Pato no Chelsea é uma história que ninguém entendeu ainda; seu agente, no entanto, a vê com normalidade

Toda janela de transferência tem sua surpresa. Seja pela quantia exorbitante paga por um clube para ter determinado jogador ou por um nome pouco especulado acabar parando em um clube de ponta. O segundo caso reflete a história curiosa que Alexandre Pato vem vivenciando no Chelsea. Sem clima no Corinthians, dirigentes do clube paulista e agentes do atleta tentaram de todas as formas tirar Pato do Timão.

As exaustivas tentativas de colocar o jogador em outro clube começaram ainda em dezembro, quando se encerrou a temporada de futebol em terra tupiniquim. O tempo ia passando e Pato não batia asas nem lá nem cá. Não existiam propostas. O Corinthians não queria ter Alexandre no elenco e Pato tinha como objetivo deixar o time brasileiro e, mais uma vez, se lançar ao futebol europeu. Ainda assim, nenhum clube se interessava no negócio.

A janela de inverno já estava prestes a se fechar e depois de Pato recusar oferta milionária da China, aumentaram as incertezas acerca de seu futuro. Eis que neste cenário obscuro aparece o Chelsea. E ao que tudo indica e segundo relatos de vários veículos de comunicação ingleses, o clube de Stamford Bridge observava Pato já há algum tempo. José Mourinho, enquanto era técnico do Chelsea, via em Pato um bom reforço técnico e de baixo custo, mas nesse caminho, Mou caiu e Guus Hiddink assumiu o time até o fim da temporada.

Hiddink foi contrário a contratação do jogador, que por muito pouco não foi comprado em definitivo. Com a rejeição do técnico holandês e com o desespero do Corinthians, os Blues selaram um ótimo acordo: empréstimo por seis meses e pagando “apenas” o salário do jogador.

Pato chegou, foi apresentado, escolheu a camisa 11 e treinou, treinou e treinou. Zero minutos em campo. Depois de um mês como jogador do Chelsea, somente duas convocações para integrar o banco de reservas do time. A despeito disso, seu empresário, Gilmar Veloz, entende que a situação de Pato em Londres é normal:

“A Inglaterra não é como o Brasil onde você assina com alguém e imediatamente tem que colocá-lo para jogar. O técnico foi claro e disse duas ou três vezes que Pato tem que esperar até que ele atinja o nível (físico) dos outros jogadores.

Ele teve quatro semanas de treinamento especial. Depois da terceira, ele já estava começando a chegar no mesmo ritmo dos demais e aguarda seu momento para estar no plantel. Desde que ele chegou, a equipe está vencendo e marcando muitos gols. Não há problema, é uma situação normal. Temos que esperar”.

Apesar da análise correta do agente do jogador, nem Gilmar, nem Pato e nem a torcida e a imprensa esperavam que o jogador tivesse tão pouco espaço dentro do elenco. Mesmo não sendo a contratação dos sonhos, poderia ajudar a equipe revezando com outros atletas devido ao grande número de partidas que o Chelsea vem disputando.

A tendência é que com a opção de Loic Rémy para o banco, a crescente de Bertrand Traore e o retorno de Pedro, o camisa 11 perca ainda mais espaço. Talvez o tiro de Alexandre Pato, seus agentes e o Corinthians tenha saído pela culatra. Isso, todavia, faz parte das cenas dos próximos capítulos.

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Article by: Chelsea Brasil

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