A última vez que o Chelsea foi derrotado na temporada 2015/16 aconteceu no dia 14 de dezembro de 2015. Na ocasião, revés para o Leicester City, sensação da temporada, por 2 a 1. Foi o último jogo da segunda passagem de José Mourinho pelo clube e a última derrota dos Blues na Premier League.
Para o restante do campeonato, Roman Abramovich apontou Guus Hiddink, com quem já havia trabalhado em 2009, quando o holandês substituiu Luiz Felipe Scolari. À exceção da vitória por 3 a 1 diante do Sunderland, que teve Steve Holland no comando técnico, Hiddink soma dez confrontos como treinador do Chelsea e uma passagem pouco convincente, mas longe de ser um desastre.
Na Premier League, foram apenas duas vitórias: 3 a 0 sobre o Crystal Palace e 1 a 0 sobre o Arsenal, ambos fora de casa. Na FA Cup, dois triunfos: Scunthorpe United (2 a 0 em Stamford Bridge) e Milton Keynes Dons (5 a 1 fora de casa). Fora isso, muitos empates e um Chelsea longe do ideal.
Um dos grandes méritos de Hiddink, no entanto, foi a melhora defensiva. Ele notou que o Chelsea de Mourinho sofria com um meio-campo frágil, com a queda de rendimento de Matic e Fàbregas e promoveu a entrada de Mikel ao time. Essa mudança fez com que os Blues não fossem atacado com tanta frequência. Por outro lado, a ofensividade ficou em segundo plano, o que evidencia essa enorme quantidade de empates (6).
É difícil avaliar o trabalho de um treinador que você sabe que não terá seu contrato prolongado, mas a questão é que o clube ainda tem alguns desafios pelo caminho: oitavas de final contra o PSG pela Uefa Champions League e o City pela frente na FA Cup. E se o Chelsea quiser terminar a temporada de forma digna, Hiddink terá de mudar novamente a equipe.
Com Hazard em forma, Pato em recuperação e a incógnita a cerca de Pedro, é hora de tentar voltar com Fàbregas como segundo volante e aí será preciso escolher: Matic, que parece estar retornando ao seu bom futebol, ou Mikel, que entrou bem em determinados jogos. Mas com nosso camisa 10 recuperado, ele não pode ser reserva.
A opção com Matic e Mikel pode ser interessante em jogos específicos, talvez contra o Paris Saint-Germain fora de casa pela Champions. Mas é o momento de Hiddink arriscar e escolher entre o nigeriano ou o sérvio.
Coragem, Hiddink! O meio-campo do Chelsea precisa de só um volante de contenção. Escala o Hazard. Deixa outro volante para depois. Joga sem medo. Como Chelsea…
As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil