A estreia do Chelsea na pré-temporada 2015-2016 não foi como o torcedor dos Blues esperava. Atual campeão inglês, o clube londrino alinhou uma equipe mista e mostrou clara falta de ritmo, mesmo atuando contra uma equipe alternativa do New York Red Bulls, que na última terça-feira (21) havia entrado em campo pela US Open Cup. O placar de 4×2 para os norte-americanos não deve ser visto como motivo de preocupação, mas demonstrou que a temporada não será fácil para os comandados de José Mourinho.
Contando com as presenças de Kurt Zouma na zaga, John Obi Mikel no meio-campo, Victor Moses e Bertrand Traoré como wingers e Loïc Rémy no comando do ataque, o Chelsea mostrou dificuldades na saída de bola e um estilo estático, com pouca movimentação de seus meias.
Em primeiro tempo burocrático, Chelsea perde boas chances
Com Oscar apagado, no primeiro tempo Moses foi o jogador mais voluntarioso da segunda linha de meio-campo, tentando algumas jogadas individuais, sobretudo do lado esquerdo, onde começou a partida. Por sua vez, Bertrand Traoré, que começou o jogo aberto pelo flanco destro foi figura tímida, embora tenha arriscado uma boa jogada individual no final do primeiro tempo.
Com toque de bola burocrático, o Chelsea até teve um domínio maior das ações na primeira etapa, tendo oportunidade aos 17 minutos em cobrança de falta de Oscar, que saiu. Pouco após, em boa tentativa individual, Moses foi parado e amarelou Sean Davis, volante adversário. Os próximos lances indicavam que o Chelsea crescia na partida, com uma boa jogada em bola alçada na área que Branislav Ivanovic recebeu e assistiu Zouma, que cabeceou para fora. Aos 27 minutos, Remy recebeu boa bola na área, limpou o adversário e abriu o placar para os Blues.
Pouco depois, com a inversão de Moses e Traoré, que trocaram de flancos, o nigeriano invadiu a área estadunidense e deu um toque sutil que acertou a trave. Pouco antes do fim da primeira etapa, Remy ainda perdeu um gol com a baliza aberta, finalizando de surpresa com o joelho e Thibaut Courtois assustou os torcedores em uma saída precipitada em que tentou driblar o adversário e perdeu a bola, recuperando-se na sequência.
Embora não tenha sido um grande primeiro tempo, o Chelsea foi superior.
Com mudanças, no segundo tempo, Chelsea não segura os norte-americanos
A segunda etapa começou com oito alterações. Apenas Oscar, César Azpilicueta e Zouma voltaram para o jogo. Asmir Begovic, Ola Ainda (que mais tarde deu lugar a Dominic Solanke), John Terry, Ramires, Nemanja Matic, Eden Hazard, Ruben Loftus-Cheek e Diego Costa ingressaram no time.
Rapidamente, com Franklin Castellanos, o clube da MLS empatou a partida, após falha incomum do capitão Terry, que recuou mal para Begovic. O gol de empate assustou um pouco o clube londrino, que sentiu o golpe. Com problemas defensivos, o Chelsea seguiu com uma atuação irregular e, embora se esforçasse, Diego Costa nada conseguia criar no ataque.
Aos 18 minutos da segunda etapa, após cobrança de falta de Oscar, Diego Costa cabeceou bola na trave do goleiro norte-americano. Quando parecia que os Blues se acertavam no campo, com boas tramas de Hazard e Diego Costa, o NYRB virou o jogo. Azpilicueta permitiu um cruzamento e Tyler Adams invadiu a área azul, livre.
Quatro minutos depois, Sean Davis aumentou a vantagem dos norte-americanos, recebendo livre na grande área, após nova falha defensiva do Chelsea. Não obstante, neste turno o Chelsea respondeu rápido e Hazard diminuiu o placar, após cobrança de falta ensaiada, em que Oscar serviu o belga. Todavia, dois minutos depois, Sean Davis voltou a marcar e deu números finais à partida.
Até o final de jogo, Oscar, Diego Costa e Ramires desperdiçaram algumas oportunidades e, no apagar das luzes, um belo chute Devon Willians obrigou Begovic a fazer bela defesa.
Dado o apito final, Mourinho foi enfático:
“Cometemos muitos erros. O segundo tempo foi muito ruim”.
Ficha Técnica
Chelsea (4-2-3-1): Courtois (Begovic 45′); Ivanovic (Aina 45’/ Solanke 71′), Cahill (Terry 45′), Zouma, Azpilicueta; Mikel (Matic 45′), Fàbregas (Loftus-Cheek 45′); Traoré (Ramires 45′), Oscar, Moses (Hazard 45′); Rémy (Diego Costa 45′). Téc.: José Mourinho
New York Red Bulls (4-2-3-1): Reynish (Santiago Castano 70′), Miller (Devon Williams 70′), McLaws (James Thomas 70′), Stolz (Boluwatife Akinyode 70′), Obekop (Colin Heffron 70′), Ouimette, Davis, Plewa, Tsonis, Adams (Victor Manosalvas), Bedoya. Téc.: Jesse Marsch
Gols: Rémy 27′ e Hazard 74′ (Chelsea); Castellanos 51′, Adams 70′, Sean Davis 73′ e 77′ (NYRB)
Cartões Amarelos: Miller e Davis (NYRB)
Árbitro: Roberto Sibiga
Público: 24.076
