees eliminaram as Blues ainda nas quartas de final, no ano seguinte o Chelsea retribuiu a eliminação.

Nesse sentido, são 18 partidas entre as equipes com 10 vitórias do Chelsea, 7 vitórias do Everton e apenas um empate. Além disso, a média de gols é de 3,17 por jogo. No entanto, o que se percebe é que grande parte desses gols foram feitos na meta do Everton. Em outras palavras, enquanto as Blues não levaram gols em 44% dos confrontos, a defesa das Toffees não foi vazada em apenas 17% das partidas entre as equipes.

Assim, levando em conta os últimos cinco enfrentamentos entre as equipes, o Chelsea marcou 13 gols enquanto o Everton vazou a defesa das Blues apenas duas vezes.

Pernille Harder em jogo contra o Everton na última temporada (Créditos/Reprodução: Chelsea FC)

Apesar dessa grande diferença no número de gols, o Everton consegue segurar bem o ataque do Chelsea e chega com perigo na meta das Blues por diversas vezes. Em outras palavras, a marcação em linha alta e a grande pressão do ataque do Chelsea eventualmente furam a defesa das Toffees. Porém, isso não acontece logo de cara nas partidas, mas sim depois de algumas chegadas e conforme o jogo vai esquentado.

Para esta temporada, Willie Kirk segue comandando do banco de reservas e trará consigo muitos novos nomes que chegaram ao Everton na janela de verão. Dentre eles a promessa sueca Hanna Bennison, além da meia Aurora Galli e da defensora Nathalie Bjorn. Dessa forma, as Toffees buscam fazer barulho e desafiar Arsenal, Chelsea e City. Pelo menos por uma vaga na UEFA Women’s Champions League.

O último encontro

A última partida foi em maio de 2021 e fechou a temporada 2020/21 para ambas as equipes. O confronto foi válido pela FA Women’s Cup, em Kingsmeadow, as Blues venceram por 3-0 e eliminaram o Everton da competição. Guro Reiten, Sam Kerr e Drew Spence marcaram para garantir a vitória das donas da casa.

Após um início de jogo morno com as duas equipes criando chances, Reiten abriu o placar para as Blues. A camisa 11 do Chelsea recebeu um passe de Sam Kerr na entrada da área e chutou no canto inferior direito da goleira. Logo depois, a goleira do Everton fez duas importantes defesas em sequência para impedir que o Chelsea ampliasse o placar.

Ainda antes do intervalo, Bethany England marcou de cabeça. No entanto, a atacante estava impedida e o gol foi anulado. Assim, as equipes foram para o vestiário ainda com o placar de 1-0.

Na volta para a etapa complementar, as Blues buscaram criar mais chances e pressionar mais ofensivamente. Porém, a goleira das Toffees, Sandy MacIver, trabalhou bastante para evitar que o placar fosse ampliado.

Apenas aos 31 minutos do segundo tempo o placar foi alterado. Sam Kerr aproveitou o erro da defesa do Everton, dominou a bola na pequena e acertou um chute forte na parte superior do gol. Então, com um placar de 2-0 as Blues já estavam bem encaminhadas para avançar na FA Cup. Enfim, 10 minutos depois, Drew Spence marcou o terceiro gol das Blues.

Acima de tudo, o confronto consagrou a classificação do Chelsea para a próxima fase da Copa. Bem como decretou o final da temporada 2020/21 com uma vitória importante.

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Como joga?

Willie Kirk assumiu o comando do Everton em dezembro de 2018, em um momento bastante delicado para as Toffees. Seu primeiro desafio, então, foi garantir a permanência do clube na primeira divisão da FA WSL. E assim ele fez. Acima de tudo, conseguiu isso ao mesmo tempo que ajudou no desenvolvimento das peças de seu elenco e do coletivo como um todo.

Durante as temporadas 2019/20 e 2020/21, o escocês buscou promover mais seu estilo e filosofia de jogo ofensivas. Porém, entendendo que ainda existia uma lacuna do Everton para os três times mais fortes no cenário do futebol feminino inglês atual: Arsenal, Chelsea e Manchester City. Nesse sentido, a ofensividade promovida por Kirk se mostra diferente dependendo do adversário ou até mesmo do momento do jogo.

Quando há um favoritismo para o lado do Everton, o time busca dominar a posse de bola e fazer isso de forma objetiva. Ou seja, dominar a partida para chegar ao ataque com mais facilidade e criar mais chances claras de gol.

Por outro lado, quando o favoritismo está do lado dos adversários o ataque se organiza de forma diferente. Ainda mais porque não há um domínio claro na posse de bola. Logo, a objetividade segue sendo central. Porém, o foco é na construção de contra-ataques rápidos que peguem a defesa adversária desprevenida.

Em suma, desde que Kirk assumiu o Everton vêm terminando as temporadas em colocações cada vez mais altas. Mais que isso, fez sua melhor campanha da história em 2020/21. A expectativa é que o cenário de melhora e evolução se mantenha e o jogo contra o Chelsea é uma das chaves para que isso se concretize.

Resultados recentes

Nesse sentido, o time terminou a pré-temporada com 100% de aproveitamento e com desempenhos bastante sólidos. Apenas no primeiro jogo oficial, as Toffees acabaram tropeçando em casa para as atuais vice campeãs da FA WSL. Em síntese, os resultados foram:

  • 08/08: Everton 4 x 0 Blackburn Rovers (Pré-temporada)
  • 15/08: Everton 6 x 1 Brighton (Pré-temporada)
  • 21/08: Aston Villa 1 x 3 Everton (Pré-temporada)
  • 28/08: Hibernian 0 x 2 Everton (Pré-temporada)
  • 04/09: Everton 0 x 4 Manchester City (FA WSL)

As vitórias convincentes nos amistosos de pré-temporada são indícios do que o Everton pode performar durante a temporada. Apesar da derrota para o City, as entradas de Bennison e Claire Emsley na volta para o segundo tempo do jogo deram um dinamismo maior às Toffees. Assim como ressaltaram aspectos positivos na construção de jogadas pelo time. Ainda mais no último terço do campo.

Dessa forma, a tendência é que com o passar do campeonato Willie Kirk consiga integrar o time e tirar o máximo de todo o elenco. Em especial daquelas que chegaram na última janela, que foi muito movimentada para o clube. Por mais que esse processo possa não ser imediato, é muito provável que o Everton entre na briga pelos títulos do futebol nacional e quiçá do futebol europeu.

Novos nomes em Liverpool

Em primeiro lugar, o setor defensivo das Toffees ganhou alguns reforços. A goleira irlandesa Courtney Brosnan chega para ser reserva de MacIver. Além dela, dois nomes importantes desembarcaram para reforçar a zaga. Leonie Maier trocou Londres por Liverpool, para atuar na defesa do Everton. Acima de tudo, a alemã já é habituada ao futebol inglês, o que com certeza é positivo.

Nathalie Björn é outra novidade na zaga. Apesar da juventude, a defensora é bem madura e tem tudo para evoluir ainda mais em um campeonato como a FA WSL. Juntamente com Björn, chegaram mais duas suecas: a atacante Anna Anvegard e uma das grandes promessas do futebol feminino na atualidade, Hanna Bennison. Assim, há grandes chances de as três jogarem juntas tanto pelo clube como pela seleção, o que representa uma oportunidade de entrosamento ainda maior entre elas. Acima de tudo, pode ser uma grande oportunidade para o futuro do clube.

Além de Bennison, o meio campo terá mais duas novidades: Kenza Dali e Aurora Galli. Dali é mais uma que chega já habituada ao futebol inglês, vinda do West Ham. Por outro lado, Galli vem do futebol italiano e é sua primeira vez jogando fora do seu país de origem.

As meias terão função essencial para o time, participando ativamente da construção das jogadas. Assim como avançando para o terço final do campo. Em síntese, serão essenciais para a proposição e controle de jogo por parte das Toffees.

Por fim, a atacante Toni Duggan também se junta ao elenco. A inglesa iniciou sua carreira no clube e volta depois de quatro temporadas no futebol espanhol. Com experiência, é uma boa adição a um elenco que está em momento de renovação. Não só pelas performances dentro de campo, mas também pela liderança que representa no vestiário.

Provável escalação e expectativas

É provável que Kirk mantenha sua formação em um 5-3-2 e aposte nas mesmas jogadoras que iniciaram o jogo da rodada de estreia. Então, o Everton devem entrar em campo com: MacIverSeveckeBjornFinnigan, George TurnerDali, Galli e ChristiansenDuggan e Anvegar.

Assim, o Everton ainda terá no banco jogadoras fortes como Bennison e Emsley. Além de Lucy Graham, Valérie Gauvin e Nicoline Sorensen. Com isso, mesmo com substituições o nível do time se mantém alto e as suplentes disponíveis ainda conseguem aumentar o dinamismo do jogo, como aconteceu na abertura do campeonato.

Com as muitas novidades no elenco e as saídas de peças importantes, o time ainda precisa de algum tempo para se entrosar. Bem como para ganhar ritmo de jogo, visto que o time só fez um jogo oficial na temporada.

Mesmo que ainda haja uma falta de ritmo, as Toffees contam um elenco forte e atraem grande atenção e expectativas para como irão jogar durante as competições. Acima de tudo, vão em busca da vitória para garantir os três pontos e espantar o susto da rodada passada.

Nesse sentido, a linha defensiva com cinco jogadoras vai dar muito trabalho para as meias e atacantes do Chelsea. As blues terão que ser pacientes para furar a defesa e vão ter que jogar com inteligência. Ou seja, procurando espaços e se aproveitando de possíveis falhas das defensoras.

Por outro lado, a defesa do time de Emma Hayes deverá ter cuidado com sua linha de marcação alta, que já foi bem explorada e exposta pelo Arsenal na semana passada. Isso porque, assim como fizeram na primeira rodada, as Toffees devem jogar no contra-ataque rápido. Portanto, tem tudo para ser um jogo bastante movimentado e com boas chances criadas pelas duas equipes.

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Article by: Nathalia Tavares