Como consequência das sanções do dia 10 de março, o Chelsea não pode contratar ou vender jogadores e nem mesmo renovar contrato com os atletas do elenco atual. Inicialmente, o clube teve redução no orçamento para viagens e hospedagens e também ficou impedido de vender ingressos e produtos oficiais, como por exemplo, camisas.
Ainda que algumas medidas tenham sido aliviadas, como a liberação para a venda de ingressos para os jogos na FA Cup, na Champions League e para as partidas fora de casa na Premier League, os Blues ainda enfrentam um momento turbulento e cheio de adversidades fora de campo.
O Ministro do Esporte do Reino Unido, Nigel Huddleston, foi questionado pelo Chelsea Supporters Trust sobre o porquê das sanções também punirem os fãs ao não permitir a venda de ingressos para os jogos em Stamford Bridge. O Ministro, então, respondeu, na última terça-feira (29), dizendo que apesar de não querer prejudicar os torcedores, as medidas, na visão dele e pelo contexto de guerra, precisam ter um impacto considerável no dia a dia das pessoas que seguem o Chelsea:
“É difícil porque temos que garantir que as condições das sanções sejam cumpridas o máximo possível. No geral, qualquer um de nós, que é torcedor de futebol e fã de esportes, quer que o Chelsea sobreviva. Agora, existe um caminho para isso acontecer. Vamos desempenhar o papel que pudermos e, claro, os torcedores estão sempre na frente e no centro de nossos pensamentos”.
“Temos um diálogo constante com os torcedores do Chelsea porque toda a estratégia é deixar muito claro que Roman Abramovich foi sancionado e isso claramente teve implicações. Fui muito honesto e aberto com os torcedores dizendo que ‘as sanções têm um impacto porque ele foi sancionado e ele é o dono do clube’. Tentamos fazer modificações razoáveis na licença para permitir que os torcedores se envolvam com o clube”, continuou Nigel Huddleston (via Daily Mail).
Consequências e inconvenientes
As sanções impostas ao Chelsea tem validade no final da atual temporada. Enquanto isso, o clube passa pelo processo de venda e deve conhecer os novos proprietários muito em breve. Com isso, haveria a possibilidade de as sanções, até mesmo, serem retiradas antes do prazo inicial.
Nesse sentido, existe uma expectativa por parte do banco Raine, escolhido por Abramovich para conduzir todo o negócio, de que a venda seja acertada antes mesmo do fim do mês de abril. Mas até que tudo seja resolvido, torcedores, jogadores e outros funcionários terão sua rotina afetada.
“As sanções significam que temos que ter muito cuidado para garantir que não haja nenhuma nova geração de receita incremental, que faça parte das medidas. Continuo trabalhando com os torcedores, mas fui muito claro desde o primeiro dia e ainda é o caso: não é um negócio como de costume. Este é um mundo diferente porque o dono do clube foi sancionado e inevitavelmente haverá consequências e alguns inconvenientes temporários para os torcedores”, colocou o ministro do Esporte britânico, Nigel Huddleston.