Como joga: Arsenal é o adversário do Chelsea nesta quarta

Antes de mais nada, a última semana foi, simplesmente, perfeita para os Blues. A equipe de Thomas Tuchel derrotou o Real Madrid por 2 a 0, na quarta, 05, no Stamford Bridge e se classificou para a final da Champions League. 

Para dar sequência ao ótimo momento e ficar em ritmo para as finais deste mês de maio, o Chelsea enfrenta um dos seus maiores rivais neste meio de semana. Na quarta, 12, às 16:15, os Blues duelarão com o Arsenal no Stamford Bridge.

Às terças-feiras, o Chelsea Brasil traz para você um Guia especial detalhando todos o rival da semana. Desta vez, o adversário é o Arsenal e você pode conferir estatísticas, curiosidades e como joga a equipe rival!

O último clássico de Londres

A temporada está chegando ao fim na Inglaterra e o jogo deste meio de semana ficará marcado como o último clássico de Londres que o Chelsea irá disputar em 2020/21. O Arsenal rivalizou bastante com os Blues neste século e, mesmo não estando em boa fase, é sempre uma “pedra no sapato” do time de Abramovich.

Tendo os seus estádios – Stamford Bridge e Emirates Stadium – separados por apenas 12 quilômetros, Chelsea e Arsenal protagonizam um clássico que para a capital da Inglaterra.

O objetivo único do Arsenal

Os Gunners têm uma única missão nesta reta final de Premier League: salvar a temporada com uma vaga para alguma competição europeia, mas este objetivo está distante. Atualmente, a equipe de Mikel Arteta está na 9ª posição, com 52 pontos conquistados e está seis tentos atrás do 5º colocado West Ham, posição que dá uma vaga direta para a Europa League, e está quatro pontos atrás do Tottenham, time que está na 7ª posição, colocação que classifica para a Conference League.

O sonho de participar de alguma competição europeia no próximo ano é difícil, mas ficou possível após as duas vitórias consecutivas no Campeonato Inglês. O Arsenal venceu o West Bromwich por 3 a 1 no último domingo, 09, e derrotou o Newcastle no domingo anterior pelo placar de 2 a 0. Estes dois triunfos animaram os bastidores, mesmo com a dramática eliminação na semifinal da Europa League. 

No meio de semana, entre os triunfos sobre o Newcastle e o West Bromwich, o Arsenal empatou sem gols com o Villarreal e não conseguiu se classificar para a final da competição continental.

Bom visitante e “amigo” dos grandes

Os números do Arsenal chamam a atenção por alguns motivos. O time londrino é a equipe do Big Six que mais perdeu com 13 derrotas em 35 jogos. A título de exemplo, City e Chelsea perderam cinco e sete partidas nesta PL, ou seja, o time vermelho de Londres perdeu mais que a soma dos rivais. No entanto, mesmo com a temporada irregular, os Gunners possuem uma boa defesa: são 38 gols sofridos, tendo assim a 4ª melhor defesa da competição.

Um dado interessante é que o Arsenal conquistou mais pontos fora de casa do que como mandante. A equipe fez 25 pontos em sua casa e conseguiu 27 tentos como visitante. É importante destacar que o jogo deste meio de semana será longe do Emirates Stadium. 

Uma outra questão importante fala sobre a “boa convivência” entre o time de Arteta e os seus rivais mais poderosos. Em 12 duelos contra os times do Big Six nesta temporada, venceu apenas três vezes, houve três empates e os Gunners saíram de campo com a derrota em seis oportunidades. 

Histórico do confronto 

Em 09 de novembro de 1907, Arsenal e Chelsea se enfrentaram pela primeira vez e o resultado foi positivo para o lado azul de Londres. O recém-fundado time inglês venceu o rival por 2 a 1 e deu início à rivalidade que ganhou ainda mais força nas últimas décadas. 

Em resumo, as equipes já protagonizaram 202 clássicos e os Gunners tem uma vantagem considerável nos números, visto que venceram 79 duelos na história. Já os Blues derrotaram o seu rival em 65 oportunidades. Além disso, houve empate em 58 jogos entre os mais vitoriosos times de Londres. 

Porém, o retrospecto recente não é tão animador para os torcedores do Chelsea. O último triunfo da equipe azul aconteceu no fim de 2019 e as últimas duas partidas terminaram com vitória do Arsenal. Além disso, em um recorte um pouco maior, o time de Roman Abramovich venceu somente quatro dos últimos 15 clássicos. Felizmente para o torcedor dos Blues, a decisão da Europa League de 2018/19 foi uma destas partidas vencidas pela a equipe.

Em meio a um retrospecto recente desfavorável, o Chelsea não vence o Arsenal em Stamford Bridge há quase três anos. A última vitória aconteceu em 18 de agosto de 2018, na 2ª rodada da Premier League de 2018/19, e os Blues venceram os Gunners por 3 a 2. O time de Maurizio Sarri bateu o rival com três gols de jogadores espanhóis: Álvaro Morata, Marcos Alonso e Pedro balançaram as redes.

Jogo anterior 

Antes de tudo, o Chelsea estava disputando na parte de cima da tabela, enquanto o Arsenal estava atento com a zona do rebaixamento. Este era o cenário da partida do 1º turno, a qual foi disputada em 26 de dezembro de 2020.

Os Gunners estavam em 15º, viviam uma terrível seca de sete jogos sem vencer e, mesmo assim, venceram o rival no Emirates Stadium. Por outro lado, o clássico fez parte da sequência de oito jogos de PL com apenas duas vitórias, sequência que acabou acarretando a demissão de Frank Lampard e a chegada de Thomas Tuchel no fim do mês seguinte. 

Em campo, o Chelsea acertou a trave com Mason Mount aos 13 da 1ª etapa, mas rapidamente o Arsenal dominou a partida. Aos 35, após Reece James cometer pênalti em Kieran Tierney, Alexandre Lacazette bateu forte no canto esquerdo de Edouard Mendy e abriu o placar. Na sequência, aos 44, Granit Xhaka fez um belíssimo gol de falta e ampliou a vantagem. 

No minuto 11 da 2ª etapa, Bukayo Saka fez um lindo e estranho gol. O jovem inglês tentou cruzar e encobriu Mendy, marcando o terceiro tento dos Gunners. No entanto, após não conseguir jogar tão bem durante boa parte do clássico, o Chelsea reagiu nos minutos finais. Aos 40, Callum Hudson-Odoi fez o cruzamento e Tammy Abraham empurrou com o peito, diminuindo o placar. No minuto 45, Mason Mount foi derrubado na área, mas Jorginho perdeu o pênalti. Sendo assim, o placar do 1º turno marcou 3 a 1 para os Gunners.

Como joga?

Mikel Arteta deve usar as últimas rodadas para encontrar boas opções para a próxima temporada. Na vitória frente ao West Bromwich, o técnico colocou em campo uma formação ofensiva modificada, com três joias, e, mesmo enfrentando um time modesto, o ataque conseguiu ganhar confiança.

A última escalação foi boa e a tendência é apenas alguns ajustes de Arteta. Entretanto, o jovem técnico espanhol pode optar por alguns jogadores experientes como Pierre-Emerick Aubameyang ou Alexandre Lacazette, visto que o clássico de Londres é sempre um jogo muito importante. Terminar a temporada vencendo o rival nos dois encontros daria um pouco de confiança à campanha contestada dos Gunners.

Sendo assim, se Mikel Arteta mantiver, pelo menos, o esquema tático da vitória do último final de semana, o Arsenal entrará em campo com um 4-2-3-1 no papel. Todavia, esses números sofrem alterações durante a prática. Na parte ofensiva, o ala-esquerda joga como um ponta, colocando o time em um 3-2-4-1. Já no sistema defensivo, o Arsenal defende com duas linhas de quatro jogadores e dois atletas pressionando na frente – característica do time de Arteta -, ou seja, o esquema defensivo é o tradicional 4-4-2. 

Os jogadores

O primeiro atleta da escalação é Bernd Leno. O goleiro é bem contestado pela torcida e falhou bisonhamente frente ao Everton três rodadas atrás. À frente do arqueiro, Calum Chambers marca como um lateral-direito, mas se posiciona como um zagueiro na trinca de defensores que fazem a saída de jogo. Ao lado dele, Rob Holding e Gabriel Magalhães completam uma zaga que está desfalcada de David Luiz e Pablo Marí.

Fonte: ShareMyTatics.com

Na ala esquerda, Bukayo Saka tem uma função interessantíssima, contudo, desgastante. Ele atua como lateral-esquerdo na parte defensiva e joga como ponta-esquerda no ataque, ou seja, percorre o campo todo, indo de um extremo ao outro. No meio-campo, Mohamed Elneny é o “cão de guarda”, enquanto Dani Ceballos tende a dar ritmo ao time, organizando os ataques e conectando defesa e ataque. 

Nas pontas, além de Saka, o Arsenal conta como Nicolas Pepé. A maior contratação da história da equipe tem muito talento, mas é irregular. Pepé atua pela direita e sempre traz para o meio, abrindo a ponta para Emile Smith-Rowe. O jovem flutua bastante na armação e tem a companhia de Willian, atleta ex-Chelsea que marcou o seu primeiro gol com a camisa do Arsenal na última rodada, jogo em que o brasileiro atuou na meia esquerda.

Centralizado no ataque, Gabriel Martinelli foi titular, porém teve atuação bem discreta. O brasileiro deixou o campo aos 15 do 2º tempo e pode ficar no banco. Alexandre Lacazette e Pierre-Emerick Aubameyang são ótimos atacantes que não vivem boa fase e disputam a vaga com o jovem brasileiro.

A escalação

Com a ideia de ter a posse de bola e pressionar bastante a saída de jogo do adversário, o time sofreu bastante com a irregularidade. Mesmo assim, o Arsenal mostrou as ideias do treinador durante a temporada. A título de exemplo, em 9 das últimas dez partidas, os Gunners tiveram mais posse de bola que o adversário. 

David Luiz, Granit Xhaka e Pablo Marí estão com lesões leves e existe a possibilidade destes atletas ficarem fora do clássico. Dessa forma, Arteta deve, praticamente, seguir com a mesma escalação e com as mesmas ótimas opções no banco. Héctor Bellerín, Kieran Tierney, Martin Odegaard e Thomas Partey foram reservas na última partida, mas podem aparecer no time titular. 

Logo, a tendência é que o Arsenal entre em campo com Leno; Chambers, Holding e Gabriel; Elneny e Ceballos; Pepé, Smith-Rowe, Willian e Saka; Lacazette. 

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Article by: Pedro Bueno