A Copa do Mundo feminina já está em progresso e nesta segunda-feira (08) a goleira Hedvig Lindahl do Chelsea Ladies é esperada em campo, representando a Suécia contra a Nigéria, na abertura do Grupo D.
Na terça-feira (09), Ji So-Yun, nomeada pela PFA como Jogadora do Ano, veste a camiseta da Coreia do Sul contra o Brasil, enquanto a Inglaterra encontra o México. O treinador das Leoas, Mark Sampson, conta com três jogadoras do Chelsea Ladies em seu elenco, Eniola Aluko, Katie Chapman e Claire Rafferty.
De olho nos embates do torneio, Ji falou ao site oficial do Chelsea sobre a competição e a possibilidade de encontrar a Inglaterra nas últimas fases da Copa.
“Estamos preparadas e muito animadas. É minha primeira experiência na Copa do mundo, então obviamente estou muito esperançosa sobre isso”.
Apesar de o futebol feminino não ser tão popular em sua terra natal quanto na Inglaterra, a jogadora acredita que haverá interesse no progresso do time feminino por parte dos coreanos.
“Futebol feminino é muito maior na Inglaterra, mas existe muita animação na Coreia por este torneio, todos têm muitas expectativas pelo time. Desde que venci o prêmio PFA tenho recebido muito apoio na Coreia do Sul, e acredito que isso fez com que a esperança das pessoas tenha aumentado para o time nacional ir bem no Canadá”.
A atacante começou em todos os nove jogos da Chelsea Ladies até agora nesta temporada, marcando em três ocasiões, e admite que será difícil vencer a Copa do Mundo se a possibilidade de encontrar suas companheiras inglesas de clube nas fases eliminatórias do torneio se tornar realidade.
“Eu realmente espero que elas (as jogadoras inglesas) consigam ir bem e acredito que irão se destacar no Canadá. Espero que tenhamos a oportunidade de jogar uma contra a outra em algum ponto, espero que em direção ao final da competição. Seria uma experiência maravilhosa para mim pois teríamos que colocar nossas amizades de lado por 90 minutos e lutar uma contra as outras”.
Neste cenário, Ji jogaria contra Aluko, uma jogadora com quem trabalha perto no clube, já que as duas atuam no ataque. Aluko representou a Grã Bretanha nos Jogos Olímpicos de 2012 e faz suas últimas performances internacionais na esperança de que sejam as maiores e as mais significantes para ela.
Aluko escreveu em seu blog na BBC:
“Com a expectativa da audiência na TV ultrapassar os 400 milhões (que assistiram a última Copa do Mundo na China) quatro anos atrás e agora com aproximadamente um milhão de ingressos vendidos, eu acredito que estaremos em pé de igualdade com o torneio masculino. Isso apenas demonstra como o futebol feminino cresceu na perspectiva comercial.
Aquela edição era na China, então a multidão era grande, acho que tinham 27 mil pessoas no nosso primeiro jogo em Shangai, mas a Copa do Mundo de 2015 promete estar em outra escala”.
A Inglaterra começa sua campanha contra a França, nesta terça-feira (09), com Aluko preparada para acertar as contas com as francesas.
“A França nos eliminou na última Copa do Mundo e na Eurocopa em 2013, então é justo dizer que existe um pouco de história entre nós. Acho que não vencemos a França em 40 anos, então elas terão vantagem psicológica sobre nós. Contudo, isso não significa que não conseguiremos vencê-las, será o jogo mais duro do grupo devido a sua superioridade no ranking. Vai ser bom jogar contra elas”.