Métodos de Villas-Boas desagradaram Lampard

O meia Frank Lampard, em entrevista ao periódico “The Sun”, voltou a comentar sobre o ex-treinador dos Blues André Villas-Boas, que teve seus métodos criticados pelo ídolo blue, que chegou a afirmar, inclusive, que sua relação não era a ideal.

O treinador é um tipo inteligente. No seu curto período no Chelsea, procurou fazer tudo bem. Entrava no clube às sete da manhã, saía às sete da noite, se fosse preciso ficava durante a noite. Ele estava a projetar o futuro a longo prazo, mas em algum momento perdeu a noção do presente e isso foi o cerne do problema. Acreditou que a única coisa que o Chelsea precisava era de uma revolução e afastar os jogadores mais velhos. Para ser justo com André Villas-Boas, isso fazia parte das suas atribuições e eu aceito que é preciso seguir em frente e mudar. Mas o que não se pode perder de vista é o presente num clube como o Chelsea, com a qualidade que temos não podemos ser quinto no campeonato. Devíamos estar lá em cima e há muita força na equipe para duelar com qualquer um na Premier League”, explicou Lampard.

No ensejo, Lampard compreendeu que a mudança é necessária, mas não admite a exclusão dos mais experientes, já que a mescla seria mais conveniente.

Não se pode forçar a mudança, esse é um processo que deve ser conduzido com cuidado. Se os jovens jogadores estão a aparecer, se merecem estar na equipe, eu não tenho qualquer problema com isso e fico de lado. Mas eles têm de ganhar o lugar e mostrar que o merecem. Eu sei que não posso jogar todos os jogos, mas olho para o Paul Scholes e para o Ryan Giggs e não vejo razão para não poder jogar tanto tempo quanto eles”, argumentou.

A insatisfação de Lampard começou a ser instaurada após ficar apenas como suplente no jogo de ida das oitavas-de-final da UEFA Champions League, em Nápoles. O blue demonstrou que uma de suas marcas é ter uma personalidade forte.

Não foi apenas deixar-me a mim e ao Ashley Cole de fora. Aquele era o tipo de jogo em que se querem os jogadores mais experientes. O treinador e eu tivemos uma conversa, mas não o desrespeitei. Apenas lhe disse que achava que tinha de jogar Eu não teria chegado onde cheguei no futebol, se tivesse dito OK, não há problema, sento-me no banco, divirto-me e ganho o meu dinheiro ali sentado. Disse-lhe o que penso e ele não teve problemas com isso. Já afirmei que a nossa relação não era a ideal. Tive relações mais próximas com outros treinadores”, disse.

Roman Abramovich havia culpado os jogadores pela demissão de Villas-Boas, de acordo a publicação, porém, Lampard enxerga a situação de outra forma, já que a presença anormal do magnata nos treinos já indicava isso.

Qualquer pessoa em qualquer cube dirá quando o dono quer fazer o treinador saltar. Roman não aparecia há algum tempo num treino e quando isso aconteceu a imprensa deu destaque, o que é compreensível atendendo às circunstâncias. Obviamente não estava feliz conosco e eu concordei com essa visão. Tem todo o direito de dizer: eu sou o dono e espero um nível de jogo melhor. Ninguém podia discordar isso. Esse nível de pressão é preciso num grande clube”, enfatizou.

Sobre o substituto Di Matteo, que viu John Terry dar instruções durante o jogo contra o Napoli, em Stamford Bridge, Lampard diz que a postura do Terry foi normal, e que tal atitude não significa que eles [líderes] são quem determinam as coisas.

Ele [Terry] não pôde jogar devido à lesão, mas quis participar. Estava tentando ajudar numa situação crítica e não creio que com isso tenha diminuído alguém. Como torcedor, gostaria de ter visto algo assim. Todas as pessoas falam no poder dos jogadores e como nos julgamos treinadores. Mas se o John vê alguma coisa, enquanto capitão e jogador veterano, por que razão não há de dizer alguma coisa? Temos um balneário forte. No entanto, dizem que tomamos atitudes e que temos uma liberdade que não devíamos ter. E isso não é verdade. Este é um grupo de jogadores que sabe o que é preciso para vencer. Tentamos transportar isso para os treinos, para os jogos e para o balneário. Há personalidades fortes, sim. Quando alguém me pergunta, como jogador veterano, qual a minha opinião, eu não ficaria bem se não dissesse o que penso. Mas odeio pessoas com egos gigantes”, concluiu Lampard.

Na próxima fase da Champions League, o Chelsea enfrenta o Benfica, cuja primeira partida em Lisboa está marcada para o dia 27 deste mês.

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