Como joga: Chelsea Women enfrenta o Brighton neste sábado

Após as vitórias do final de semana passado contra o Manchester United pela Liga e do meio de semana contra o Birmingham pela Copa, o Chelsea Women volta a campo neste final de semana. Em confronto válido pela 4ª rodada da FA Women’s Super League, as Blues recebem o Brighton em Kingsmeadow neste sábado (2) às 7h30 horário de Brasília. Enfim, tanto a ESPN Brasil e o Star+ como o FA Player transmitirão a partida.

De pronto, na véspera de cada jogo das Blues, o Chelsea Brasil, assim como faz com o masculino, traz para você um guia especial detalhando as adversárias. Este é o momento para conferir estatísticas, curiosidades e como joga a equipe rival!

Busca por consistência para o resto da temporada

Até o momento, Chelsea e Brighton fazem campanhas bastante parecidas. Os dois times têm seis pontos e ocupam, respectivamente, a quarta e a quinta colocação do campeonato. Por isso, as Blues estão à frente por conta do saldo de gols – são oito contra os seis da equipe do sul da Inglaterra.

Do mesmo modo, os dois times jogaram no meio de semana pela Women’s FA Cup e conseguiram assegurar suas classificações para às semifinais da competição. Nesse sentido, existe até mesmo a possibilidade de que ambos se encontrem em Wembley para disputar o título da Copa.

Se por um lado o Chelsea buscará expandir a sequência de vitórias, o Brighton terá de superar o tropeço para o Aston Villa na última rodada para seguir próximo à liderança do campeonato. Sendo assim, a partida indica coisas diferentes para os times. Mas, no final das contas, representa uma coisa em comum: a possibilidade de firmar as campanhas nas competições que cada clube estará disputando.

A última temporada

Em 2020/21 o Brighton conseguiu sua melhor colocação na história da FA WSL: o sexto lugar. No entanto, a temporada foi bastante irregular para a equipe de Hope Powell. Mesmo tropeçando para rivais diretos do meio de tabela, conseguiu vitórias importantes contra Manchester United e Chelsea. Enfim, a equipe terminou com 27 pontos.

Durante a campanha foram oito vitórias, três empates e 11 derrotas. Bem como 21 gols marcados e 41 concedidos, o que deixou um saldo de 20 gols após as 22 rodadas disputadas.

Na Continental Cup, as Seagulls pararam na fase de grupos. Com apenas um ponto conquistado, terminaram em terceiro lugar do grupo. Como resultado, não conseguiram a classificação para as oitavas de final.

Por fim, após vencerem o Charlton Athletic na última quarta-feira (29) conseguiram a classificação para a semi-final da FA Cup. Apesar da Copa ser da temporada passada, por conta da pandemia, suas fases finais estão sendo decididas neste início de temporada. Logo, as Seagulls viajarão para Londres para enfrentar o Arsenal mirando a vitória e a final em Wembley.

Histórico do confronto

Desde que o Brighton subiu para a primeira divisão, as equipes se enfrentaram cinco vezes. Nesse ínterim, são três vitórias do Chelsea, um empate e uma vitória das Seagulls.

Ao contrário de muitos outros confrontos entre as Blues e times de meio de tabela, a média de gols em jogos contra as adversárias deste fim de semana é de apenas 2,4. Nesse sentido, o Chelsea marcou nove gols e o Brighton marcou apenas três.

Millie Bright em duelo contra Ellie Brazil em jogo disputado pelas equipes em setembro 2019 (Créditos: Chelsea FC)

Além disso, três dos últimos cinco jogos terminaram sem que as Blues concedessem gols. Porém, há uma mudança no cenário dos confrontos. Enquanto nos dois primeiros encontros da sequência o Chelsea marcou seis gols, somando os placares das outras partidas marcou somente três. 

Da mesma forma, se nos dois primeiros encontros não sofreu gols, levando em conta os últimos três jogos entre as equipes a defesa das Blues foi vazada três vezes – duas delas em um mesmo jogo.

Último encontro

Seagulls e Blues se enfrentaram pela última vez em Kingsmeadow em fevereiro de 2021. Apesar de dominar o jogo do início ao fim em todos os aspectos e do grande favoritismo que tinha para a partida, o Chelsea Women perdeu o jogo por 2-1. Como resultado, a equipe interrompeu a sequência de 33 partidas sem derrotas na FA Women’s Super League.

Sam Kerr abriu o placar logo aos cinco minutos da etapa inicial. Após Erin Cuthbert cobrar o escanteio pelo lado direito, a camisa 20 subiu mais alto que as defensoras e cabeceou para abrir o placar. Pouco depois, as Seagulls empataram em um gol também iniciado cobrança de escanteio.

O cruzamento bem fechado de Ellie Brazil tumultuou a pequena área. Assim, a meia Aileen Whealan conseguiu cabecear para dentro da meta defendida por Carly Telford. 

Desde o empate aos oito minutos do primeiro tempo até os quinze minutos finais da partida, as Blues dominaram a partida. As donas da casa tiveram quase 80% da posse de bola e finalizaram mais de 20 vezes. Além disso, foram 12 escanteios e 13 recuperações de bola da defesa.

No entanto, aos 33 do segundo tempo o Brighton assumiu a liderança do placar. Megan Connolly marcou um belíssimo gol olímpico para garantir a vitória das visitantes. Assim, além de acabar com as chances do Chelsea de estender seu recorde de invencibilidade, as Seagulls garantiram um pouco mais de disputas na reta final do campeonato. 

Como joga?

Neste início de temporada a treinadora testou dois esquemas diferentes com seu elenco, tanto o 4-2-3-1 como o 4-3-3. Ambos os esquemas valorizaram os aspectos ofensivos, da mesma forma que garantiram uma solidez defensiva à equipe. Portanto, até o momento, ocupando o quinto lugar da FA WSL o Brighton tem um saldo de seis gols. Ou seja, são sete gols feitos e apenas um sofrido.

O Brighton é um time que está acostumado a jogar sem a posse de bola. No entanto, como as rodadas passadas indicam, é um time que também pode se aproveitar da posse ou mantê-la equilibrada. Mais que isso, em um cenário bastante diferente de temporadas anteriores, o time tem uma média de 419 passes por jogo nas três primeiras rodadas.

Contra o Chelsea, é bastante provável que a posse de bola seja controlada pelas Blues. Dessa forma, as Seagulls devem preferir contra-ataques rápidos e explorando os eventuais espaços que podem ser deixados pela equipe londrina. Ao passo que, do lado da defesa, a equipe deverá buscar ao máximo reduzir os espaços para construção e trocas de passe das adversárias.

Resultados recentes

Com apenas um amistoso na intertemporada, o Brighton surpreendeu nas primeiras rodadas da Liga. Apesar do tropeço na última rodada da FA WSL, o time chega com confiança para batalhar no topo da tabela. Dessa forma, as últimas partidas da equipe terminaram com os placares de:

  • 15/08: Everton 6 x 1 Brighton (Pré-temporada)
  • 05/09: Brighton 2 x 0 West Ham (FA WSL)
  • 12/09: Birmingham 0 x 5 Brighton (FA WSL)
  • 26/09: Brighton 0 x 1 Aston Villa (FA WSL)
  • 29/09 :Brighton 1 x 0 Charlton Athletic (Women’s FA Cup)

Ao final da temporada 2020/21, as Seagulls tiveram performances excelentes que garantiram a melhor marca do time no primeiro escalão do futebol feminino inglês. Definitivamente, nesta temporada, o clube buscará dar um passo adiante, almejando até mesmo terminar a campanha no Top 4 da Liga.

Logo, com uma treinadora que conhece o time e tem boas relações com o clube, bem como demonstra um grande desejo por evolução, o Brighton chegará a Londres em busca da vitória. Assim como fizeram na temporada passada. Por fim, o jogo pode representar uma recuperação das Seagulls, que buscam consistência para o resto da temporada. E nada melhor para dar moral que enfrentar e vencer as atuais campeãs.

Provável escalação e expectativas

Ao que tudo indica a formação do 4-2-3-1 deve ser a preferida para o confronto deste sábado. Assim, o Brighton deve ir a campo com: Walsh; Koivisto, Williams, Kerkdijk e Le Tissier; Whealan e Simpkins; Brazil, Carter e Kaagman; Lee.

O grande desafio para o elenco de Hope Powell será enfrentar um meio de campo bastante ocupado pela equipe do Chelsea. Além das meio campistas, por vezes Emma Hayes promove uma marcação adiantada e permite que suas defensoras auxiliem na construção das jogadas. Assim, as Seagulls terão que trabalhar para furar as linhas do time de Hayes.

Tanto o meio campo como o ataque do Brighton têm nomes importantes no banco. Portanto, pode ser que jogadoras como Megan Conolly ou Rinsola Babajide estejam entre as XI iniciais. Mais que isso, são jogadoras versáteis e que podem atuar em diversas posições. Por exemplo, Danielle Carter pode atuar como meia-atacante ou como centroavante. Em suma, a treinadora Powell terá boas opções para montar seu ataque e tentar surpreender a equipe de Emma Hayes.

Ao passo que, na defesa, há uma linha de quatro consolidada e que tem Maya Le Tissier como destaque. No banco, a experiente Felicity Gibbons aparece como opção. 

Em síntese, o jogo de sábado pode trazer grandes surpresas para ambas as equipes. O Brighton pode ameaçar o Chelsea em escapadas rápidas, em especial pelas laterais do campo. Por outro lado, as Blues deverão ter paciência para construir as jogadas e se aproveitar ao máximo das chances criadas – explorando a faixa central do campo e a qualidade de troca de passes da equipe.

 

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Article by: Nathalia Tavares