O Chelsea empatou, em pleno Stamford Bridge, com o Birmingham, sexto colocado da 2ª divisão, e jogará o replay na FA Cup. A partida de volta ainda terá data marcada. O Birmingham abriu o placar logo no primeiro tempo, mas o Chelsea, aos trancos e barrancos conseguiu o empate com Sturridge.
A partida também ficou notável pelo “revival” promovido por AVB, fazendo o time jogar inspirado nos tempos que o Chelsea não tinha boas possibilidades financeiras que hoje tem. O jeito clássico consistiu em um time jogando, principalmente no segundo tempo, a base dos chutões, lançamentos do campo de defesa, de qualquer jeito, buscando a velocidade de alguns jogadores sacrificados.
A lástima de AVB não parou por aí: ele jamais abriu mão do seu péssimo esquema tático, em momento algum do jogo. Apostou em Drogba e Kalou, que nada fizeram, lançando Lampard no fim do jogo. O pior mesmo foi deixar Essien no banco de reservas, para a manuntenção do compatriota Meireles, no time titular.
Sem esquema, sem comando, sem jogadas e aparentemente, sem treinador, o Chelsea deu mais um vexame que foi uma apresentação pior do que a de qualquer Bolton, QPR, Wolves ou outro modesto da Premier League poderia apresentar. O time é um bando, são vários jogadores vestindo a mesma camisa. Os erros de AVB são praticamente unanimidade e o treinador, que insiste com velhos erros e mostra teimosia em mudar a forma do time jogar, com os jogadores já pediram publicamente, pode estar próximo de uma demissão.
A próxima partida dos Blues será pela Champions League, diante do perigoso Napoli, na Itália.
AVB faz mudanças no time titular… que não levam a lugar nenhum
O Chelsea começou com Mikel de volta ao time titular, mas ao contrário do que a maioria esperava, no lugar de Essien, que vinha jogando bem, não no de Meireles, protegido do treinador. Ivanovic assumiu a lateral direita, tirando Bosingwa do time. Bertrand assumiu a lateral, no lugar do machucado Cole – teve atuação discreta, mas não comprometeu.
Por fim, Ramires voltou ao time titular, colocando Frank Lampard no banco de reservas. Um time sem armadores, apenas volantes no meio campo. Era óbvio que daria errado.
Era comum ver Tores, Mata e Sturridge voltarem para buscar a bola quase na entrada da área do Chelsea. Dava tudo errado. Tanto que logo 19, o time visitante abriu o placar, após falha grosseira dos Blues em escanteio.
Ramires, bem no jogo, conseguiu um pênalti logo depois, em jogada de velocidade. Juan Mata telegrafou a cobrança e o goleiro defendeu.
O fim do primeiro tempo chegou e o Chelsea não havia produzido mais nada, além de uma boa cobrança de falta de David Luiz.
Chelsea joga na base do chutão, na segunda etapa
Foi no segundo tempo que AVB definitivamente pôs em prática o “revival” citado anteriormente. Ele colocou Drogba no lugar de Torres, que nem chance de fazer algo teve. E a regra no time do Chelsea passou a ser clara: rifar a bola.
O time jogou na base do chutão e dos longos lançamentos feitos do campo de defesa para tentar empatar o jogo. Sturridge e Mata corriam atrás da bola, junto com Kalou, que entrara no lugar de Mikel.
O time visitante parou de ameaçar, mas parecia improvável que o Chelsea empatasse, já que pouco levava perigo. No entanto, aos 61, o time tocou a bola e fez raríssima uma jogada um pouco mais trabalhada, após trama no meio campo, abrindo na linha de fundo para o leão Ivanovic, que cruzou de primeira para a cabeçada de Sturridge morrer no fundo das redes. Um empate em uma jogada destoante.
Após isso, Ramires lançou Mata na ponta, que centrou. Ivanovic chegou e bateu prensado. Em outro lance, Meireles passou pelo mesmo: a bola desviou no caminho e por sorte não entrou. No entanto, parou por aí.
O Chelsea desistiu de fazer jogadas trabalhada, mesmo tendo feito o gol em uma. Passou a intensificar e lançar ainda mais bolas em profundidade. Nenhuma deu em nada. Mata até dominou uma, em rara chance, mas chutou torto pra fora. Perto do fim, AVB colocou Lampard, que nem chegou a tocar na bola, a não ser para colocar uma excelente chance em uma falta frontal, na barreira. Era para Drogba…
Irritante mesmo foi o camisa 8 entrar no lugar de Mata, que até fazia um bom jogo, apesar do pênalti perdido. O amado Meireles seguiu em campo, para a irritação da torcida, que gritava pelo nome de José Mourinho em Stamford Bridge.
O Birmingham conseguiu uma escapada e saiu na cara de Cech. Por sorte não foi gol. Com o time visitante tendo duas chances ótimas em bolas paradas nos acréscimos – bem defendidas por Cech – empate foi um resultado vergonhosamente lucroso.
O Chelsea joga muito mal, e André Villas-Boas, em um processo que vai aos poucos apequenando o Chelsea, em vez de mudar a forma de jogar, parece cada vez mais intensificá-la para pior, tirando aos poucos as grandes ideias que ainda existiam nos jogadores de criatividade do Chelsea, ainda na Era Ancelotti.
O futuro é sombrio. Mas de AVB não muda, Abramovich pode fazer diferente.
Chelsea (4-3-3): Cech (c); Ivanovic, Cahill, D Luiz, Bertrand; Ramires, Mikel (Kalou 56), Meireles; Sturridge, Torres (Drogba h-t), Mata (Lampard 822).
Gol: Sturridge 61.
Cartão: Cahill 54, Luiz 90+1.
Birmingham (4-2-3-1): Doyle; Carr (c) (Spector 12), Davies, Ibanez, Murphy; Fahey, Gomis; Elliott (Burke 82), Mutch Redmond; Rooney (Jervis 70).
Gol: Murphy 19.
Cartão: Mutch 33.
Juiz: Martin Atkinson.
Público: 36,870
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No “revival de AVB”, Chelsea empata e jogará replay
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